Nintendo HD/N6/Project Café/Stream/Wii2 na E3? (especulação)

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Sim, mas... Se calhar até o deveriam ter feito. Bandeja, croquetes, champanhe, dinheiro e profissionais do sexo quando mais nada resultasse. Acho que a Nintendo poderia e deveria ter sido mais agressiva nesse sentido. "Se Maomé não vai à montanha, a montanha vai a Maomé", digamos. Não é vergonha nenhuma financiar outros estúdios para criarem jogos, se eles não o fazem de outra maneira.
Não, mas se não tens cuidado acabas a fazer "moneyhat" a um mercado que não quer ir nessa direcção, como foi o caso da Microsoft esta geração com alguns géneros que queriam a toda a força que fizessem sentido na plataforma. Além de que falando em Microsoft tens o exemplo oposto, quando a Microsoft pagou aos estudios para ter melhores builds dos jogos/conteudo exclusivo, a partir do momento em que isso é feito as developers esperam-no… Quando na realidade desenvolverem para a plataforma, quando a plataforma é viável não é um favor que estão a fazer a ninguém.

A marca/fabricante deve tentar guiar o mercado, ver se ele quer ir na direcção; a Nintendo com RPG's, por exemplo assegurou o maior deles todos, o Dragon Quest X (se a Wii 2 vem mesmo aí "agora" e ainda nem o mostraram pergunto-me se não mudou de plataforma) e no entanto o mercado não teve resposta real a isso. Na NDS teve e na Wii deveria ter tido… Mas não teve não por culpa da Nintendo, tem sido ela a investir no género na consola afinal de contas.

O que falhou e porque falhou na consola, third party's acima de tudo a elas se deve. Uma plataforma não HD não era suficientemente atractiva para eles, e a descentralização de gaming "convencional" criou um estigmatismo forte junto delas. O resto é como a gravidade na medida que é/foi inevitável. Mas houveram avanços consideráveis na forma como a Nintendo assiste third party's esta geração e houveram cooperações que antes não passavam pela cabeça de ninguém, como a Team Ninja a trabalhar directamente com a Nintendo (que parece estar a ter resultados na 3DS) e cooperações com developers como o Sin and Punishment 2 com a Treasure, o Zangeki no Reginleiv feito com a Sandlot, o Last Story com a Mistwalker e agora o Pandora's Tower com a Ganbarion. São tudo projectos bastante bons potenciados e que possivelmente atinjiram os niveis de qualidade graças à supervisão deles (a supervisão Nintendo é aquela coisa que eles realmente fazem bem, quer para eles quer para projectos terceiros).

Estamos a falar de developers Japonesas, nestes casos particulares, mas a verdade é que também sabemos que as developers exteriores costumam ter muito mais atrito em trabalhar com a Nintendo (o estigma no mundo ocidental, e a caça às bruxas foi maior, bem como a sedimentação/processo de incompatibilização das developers), no entanto o Goldeneye foi "mais ou menos" encomendado depois da Nintendo inviabilizar a port do Goldeneye 007 da N64 para a X360; cheira-me que tiveram a Nintendo bastante envolvida em focus groups, relembrando que o acesso ao programa de betatesting "club Nintendo" é de acesso livre às third party's e é dada uma avaliação preliminar. além de que está isto nos créditos:

And a special thank you to all our colleagues and friends at Nintendo for their invaluable support: Takao Yamane, Takashi Ebiike, Tim Symons, Sandra Däsch, Yvonne Benner, Sylvia Graf-Schumer, Peter Ehlert, Philipp von Knoblauch zu Hatzbach, Mike Fukuda, Steve Singer, Ty Katori, Robert Crombie.

As pessoas nessa lista são mesmo developers, e não qualquer focus group. E quem diz esse diz outros projectos como o Epic Mickey, a quem a Nintendo fez questão de dar bastante enfase na E3 passada, este ultimo claramente third party, mas com uma Nintendo aplicada em que fosse um jogo que entrasse bem no mercado por lhe reconhecerem valor. Não há mais casos destes… A culpa é em grande part das third party's.
E se estes jogos vendessem (e se fossem bons venderiam, certamente) outros provavelmente viriam atrás e por iniciativa das próprias editoras. A Sega, por exemplo, poderia ter sido uma parceira valiosa da Nintendo, até pelo simbolismo que isso teria, caso esta parceria se tivesse estendido para além dos Mario vs Sonic. Fizeram um Madworld e um House of the Dead e depois saltaram do barco "porque jogos "hardcore" não vendem na consola" e meteram a PG a fazer um Bayonetta e um Vanquish para a concorrência - que provavelmente também não venderam por aí além e o investimento foi certamente maior. Pergunto-me se aqui a Nintendo não poderia ter dado um passo em frente e disponibilizar-se a co-financiar os projectos futuros mais ambiciosos da empresa de forma a tê-los como exclusivos.
Ainda vem aí o Conduit 2 publicado por eles.

O House of the Dead Overkill vendeu bastante bem (quando o mercado já estava saturado de on-rail shooters na Wii) e o Madworld vendeu suficientemente bem, especialmente se considerar-mos que se trata de um jogo a preto e branco. Não são estrondosos sucessos? ora, também não investiram para isso. As expectativas duplas desta geração é outra coisa que tem piada. Só consegues mass awareness para um IP novo se fizeres advertising a sério. Dizer que esses venderam "mal" é como dizer que o Okami para a Wii não vendeu bem, só vendeu melhor que a versão PS2 e no entanto é uma port. O jogo é que é claramente de nicho e não foi advertised para mudar esse destino. A Sega reaveu o seu dinheiro e os jogos venderam bem, o Overkill então nem é reaver o dinheiro, deu lucro considerável.

Não há milagres.

