A Indústria dos Videojogos - Tópico Geral (notícias, artigos, opiniões, análises)

Uma coisa que reparei é que em termos de escala, acho que os jogos já atingiram a dimensão ideal, pelo menos no meu ponto de vista...Penso que os jogos open-world estão no limite do que acho aceitável, mais do que isso é exagero e se torna demasiado vazio e cansativo em alguns jogos.

Jogos como Ghost-Recon Wildlands, Horizon ZD, Spider-Man, RDR2, Forza Horizon, etc.. tem dimensões "perfeitas". Para a nova geração, acho que aperfeiçoar as dimensões que foram atingidas, é o ideal, tentar dar mais vida em algumas situações, ou preencher melhor algumas áreas demasiado vazias.


sem duvida para que fans do genero Open world deve ter sido a geracao ideal para eles, nunca foram tao bem servido. Ja para mim nao foi bem o caso, demasiado grandes estudios viraram-se para a moda dos Open world que eu sinceramente nao consigo apreciaar. Contudo ainda bem que existe os estudios indies para lancarem perolas como shovel knight, Celest, Dead cells etc.. etc... Acho que raros foram os anos onde joguei tantos jogos differentes e variados como esses ultimos 3 anos.
 
Eu não disse que tem os melhores jogos da história, disse que tem alguns dos melhores da história. Claro que vão sempre aparecendo jogos muito bons em todas as gerações e esta não foi excepção.

Por acaso disseste mesmo isso: "... dei por mim a pensar que esta geração teve dos melhores jogos da história dos videojogos e jogos de grande qualidade todos os anos".
De qualquer das maneiras se teve alguns ou muitos, foi como referi, cada geração tem sempre jogos desse nível até chegar a próxima por todos os motivos. Faz parte.
 
Com o lançamento do Cyberpunk 2077 semana passada no estado em que foi lançado dei por mim a pensar que esta geração teve dos melhores jogos da história dos videojogos e jogos de grande qualidade todos os anos, mas também foi uma desgraça em termos de lançamentos de jogos cheios de bugs e de muitas mentiras por parte das empresas.

Só assim por alto tivemos o No Man's Sky que prometeram imensa coisa e quando o jogo saiu não cumpriram com o que foi dito, o pessoal passou-se com isso. Claro que o jogo agora está muito diferente mas as pessoas não se esquecem.

O Fallout 76, mais um jogo que foi bastante criticado no lançamento.

Anthem, este aqui então deve ter sido dos maiores flops de sempre.

Assassin's Creed Unity, que chegou ao mercado cheio de bugs.

Star Wars Battlefront 2 que foi severamente criticado pelas micro transações.

E agora o Cyberpunk 2077 onde a CD Projekt omitiu o jogo mas versões PS4 e Xbox One, lançou o jogo num estado lastimável e ainda vieram dizer que se podia pedir refund do jogo mas afinal não é bem assim, porque nem a Sony nem a Microsoft querem dar refund do jogo.

O que se passou com o No Man's Sky, passou-se de certa forma com o Sea of Thieves. Mostrou-se muita coisa, mas depois o jogo sofreu de falta de conteúdo no lançamento. Era fixe para andar às batalhas navais, mas pouco mais havia para fazer que isso. Num espaço de poucos meses deram a volta com o lançamento de grandes expansões de conteúdo. O pessoal mais dedicado ao jogo e que andou pelas Alpha e Beta do jogo, costuma dizer em tom de piada que a Rare passou a maior parte dos anos de desenvolvimento do jogo, a programar toda a física relacionada com a navegação, e esqueceu-se do conteúdo.

Lançar jogos incompletos é uma coisa que sempre aconteceu, mas que cada vez mais acontece pela dimensão que os projectos atingem como já disseram, e porque a tecnologia assim o permite. A nossa atenção para quando isso acontece também é maior, pelo rápido mediatismo que tomam e por cada vez haver mais pessoas a jogar.
 