Quanto à PG, o Vanquish já estava em desenvolvimento quando eles revelaram o Madworld, o acordo de 4 jogos ou lá o que foi que eles fizeram com a Sega sempre foi 3 para as HD's e 1 para a Wii, na altura no entanto os jogos ainda não estavam todos revelados. O Bayonetta vendeu considerávelmente bem, talvez porque foi o mais high profile e o que teve melhor timing no lançamento (e o que tinha o segmento a que se lançou menos saturado, com o DMC desta geração a ser "ao lado" e a concorrencia directa ser o onechanbara)
Isto será sempre uma opinião subjectiva, mas acho que foram demasiado apáticos em determinados momentos que exigiam alguma ousadia. Claro que não podemos culpar a Nintendo pela falta de visão dos outros, mas se era do interesse da própria empresa e dos consumidores que acreditaram na mesma ao comprarem a consola, será que andar com a bandeja atrás dos developers seria assim tão descabido?
Quando és líder de mercado… Sinceramente acho que é. O produto deve falar por si, e o que assistimos foi a um boicote e pessoas a mandarem-na abaixo. Não era pela Nintendo bater à porta que queriam envolver-se nela com orçamento.

Como disse a lição que retiro desta geração é mesmo que o mercado é muito imaturo com coisas que realmente não devia ser. E tem de crescer, a Wii ter encontrado a resistência que encontrou foi um mal necessário; era mais fácil ter feito uma consola essencialmente evolucionária e meter o resto ao critério do mercado, mas é muito bom que esse mercado imaturo seja contrariado e veja coisas que despreza (coisas que despreza mas feitas com qualidade) a venderem, para ver se expandem um bocado os horizontes tacanhos e a visão de messias.
Claro, mas será melhor pura e simplesmente não os termos no catálogo apenas para que os tais tipos dos PetZ não tenham motivos para choramingar? O que aparentemente nem adianta porque eles choramingam na mesma. E, sinceramente, essa lenga lenga sempre me suou a desculpas de mau pagador. Os géneros em que a Nintendo é forte acabam por ser também os mais bem representados pelas 3rd parties. Se First-person shooters e "simuladores" de carros são géneros em que a Nintendo não investe não seria então natural, segundo essa tal lógica, que os outros investissem? Será que se a Nintendo investisse nesses géneros (que por acaso nem eram os que eu tinha em mente, mas que são igualmente válidos) e provasse que afinal há ou pode haver público na consola para eles isso não iria incentivar outros a fazerem também FPS's e jogos de carros? Faço estas perguntas porque eu também não tenho as respostas, mas acho que poderão ser pertinentes e que devem ser ponderadas.
Podia provar que há mercado, podia até criar esse mercado, no entanto a esse software ser "software de resposta" estaria a limitar o seu raio de acção (e por arrasto o seu sucesso, não anula a noção de que "a nintendo é melhor nas suas consolas que nós").

É como dizer que numa plataforma Sony jogos de carros vendem menos que um GT ou que numa plataforma Nintendo qualquer plataformer vende menos que Super Mario. Há janelas de oportunidade, deviam ser aproveitadas. Fazer o que os outros estão a fazer na mesma plataforma em que o fizeram e obtiveram casos de sucesso é muito "eu também, eu também!" e normalmente leva ao outro lado da moeda, os fracassos de que ninguém fala (na X360 e PS3 há aos montes no segmento dos FPS's por exempl); excepto que na Wii falava-se deles especificamente para provar o oposto.

Por ultimo, a primeira geração de liderança de uma marca não costuma ser a geração em que a plataforma atinge tudo o que podia ser, a super nintendo foi melhor que a nes e a ps2 foi melhor que a ps1 por isso, quando sairam/foram anunciadas as developers agarraram-se a elas com unhas e dentes porque nem havia duvidas. Similarmente, a 3DS parece estar a ter suporte third party de relevo mais cedo do que a DS teve, neste caso a Nintendo nunca perdeu o monopolio, mas originalmente (hoje nem se percebe porquê, então se a Nintendo era lider de mercado nesse segmento) a Sony criou dúvida razoável com a PSP.

Espero bem mais suporte third party a uma Wii 2 independentemente do que a Nintendo faça.
 
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Não, mas se não tens cuidado acabas a fazer "moneyhat" a um mercado que não quer ir nessa direcção, como foi o caso da Microsoft esta geração com alguns géneros que queriam a toda a força que fizessem sentido na plataforma.

É, em parte, por causa de preconceitos dessa ordem que não vemos FPSs e jogos de carros (entre outros) em consolas da Nintendo. Criou-se a ideia que "não fazem sentido" na plataforma e a partir daí ninguém arrisca fazê-los. Claro que ninguém iria fazer JRPGs, muito menos exclusivos, para a 360 sem garantias. E até podemos afirmar trezentas vezes por dia o quão ridículo isso é e o pouco sentido que faz, mas no fim do dia quem tem uma 360 e quer jogar JRPGs não tem que ir à procura deles noutras plataformas. Podemos dizer o mesmo de quem quer FPSs, jogos de carros, WRPGs ou jogos de luta na Wii?

O House of the Dead Overkill vendeu bastante bem (quando o mercado já estava saturado de on-rail shooters na Wii) e o Madworld vendeu suficientemente bem, especialmente se considerar-mos que se trata de um jogo a preto e branco. Não são estrondosos sucessos? ora, também não investiram para isso.

E ainda assim, aqui está: http://www.joystiq.com/2010/01/04/sega-probably-not-making-more-hardcore-wii-games/

Eu concordo contigo. Um jogo a preto e branco, um light gun e um FPS horrível não têm propriamente "milhões de cópias" escrito e embrulhado no ADN. Mas foi aparentemente esse o motivo para não termos visto mais Sega na consola. Parcerias à la F-Zero GX teriam sido muito boas para ambos. E quem diz Sega diz outras editoras. Na geração anterior tivemos um suporte fortíssimo por parte da Capcom, com exclusivos e exclusivos temporários de grande qualidade como RE0, REmake, RE4, Viewtiful Joe, Killer7 e P.N.03. Tivemos dois Star Wars que foram exclusivos importantes e que atraíram jogadores. Tivemos uma parceria interessante com a Silicon Knights da qual surgiram um Eternal Darkness e um remake de MGS. E isto com uma consola que vendeu miseravelmente em comparação com a Wii.

A relutância de algumas casas a trabalhar com a Nintendo é um factor, mas é um factor que acredito que seja contornável e se elas não aparecem de bandeja em Kyoto, a iniciativa pode e deve partir da Nintendo que acaba por ser a maior interessada. Em princípio, para uma developer tanto faz ganhar milhões com a Nintendo, com a Sony ou com a MS.

É como dizer que numa plataforma Sony jogos de carros vendem menos que um GT ou que numa plataforma Nintendo qualquer plataformer vende menos que Super Mario.

É um facto, mas quem compra uma consola, por norma, não a compra para jogar apenas um jogo em cinco anos. Um Mario não inviabiliza que outros jogos de plataformas apareçam e vendam bem na consola. Vender menos que determinado jogo não é necessariamente mau quando este jogo vende 7 milhões de cópias. O mercado é vasto e aguenta bem mais que apenas um Gran Turismo, um Mario ou um Halo por geração. Claro que há janelas de oportunidade e timings que devem ser aproveitados. Lançar um jogo de plataformas, por muito bom que seja, na mesma semana que um Galaxy será sempre uma decisão estúpida. Lançá-lo 6 meses ou um ano depois quando 5 milhões de pessoas já o jogaram e querem mais... Já não será tão estúpido assim.

Continuo a achar que isso é desculpa de mau pagador. Um bom platformer 3rd party publicitado vende bem numa consola Nintendo tal como um bom FPS high profile vende bem numa HD. Talvez não tanto como um Mario ou um Halo, mas não deixará necessariamente de ser rentável/muito rentável por isso.
 
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É, em parte, por causa de preconceitos dessa ordem que não vemos FPSs e jogos de carros (entre outros) em consolas da Nintendo. Criou-se a ideia que "não fazem sentido" na plataforma e a partir daí ninguém arrisca fazê-los. Claro que ninguém iria fazer JRPGs, muito menos exclusivos, para a 360 sem garantias. E até podemos afirmar trezentas vezes por dia o quão ridículo isso é e o pouco sentido que faz, mas no fim do dia quem tem uma 360 e quer jogar JRPGs não tem que ir à procura deles noutras plataformas. Podemos dizer o mesmo de quem quer FPSs, jogos de carros, WRPGs ou jogos de luta na Wii?
Não, mas podemos tirar a conclusão de que quando não resultou, foi dinheiro atirado à rua. E isso a microsoft sabe fazer bem. Eles aliás tiraram as mesmas conclusões, afinal os moneyhats/financiamentos que vinham a seguir aos que literalmente empataram o mercado… cairam por terra. Mas os moneyhats iniciais tiveram um preço alto, lixaram o mercado todo de RPG's "High End".

Dito isto, eu próprio disse que quando a Bizzarre Creations se foi há meros meses e ninguém lhe pegou, que era um bom prospecto para a Nintendo comprar, considero que foi uma oportunidade perdida porque realmente tinham qualidade e era uma jogada estratégica jeitosa. Por outro lado a Nintendo tem o hábito de não ir-às-compras high profile, para quê comprar x developer gigante se podem comprar uma mais pequena com talento latente e transformá-los noutra coisa? Desse ponto de vista transformar a Monster Games nisso (developer do excite truck) podia fazer mais sentido.

Acho é que esses nichos devem ser preenchidos com conta peso e medida. E que a serem preenchidos não resolvem necessáriamente a percepção das developers de forma alguma. É importante dizer que esta geração muitas se estavam a queixar literalmente, porque sim.
Eu concordo contigo. Um jogo a preto e branco, um light gun e um FPS horrível não têm propriamente "milhões de cópias" escrito e embrulhado no ADN. Mas foi aparentemente esse o motivo para não termos visto mais Sega na consola. Parcerias à la F-Zero GX teriam sido muito boas para ambos. E quem diz Sega diz outras editoras. Na geração anterior tivemos um suporte fortíssimo por parte da Capcom, com exclusivos e exclusivos temporários de grande qualidade como RE0, REmake, RE4, Viewtiful Joe, Killer7 e P.N.03. Tivemos dois Star Wars que foram exclusivos importantes e que atraíram jogadores. Tivemos uma parceria interessante com a Silicon Knights da qual surgiram um Eternal Darkness e um remake de MGS. E isto com uma consola que vendeu miseravelmente em comparação com a Wii.
A Capcom nem foi má para a plataforma, só foi abaixo do esperado ao nunca ter feito um follow-up com a jogabilidade do RE4 (depois de o re-publicar como jogo Wii e ter sido recompensada em vendas por isso). Não tiveste um acordo Capcom 5 mas também fica a dúvida se seriam capazes de fazer 5 jogos com a mesma qualidade numa geração… É que a Capcom foi uma desilusão em todas as plataformas, perdeu-se algo, simplesmente. Shinji Mikami, Hideki Kamiya e mesmo o Suda51 (que nunca foi funcionário Capcom, mas fez o Killer7) eram deveras relevantes.
A relutância de algumas casas a trabalhar com a Nintendo é um factor, mas é um factor que acredito que seja contornável e se elas não aparecem de bandeja em Kyoto, a iniciativa pode e deve partir da Nintendo que acaba por ser a maior interessada. Em princípio, para uma developer tanto faz ganhar milhões com a Nintendo, com a Sony ou com a MS.
Com uma plataforma mais avançada que a concorrência, ou equiparada acredito que sim, com a Wii, com o estigma e com o orgulho estúpido delas… Creio que das duas uma, ou era um mau investimento (como quando a Microsoft deu dinheiro a uma Atlus falida para fazer um Shin Megami Tensei para a Xbox 1 e eles fizeram outsource do jogo e puseram o resto do dinheiro na engine e development do Shin Megami Tensei 3 para a PS2, developers nunca têm problemas em passar a perna quando não gostam dos acordos em que se meteram; nada estipula que não podem meter um jogo melhor e com mais ênfase noutra plataforma e fiscalizar as contas internas deles é tão difícil como fiscalizar as contas do governo português sem entrar por ali a dentro) ou iria custar mesmo muito dinheiro e não terias tantas interessadas assim.