Saiu uma porcaria também

O multiplayer foi publicidade enganosa,mas o single player foi o que era suposto ser: um Crackdown à moda antiga. Infelizmente para eles não estamos em 2007 ou 2010. A fórmula tinha de evoluir para no mínimo dos mínimos algo como um Saints Row 4.

Mas o Crackdown 3 não tem nada a ver com aqueles ali átras. Expectativas eram outras,ideias eram outras,execução foi outra(aqui falo de bugs).

O que se passou com o No Man's Sky, passou-se de certa forma com o Sea of Thieves. Mostrou-se muita coisa, mas depois o jogo sofreu de falta de conteúdo no lançamento. Era fixe para andar às batalhas navais, mas pouco mais havia para fazer que isso. Num espaço de poucos meses deram a volta com o lançamento de grandes expansões de conteúdo. O pessoal mais dedicado ao jogo e que andou pelas Alpha e Beta do jogo, costuma dizer em tom de piada que a Rare passou a maior parte dos anos de desenvolvimento do jogo, a programar toda a física relacionada com a navegação, e esqueceu-se do conteúdo.

Lançar jogos incompletos é uma coisa que sempre aconteceu, mas que cada vez mais acontece pela dimensão que os projectos atingem como já disseram, e porque a tecnologia assim o permite. A nossa atenção para quando isso acontece também é maior, pelo rápido mediatismo que tomam e por cada vez haver mais pessoas a jogar.

O Sea of Thieves nunca mostrou mais do que o que lançou.Era um jogo básico e despido e assim saiu. Se tivesse saído um ano depois era uma outra história. Mas verdade seja dita nunca iria ser um Black Flag da vida.
 
O Sea of Thieves nunca mostrou mais do que o que lançou.Era um jogo básico e despido e assim saiu. Se tivesse saído um ano depois era uma outra história. Mas verdade seja dita nunca iria ser um Black Flag da vida.

Não sei se alguma vez jogaste Sea of Thieves, mas já na fase Beta se discutiam coisas que iriam ser implementadas, e que ainda hoje não o foram. Captaincy Update, por exemplo. Os animais de estimação já estavam previstos antes do lançamento do jogo, e só neste último ano é que foram implementados, até constam no livro de artwork. Só para citar algumas coisas. Já para não falar no hype, que de certa forma era considerável, e quando o pessoal de fartou de andar a brincar às batalhas navais só porque sim, aí apercebeu-se do pouco conteúdo que o jogo tinha inicialmente.

Mas eu joguei um Crackdown há muitos anos atrás e aquilo tinha online. O que falhou neste?

Assim por alto, matches online com a cidade totalmente destrutível, e o MP saiu uma amostra disso.
 
O Sea of Thieves ainda que não seja um battle royale na sua genesis aproveitou um hype fora do normal por aquele género em questão, para tentar sacar alguma coisa +/- naquela onda. E por falar no género parece que finalmente é algo que já está a ficar um bocado fora de moda. Mesmo o Fortnite que era rei e senhor já tem visto os seus números a cair.
 
(...)mas também foi uma desgraça em termos de lançamentos de jogos cheios de bugs e de muitas mentiras por parte das empresas.

Só assim por alto tivemos o No Man's Sky que prometeram imensa coisa e quando o jogo saiu não cumpriram com o que foi dito, o pessoal passou-se com isso. Claro que o jogo agora está muito diferente mas as pessoas não se esquecem.
Todos os males fossem esses. Alimentamos uma indústria cujo produto é consequência de um crunch desmesurado das pessoas que emprega, e que corre em equipamentos domésticos construídos por trabalho escravo chinês. E tudo a bem do mero entretenimento.
 
Não sei se alguma vez jogaste Sea of Thieves, mas já na fase Beta se discutiam coisas que iriam ser implementadas, e que ainda hoje não o foram. Captaincy Update, por exemplo. Os animais de estimação já estavam previstos antes do lançamento do jogo, e só neste último ano é que foram implementados, até constam no livro de artwork. Só para citar algumas coisas. Já para não falar no hype, que de certa forma era considerável, e quando o pessoal de fartou de andar a brincar às batalhas navais só porque sim, aí apercebeu-se do pouco conteúdo que o jogo tinha inicialmente.