É que ainda por cima as developers da "frente tecnológica" na Wii não conseguiam fazer nada que se suplantasse a tudo o resto e muitas dependem desse factor avançado para compensar cenários estáticos/genéricos e jogabilidade manhosa. (aliás o Crysis 2 parece que se esbarrou um bocado contra a parede por problemas crónicos de falta de alma). O que podiam esses gajos oferecer a uma Wii? Pelo meio do orgulho muitas vezes também há alguma incapacidade de fazer um nucleo conciso e divertido do qual a qualidade real do jogo realmente depende.
É um facto, mas quem compra uma consola, por norma, não a compra para jogar apenas um jogo em cinco anos. Um Mario não inviabiliza que outros jogos de plataformas apareçam e vendam bem na consola. Vender menos que determinado jogo não é necessariamente mau quando este jogo vende 7 milhões de cópias. O mercado é vasto e aguenta bem mais que apenas um Gran Turismo, um Mario ou um Halo por geração. Claro que há janelas de oportunidade e timings que devem ser aproveitados. Lançar um jogo de plataformas, por muito bom que seja, na mesma semana que um Galaxy será sempre uma decisão estúpida. Lançá-lo 6 meses ou um anos depois quando 5 milhões de pessoas já o jogaram e querem mais... Já não será tão estúpido assim.
Sim, e foi por isso que viste um revivalismos de plataformers na plataforma que valeu realmente a pena. Mas muitos não são casos de sucesso e/ou nunca tiveram hipóteses precisamente por isso. Há janelas de oportunidades noutros sitios; Crash Bandicoot e Spiro numa consola Nintendo nunca teriam sido aclamados face a um Mario 64 e Banjo Kazooie, por exemplo (é a minha opinião). Tanto que tiveste o Rocket: Robot On Wheels na N64, que foi ignorado e era realmente bom.
Continuo a achar que isso é desculpa de mau pagador. Um bom platformer 3rd party publicitado vende bem numa consola Nintendo tal como um bom FPS high profile vende bem numa HD. Talvez não tanto como um Mario ou um Halo, mas não deixará necessariamente de ser rentável/muito rentável por isso.
Talvez, mas quando ouvimos queixas a geração toda de "A nintendo é forte demais no seu mercado", é sempre importante dizer que cobrir os buracos que eles não cobriram, as janelas de oportunidade, não é algo que vai necessáriamente fazer com que os jogos deles vendam melhor; se não os anunciarem/fizerem promoção aos mesmos/lhes derem ênfase não vendem de certeza, e acima de tudo eles vão-se continuar a queixar que vendem mais. Afinal eles querem chegar depois ao mercado e vender mais.

Melhor para o consumidor tinha sido, melhor para as third party's? talvez, dependendo como aproveitavam a oportunidade. Muitas mostraram não ter sentido estratégico nenhum esta geração.
 
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Mas os moneyhats iniciais tiveram um preço alto, lixaram o mercado todo de RPG's "High End".

Gostei de ler os teus posts e apesar de continuar a discordar em relação a uma ou outra questão compreendi perfeitamente o teu ponto de vista. Apenas não consigo perceber em que medida é que os moneyhats "lixaram" o mercado dos JRPGs. Ponderei algumas possibilidades mas não consegui estabelecer qualquer tipo de relação. Se puderes e quiseres explicar, agradecia. :)
 
Gostei de ler os teus posts e apesar de continuar a discordar em relação a uma ou outra questão compreendi perfeitamente o teu ponto de vista. Apenas não consigo perceber em que medida é que os moneyhats "lixaram" o mercado dos JRPGs. Ponderei algumas possibilidades mas não consegui estabelecer qualquer tipo de relação. Se puderes e quiseres explicar, agradecia. :)
O facto de os RPG's nos primeiros anos de vida da 7ª geração de consolas (2007, 2008 e primeiro trimestre de 2009; do Eternal Sonata ao Star Ocean 4) terem tido sistematicamente timed exclusivity para com a X360 e se terem revelado flops descomunais no Japão para o investimento efectuado, e o facto de as late ports não venderem tanto como podiam vender por se tratarem de ports de um jogo que saiu 12 meses antes na dita consola é algo que simplesmente não pode ter conferido confiança ao mercado quando o investimento era tipicamente 4 vezes superior (mínimo).

Se o moneyhat tivesse sido para também sair na plataforma da Microsoft (caso do FFXIII) nada a dizer, aliás, a fazer moneyhats assim "de raiz" os custos de desenvolvimento não aumentariam por aí além o que até podia ser vantajoso para as empresas, ao contrário da abordagem de fazer uma versão e só x meses depois efectuar a port.

É que o acréscimo de fazer algo cross platform é de uns 3/4 milhões (tipicamente) enquanto se esse processo de porting começar depois/começar a meio acresce substancialmente mais. Em suma, estas ports com "timed exclusivity" acabaram por ser ports substancialmente mais caras do que deveriam ter sido e com retorno abaixo do que deveriam ter tido se tivessem saído na altura em que as versões X360 sairam (e no fim o que conta é vendas totais).

A janela de oportunidade maior de um jogo é sempre quando ele sai da primeira vez e nestes casos até tiveram campanhas publicitárias consideráveis; a serem multiplataforma (e vendo que as versões PS3 venderam sistemáticamente muito mais que as originais não obstante de não serem sucessos estrondosos) era um empurrão ao segmento "high end"; assim foi o oposto; o shift para plataformas portáteis, NDS e PSP aconteceu em parte por estupidez das developers em embarcarem nestes moneyhats (e saírem com resultados que lhes diziam que a userbase para os seus títulos estava a encolher e que o mercado de usados 2 semanas depois do jogo sair estava ao rubro com retornos), e na falta de calculismo da Microsoft ao tentar assegurar "todos os JRPG's decentes como exclusivos".

Até ao FFXIII sair na PS3 não tinhas nenhum RPG "HD" a vender realmente bem (embora vender bem não tenha sido uma surpresa podiam meter FF numa Atari 2600 em 2011 e ia vender bem), a ausencia de casos de sucesso limita as plataformas da mesma forma que estavamos a falar a ausencia de jogos racing e fps "de sucesso" no inicio de vida da Wii a limitaram, só que neste caso, indrominou-se o mercado todo. Esses passos em falso são algo do qual esta geração já não irá recuperar e mesmo a longo prazo é possível que as plataformas portáteis futuras continuem a sair beneficiadas "por defeito" (development mais barato não sendo o unico factor, quick save/acessibilidade e o facto de as consolas 7ª geração inicialmente quase não terem userbase quando a NDS já estava estabelecida estabeleceram-nas como alternativa).

Para mim é para o lado que durmo melhor, gostei da regressão a low-end até certo ponto, permitiu mais originalidade, mas não ajudou o RPG como género. Nem ajudou a malta que prefere RPG's em consolas caseiras/RPG's High End, de outra forma, mesmo que a tendência fosse que as portáteis são de facto apelativas para o género a transição seria mais gradual/haveria um balanço maior.
 
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Um resumo dos rumores que andam por aí espalhados acerca da nova consola da Nintendo:

- CPU: ***** com 3 cores.
- GPU: AMD/ATI GPU. Fala-se de um "derivado" da serie R700 (512mb Ram?)
- RAM: Até agora nada...

Acerca do comando/controller da consola:

- touchscreen de 6 polegadas, não será HD nem suportará multi-touch
- D-Pad, L, R, dois 'gatilhos', botões adicionais
- Camera á frente.
- Sensor de movimento tal como a wii, mas com o sensor bar incorporado no comando.

Um rumor adicional... a consola terá mais uma grande surpresa a ser desvendada.

Claro está que isto é tudo rumores. Contudo se se confirmar o GPU e conforme o CPU que apresentar, deverá ser capaz de nos dar jogos em HD a 60fps.

Mario, Zelda e Metroid em HD... sold. :)
 
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O próprio comando terá um ecrã? :wow:

Esses pormenores técnicos da consola vão na minha contra a natureza da Nintendo. Além do facto de que se tiver isso tudo, não será de todo barato.
 
A tecnologia HD hoje em dia está bastante massificada por isso acredito que eles fazerem uma consola com esses specs não seja muito caro! Se fosse em 2006 ainda dizia que era caro mas agora já não! Tal como já não há a desculpa do desenvolvimento dos sensores de movimentos porque esses custos já foram incluidos no preço da Wii! Basicamente pela minha perspectiva a Nintendo deve lançar a sua consola ao mesmo preço que lançou a Wii, ficava admirado se tal não fosse acontecer!
 
Vi esta agora:

German studio Crytek has become the latest developer to start discussing what it would like to see from the next-generation of consoles, saying that 8GBs of RAM should be "a minimum" for the next-gen.

"My finger-pointing at Microsoft/Sony would really be on the memory side," said Crytek's principal graphics engineer Tiago Sousa while discussing with Eurogamer the problems the team encountered when developing Crysis 2 for console.

"It's way too low, and the biggest crippling factor from a visual perspective. I would really like to see next-gen console platforms with a minimum of 8GB."

Current generation consoles, of course, have significantly less. Xbox 360 only has 512MB of DDR3 RAM, and while PlayStation 3 has the same, only 256MB is allocated towards video memory. The remaining is put towards system resources.

To put that into perspective, the PC version of Crysis 2 requires at least 2GB of RAM, and 3GB if you're running it on Windows Vista.
Fonte: http://www.gamerzines.com/ps3/news/crytek-next-gen-8gb-ram.html

Pink Cigarette estás a ver porque é que a Nintendo não pode ganhar? Não ao ser a primeira a chegar ao mercado e não com "exigências" destas por parte de third party developers. E de resto, nos comentários que fizeram e atendendo que a consola da Nintendo é a mais eminente/com rumores mais fortes neste momento, tiraram-na da equação logo, denota o estigma do qual falava. Eles só esperam hardware lançado a perder rios de dinheiro por parte da Sony e Microsoft (exemplos que não serão dados em nenhuma escola de gestão: como perder dinheiro em 2 passos simples: 1. fazer hardware que custa 30 2. vendê-lo a 20. zing!?)

8 GB tenho eu neste PC porque é usado como uma estação de trabalho; e 8 GB para um computador (com um OS prioritário e feature rich a correr por trás e multitasking entre apps) e 8 GB para hardware dedicado a correr jogos são coisas completamente diferentes, no entanto eles não pedem 4 GB, pedem mesmo 8 GB, o mesmo que dizer que para PC's andariam a pedir 16 ou 32 GB. (relação actual: Crysis 2 tem acesso a 512 MB de RAM nas consolas e pede 2 GB de RAM em windows, 3 GB para o Vista e Windows 7)

Also this. a Nintendo é líder de mercado, não esperem que ela anuncie algo novo e as outras fiquem "a tentar extender a vida útil das suas consolas".
 
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Pois, de facto nunca tinha metido as coisas nessa perspectiva e o que dizes faz sentido. De qualquer maneira, e indo ao encontro do que disse anteriormente, creio que podemos pelo menos estabelecer que "moneyhats" não têm necessariamente que ter esses efeitos colaterais no mercado. De facto, à luz da tua explicação, é provável que a MS tenha-se excedido ao andar quase literalmente a passar cheques a torto e a direito, mas não é isso que eu sugiro que a Nintendo faça. Investir num estúdio para o tal jogo de carros e supervisionar o projecto de forma a garantir que este sai com a qualidade exigida. Fazer o mesmo para um FPS à la Halo/Killzone, etc... O eventual (e provável) sucesso destes jogos seria uma espécie de "abre-latas" que, no melhor cenário, iria incentivar as 3rd parties a investirem também nesses géneros. No pior cenário, iria intimidá-las, mas se elas já não os fazem... Não haveria nada a perder - quando muito, perder-se-ia parte do investimento feito no jogo, caso as vendas fossem pobres, mas não me parece que o risco fosse demasiado elevado tendo em conta o que se poderia ganhar.

Esses pormenores técnicos da consola vão na minha contra a natureza da Nintendo. Além do facto de que se tiver isso tudo, não será de todo barato.

A 3DS é significativamente mais capaz e consideravelmente mais cara do que a DS. É possível que a sucessora da Wii aponte também nessa direcção. Mas é preciso ter em conta que estas especificações surgem de rumores e traduções mal feitas. Uns dizem, por exemplo, que a consola será consideravelmente mais potente que a 360 e PS3. Outros dizem que está apenas um pouco acima da 360. Até haver algo concreto e oficial tudo o resto é especulação.
 
A maior parte é especulação parva, diga-se de passagem. Há sempre grandes rumores sobre comandos mirabolantes e specs tiradas da cartola, ainda mais quando se trata da Nintendo e mais ainda dado estigma que a Wii deixou.

Por isso é que verás especulações a falarem de potências gráficas equivalentes às atuais HD. Em que mundo é que isto faz sentido? Até parece que a Nintendo é uma coitadinha que não consegue fazer uma consola potente, buu uhh. De pouco serviu à GC ser a mais potente da geração anterior. E diga-se também que não foi vendida a perder dinheiro, a Nintendo não gosta nada de perder dinheiro :p
Igualar capacidades gráficas seria estúpido por vários motivos, seria tentar fazer o que a Microsoft anda a fazer: tentar oferecer a experiência Wii mas em HD. Parece que isso, apesar de vender periféricos, não anda a dar muito resultado financeiramente.

Deixo o meu bitaite.

Comando: um completa incógnita neste momento, eu diria que a política da Nintendo deverá passar por capitalizar nos antigos não-jogadores/casuais e torná-los jogadores assíduos. Para isso é preciso fazer como se fez nos últimos 20 anos, evoluir o comando atual. Eu apostaria numa versão aprimorada do Wiimote. Agora, touchscreens e câmaras? Isso são fantasias de geeks muito improváveis de acontecer.

Capacidade gráfica e preço Esta é espinhosa, as TVs HD já estão completamente massificadas, já não são uma minoria como em 2005. No entanto a Nintendo parece querer apostar também no 3D, e voltamos a 2006 onde as televisões alvo não estão massificadas. (pessoalmente até desejo que não se massifiquem, bah).
Ainda tenho dúvidas se a Nintendo pretende apontar para os 720p@60 e 1080p@30. 1080p@60 bem nivelados seria ideal, deixavam de haver compromissos e sub-resoluções em consolas "HD". Mas para garantir isto, é provável que o preço de lançamento chegue aos 300€, máximo de 350€ se houver alguma justificação forte. Será que quem pagou 250€, 200€ por uma Wii, começou a jogar com ela, fica vendido na Wii 2 mas depois esbarra com 350€ de preço e compra na mesma? Estas questões devem agora andar a rondar os quartéis da Nintendo, esperemos para ver.
 
Pois, de facto nunca tinha metido as coisas nessa perspectiva e o que dizes faz sentido. De qualquer maneira, e indo ao encontro do que disse anteriormente, creio que podemos pelo menos estabelecer que "moneyhats" não têm necessariamente que ter esses efeitos colaterais no mercado. De facto, à luz da tua explicação, é provável que a MS tenha-se excedido ao andar quase literalmente a passar cheques a torto e a direito, mas não é isso que eu sugiro que a Nintendo faça. Investir num estúdio para o tal jogo de carros e supervisionar o projecto de forma a garantir que este sai com a qualidade exigida. Fazer o mesmo para um FPS à la Halo/Killzone, etc... O eventual (e provável) sucesso destes jogos seria uma espécie de "abre-latas" que, no melhor cenário, iria incentivar as 3rd parties a investirem também nesses géneros. No pior cenário, iria intimidá-las, mas se elas já não os fazem... Não haveria nada a perder - quando muito, perder-se-ia parte do investimento feito no jogo, caso as vendas fossem pobres, mas não me parece que o risco fosse demasiado elevado tendo em conta o que se poderia ganhar.
Todas as empresas fazem moneyhats/acordos bilaterais e faz sentido que assim seja, o RE4 pagava menos royalties que os outros jogos third party's, há diversos jogos exclusivos para a Playstation que pagam menos royalties por o serem e um moneyhat consumado ou outro podem fazer a diferença como a plataforma é moldada, e da Microsoft nem se fala; a razão pela qual os jogos na Xbox 1 tinham shaders aplicados e melhores gráficos em geral (ao invés de serem só ports/iguais em todos os sistemas) era porque eles pagavam por port com melhores gráficos/conteúdo extra face à concorrencia; caso contrário a não haver incentivos teriam o tratamento que a GC tinha, jogos a correr com melhor framerate e 480p, mas não retrabalhados a fundo.

Esta geração… O MGS4 não deve ter ficado exclusivo "só porque sim", o Versus XIII não deve continuar a ser exclusivo PS3 só porque o Nomura dá para esses lados, há demasiado dinheiro envolvido, e o FFXIII não deixou de sair na X360 no Japão durante um ano por acaso (a versão PS3 lá saiu a 17 de Dezembro de 2009 e a versão X360 "internacional" só saiu em dezembro passado… coincidência a mais), e o Monster Hunter 3 provavelmente também não caiu na bandeja da Wii "porque sim", a Nintendo é que o anunciou em evento oficial e eles é que o publicaram e pagaram a promoção cá fora (o mesmo com Dragon Quest's recentes). E também foi revelado que jogos como o FF3 para a NDS foram "encomendados" pela Nintendo, quase como quem dá um briefing, claro que a square-enix podia ter dito não, ou proposto outra coisa, mas as relações bilaterais servem para isso mesmo (e a Atlus serviu de codemonkey em aplicações para a DSiware por "pedido" directo da Nintendo).

Estas coisas vão influenciando e guiando um mercado, e por vezes um único jogo pode iniciar um movimento/definir uma plataforma e/ou alguns bem colocados com efeito menor são capazes de ter efeito semelhante "global". Andar a contrariar a vontade de um mercado… isso é que não. Seria como a geração passada a GC ter a exclusividade de tudo enquanto que a consola não vendia mais que a PS2, a Nintendo até que tinha dinheiro para isso (têm mais dinheiro em banco que a Sony), no entanto fazer isso não lhes trazia vantagens a eles nem às third party's. Em relações simbioticas as duas partes têm de sair satisfeitas ou então por um moneyhat podes ter posto as relações futuras em risco; "acidentes" desses públicos e não públicos é algo que a Microsoft ganhou, desde o Tales of Graces F e Tales of Xillia serem exclusivos PS3 (nesta altura da geração a Sony não pagaria pela exclusividade eles) e os casos mais públicos da Level-5 que chegou a estar a desenvolver para a Microsoft com a próximidade que tem actualmente da Sony e da Nintendo com o True Fantasy Live Online que acabou de forma tão aparatosa que tivemos o Hino a vir dizer que nunca mais queria trabalhar em plataformas Microsoft (já passaram uns anos, já deve ter arrefecido a cabeça um bocado, mas é sempre um indicador, até porque o homem costuma ser muito calmo).

O problema aqui foi quando tiveste a Microsoft a fazer moneyhat a toda uma industria, o trabalho das third party developers é escutarem o mercado e meterem as coisas onde elas fazem mais sentido para elas, onde a userbase as quer mais, ou no formato de negócio que lhes permite receber mais retorno (multiplataforma no caso das HD's), e foi por isso que uma squaresoft teve visão (auscultou bem o mercado) quando optou pela PSone para o Final Fantasy 7, independentemente da visão que tivessem para os seus jogos (a verdade é que mal apareceu a muito melhor Dreamcast nem puseram lá os pés, um FFX podia perfeitamente ter sido feito para ela) ou ainda que o Yuji Horii foi é esperto quando decidiu meter o Dragon Quest IX na NDS no meio da enorme confusão que se tinha instalado (e teve vendas recorde por isso).

No entanto as developers que se deixaram conquistar pela nota verde "instantanea" estavam a pensar a curto prazo, não a médio/longo-prazo e no que isso queria dizer para as propriedades deles, são tão "culpadas" como quem as "corrompeu", mas o facto é que uma empresa com visão real de mercado/visão global das coisas deveria poder prever porque é que subornar um mercado inteiro era má ideia.
A 3DS é significativamente mais capaz e consideravelmente mais cara do que a DS. É possível que a sucessora da Wii aponte também nessa direcção. Mas é preciso ter em conta que estas especificações surgem de rumores e traduções mal feitas. Uns dizem, por exemplo, que a consola será consideravelmente mais potente que a 360 e PS3. Outros dizem que está apenas um pouco acima da 360. Até haver algo concreto e oficial tudo o resto é especulação.
É hardware capaz e potente mas não é megalómano. Enquanto que NGP podia ser a definição de megalómano no dicionário.

Eu não acredito que uma Wii2 seja megalómana; ser mais potente que a X360 nesta altura é fácil, até porque ele nunca foi um ex-libris de arquitectura de sonho, paralela como tudo (com 3 cpu's) e sem bottlenecks (aquele framebuffer de 10 MB…) a Sony é que com o GPU como afterthought numa consola (eles queriam ir com 2 cell's originalmente, em vez de meterem lá um processador gráfico dedicado) é que conseguiu fazer pior no que toca a balanceamento e facilidade de desenvolvimento.

O futuro para GPU's é stream processing, seria extremamente interessante se uma consola capitalizasse nisso com um SDK à altura, que é o que actualmente não existe.

Passo a explicar, uma R700 tem 800 stream processor units, stream processor units são DSP's/shader units, o que lhes quiserem chamar, capazes de correr microcodigo baseado em whetstones, o problema é como as spe's da ps3 e vector units da ps2, fazê-las trabalhar entre elas sem gerir o processo de fora de forma optimizada. Com um SDK realmente bem feito de fundo a pensar no hardware de forma intrinseca, podia-se ter estas unidades a serem aproveitadas para fazer coisas de borla, como self shadowing, shadow casting, Anti-aliasing, filtros/shaders aplicados por cima, fisica, etc.

Se vamos ter cada empresa a codificar e adaptar isto à parte no entanto, torna-se algo demasiado trabalhoso e raramente optimizado; faria mais sentido uma abordagem parcial ao método 3DS; com a 3DS essas features estão todas hardwired no sistema, com um GPU novo por manipulável que seja podiam, não digo estar hardwired, mas reservadas pelo SDK para correr essas funções genéricas (com settings configuráveis, vá).

Pegando na lista de features da 3DS, isso incluiria coisas como per pixel lighting, procedural texture, refraction mapping, subdivision primitive, shadow, gaseous object rendering entre outros. Aquelas coisas que renderam à 3DS em fases iniciais o rumor de que fazia "ps3/x360 shaders". Será por causa deles que o Resident Evil Revelations 3D na consola tem os níveis do RE4 com melhor aspecto que na GC, todos os inimigos têm sombras detalhadas por exemplo enquanto que no original tinham as bolas pretas da praxe porque isso taxava o hardware. Unidades reservadas/dedicadas a algo podem fazer uma diferença descomunal na facilidade de desenvolvimento/obter resultados do hardware.

Claro que isto é wishful thinking da minha parte, no entanto, um SDK desses seria muito bom, demasiado bom para ser verdade, teremos de nos contentar com mais potencia substancial na mão das developers.
 
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Então supostamente a gráfica da Wii 2 em principio será da familia R700 da ATi, uma espécie de 4890 ou mesmo a 4870 desenhada para ser utilizada numa consola é mais que suficiente para oferecer os jogos a Full-HD e a 60 frames por segundo, será que vão por 512 MB de memória dedicada para o GPU como fizeram nas primeiras 4870 ou isso seria demasiado?

Uma boa aposta seria aproveitarem também a tecnologia da série 5000 para consumos ridículos e uma excelente performance, isto adicionado a um bom CPU fica muito fixe.
 
A usar essas coisas "off-the-shelf" com progressão directa para a gama seguinte é bem provável que nada disso seja final. basta notar como a PS3 quando decidiram meter uma gráfica eram Nvidias 6800GT em SLI e na versão final era uma 7800 GT.

Não lhes convém nada de um ponto de vista logistico sair em 2012 com gpu's de 2008 na medida em que dentro de anos a ATi só os estará a produzir para a Nintendo o que limitará o decréscimo de preço (aconteceu com a Geforce 3 da Xbox, era o componente mais caro embora a Nvidia também se tenha aproveitado). Mais vale passar para as versões sucessoras equivalentes (quer ao segmento a que se destinam quer ao invólucro energético/potencia "real").
 
Outro rumor, este algo credível uma vez que foi feito por um trabalhador da AMD e foi prontamente apagado do NeoGAF a fim de proteger a pessoa que o pôs. Poderá a nova consola da nintendo usar o "AMD Trinity" APU?

"…using AMD Trinity or some variation of it would put it significantly beyond the 360's capabilities… it would constitute a complete “generational” leap in graphical capability"

"Summary:
- AMD is working on a CPU that will be used for a Console launching late 2012.
- Likely candidate is the AMD Chip Codenamed Trinity.
-Trinity is a 2-4 Core Chip based on the new Bulldozer Core technology that also has a GPU which is most likely around the 5770 in performance built in.
- As of right now only 1 Game console is scheduled for a reported Fall 2012 Launch so unless something drastic changes the information would seemingly lead to the fact it has to be the Wii 2"

Varios sites linkaram logo o post do NeoGAF assim que apareceu.

A ver vamos. :)

Edit: A noticia está a espalhar rapidamente:

Nintendo-Universe
WiiHDRumours
n4g
 
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Já estava a par, mas parece tudo precoce para considerar.

x86 seria uma escolha estranha para a Nintendo; mas faria muito mais sentido que a história dos 3 core's *****'s que é completamente contrária à filosofia de desenho de hardware que impera por aqueles lados. É que o foco deles em desenho de hardware é sempre o balançeamento e paralelismo do sistema, a GC por exemplo funcionava toda em multiplos "simples" de 3x quando os multiplicadores dos PC's andavam a chegar aos 30x; eles aliás fazem downclock frequentemente para balancear as coisas, tudo indica que o fizeram com a 3DS, por exemplo. Estes balanceamentos no fim de contas diminuem os bottlenecks/handycaps da consola.

Acreditava em algo que sugerisse em algo com 2666 MHz dual ou quad core, por exemplo (à luz da memória ddr3 1333 MHz para PC's andar na berra; é um multiplo de 2 perfeito, e potencia suficiente) e chega para dar abadas e meia noite a tudo o que está a ser usado em consolas actualmente (na realidade em 2005 um ***** G5 2.5x2 chegava; a frequência do ***** "element" do Xenos e Cell foi conseguida às custas de alongar as stages do cpu, aumentar a cache miss de forma desmesurada e simplificar o cpu, tornando-o fraco em general processing, que é aquilo que eles deviam fazer bem).

Dito isto, é possivel e talvez provável que a consola tenha um tipo de RAM propriétário/avançado face ao resto da arquitectura/peças escolhidas, com a N64 usaram Rambus RAM quando ela tinha um bus minúsculo de 9 bits que fazia efeito mangueira, mas corria a 500 MHz, com a GC e Wii usaram 1T-SRAM que mais não era do que um hibrido entre DDR e 4T-SRAM (leia-se a memória cache dos CPU's, aquela que na altura vinha aos KB's e ainda hoje é caríssima; anulava os compassos de espera/latencia, que a solução da N64 tinha aos quilos) e com a 3DS parece que usaram FCRAM da Fujitsu (RAM de refrescamento rápido, precisamente para evitar ciclos de espera). RAM, não necessariamente em quantidade mas qualidade/performance parece ser sempre aquilo em que a Nintendo gasta mais uns cobres; precisamente por uma questão de paralelismo; idealmente teriam front side bus a correr à mesma velocidade do CPU, não podendo querem 2, 3… máximo 4 vezes no multiplicador para as porções mais rápidas do hardware.

É muito provável que um sistema sucessor da Wii volte a apostar numa RAM com propriedades muito acima da média.
 
Última edição:
Eu começo é achar isto tudo bom demais para ser verdade.

Sei que a maioria dos fãs Nintendo(incluo me,mas há coisas que já não aceito nesta altura do campeonato)aceitavam outra consola underpowered em relação a concorrência.Contudo acho que desta vez a Nintendo tem de dar o salto.

O beneficio que os franchises da própria Nintendo retirariam disso seria enorme tb,e alem do mais é preciso atrair alguns third party developers importantes.
Se a consola lhes agradar em termos de specs eles desenvolvem para ela.
 
Última edição pelo moderador:
O problema é que se as third party's actualmente hostilizadas querem um maluco que se atire par ao fogo tê-lo-ão sempre.

A Sony, ainda há meros meses com a NGP provou que não se importa de chegar ao mercado a perder dinheiro de novo e a maneira da Microsoft resolver os problemas é atirar-lhes dinheiro:

Another source familiar with Microsoft’s manufacturer and carrier agreements says the company will spend $1 billion on the launch, half on marketing and half on other development costs.
Fonte: http://blog.seattlepi.com/microsoft...early-half-billion-to-launch-windows-phone-7/

Isso, mais o acordo de 1 bilião que fizeram com a Nokia. Não há duvidas que se alguém sair a perder (muito) dinheiro com uma próxima geração, quem sabe a meter os 8 GB que a Crytek pediu… serão estes malucos.

A Nintendo não vai aceitar perder dinheiro com hardware por um periodo superior a 6 meses (já a contar com custos R&D, hardware esse será na pior das hipóteses vendido a break-even) e fazê-lo neste mercado é ser mais inteligente (o objectivo é lucrar, e mesmo sem suporte pujante third party esta geração a Nintendo mais dinheiro que a concorrencia somada). E se chegarem primeiro ao mercado é possivel que as outras apostem em duplicar a quantidade de RAM que esta traga, por exemplo "só para ser melhor".

Estamos a falar de developers que não gostam de suportar o "mínimo denominador comum".
 
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