Assim por alto, matches online com a cidade totalmente destrutível, e o MP saiu uma amostra disso.

Eu joguei-lo ainda antes disso,eu joguei-lo a trabalhar para uma empresa de QA. E já na altura eles diziam que queriam fazer isto e aquilo. Mas nunca deram um calendário sólido. Há uma razão para isto não ter tido uma Ultimate Edition,eles sabiam que nunca na vida podiam safar-se com dlc vital ser a pagantes.


O Sea of Thieves ainda que não seja um battle royale na sua genesis aproveitou um hype fora do normal por aquele género em questão, para tentar sacar alguma coisa +/- naquela onda. E por falar no género parece que finalmente é algo que já está a ficar um bocado fora de moda. Mesmo o Fortnite que era rei e senhor já tem visto os seus números a cair.

O Sea of Thieves queria aproveitar a onda do shared world co-op que o Destiny começou a minar com sucesso em 2014. Mas tal como o The Division,parece que ninguém no SoT percebeu que conteúdo é a palavra chave.Unica salvação foi os updates serem todos de borla,não haver uma paywall. E mesmo assim....

E o Fortnite vive num mundo com mais opções AAA,como o Warzone. Nunca ia manter a fatia de mercado igual a quando era o PUBG apenas.
 
Na minha opinião o mercado dos videojogos tem um enorme problema na qualidade nos produtos que apresentam que tem a ver com a moda de lançar jogos incompletos e cheios de bugs.

A receita é fazer enorme fanfarra com um novo título, definir datas ultra ambiciosas de lançamento, vender muitas unidades muito antes da data, falhar a data de lançamento múltiplas vezes e depois lançar o jogo com muito conteúdo em falta e cheio de bugs para ir corrigindo.
Depois disso tudo ainda vendem DLCs com conteúdo extra...
(Parece a história do Cyberpunk, mas não é o único, nem de perto).

E a culpa disto tudo é nossa porque comemos e calamos.
Neste momento a adesão em massa aos pre-orders está na base disto tudo. De seguida ainda tentam vender conteúdo que claramente devia estar presente desde ínicio na forma de DLCs e o resultado é o pior de dois mundos, não corrigem os problemas iniciais dos jogos porque estão a desenvolver novo conteúdo e como conclusão temos problemas em cima de problemas que já existiam.

Felizmente nunca existiram tantos jogos a sair e tantos indies a produzir verdadeiras pérolas, normalmente apresentando enorme qualidade no dia zero, pelo que oferta de qualidade há e é cada vez maior.
Para além disso existem modelos que considero interessantes de diponibilizar os jogos em fases prematuras, deixando bem claro que está em fase alpha ou seja o que for, a preços reduzidos. Dessa forma os consumidores podem participar e experimentar os jogos e a sua evolução, se assim o entendermos, e os estúdios têm uma fonte de rendimento e uma pool de "cobaias" em que todos ficam contentes (Bannerloard, Hell Let Loose, por exemplo) e o resultado final tende a ser um bom jogo.

Espero que o mercado acorde e que ponha em xeque estas pseudo empresas que lançam produtos com defeito uma e outra vez sem qualquer consequência porque logo a seguir estão a vender pre-orders no título seguinte sem qualquer problema. Como consumidores não admitimos isto de práticamente nenhum produto mas de videojogos até nos pomos em posições ridículas de defender os estúdios nestas situações contra os nossos pares...

Enfim, desculpem o desabafo.
 
O Sea of Thieves ainda que não seja um battle royale na sua genesis aproveitou um hype fora do normal por aquele género em questão, para tentar sacar alguma coisa +/- naquela onda. E por falar no género parece que finalmente é algo que já está a ficar um bocado fora de moda. Mesmo o Fortnite que era rei e senhor já tem visto os seus números a cair.

O SoT tentou saltar no hype do Battle Royale apenas com o modo Arena (ainda que seja um mix de CTF e TDM, e não um BR, mesmo após a reformulação que levou no 2º aniversário do jogo em Março deste ano). Modo esse que foi lançado no 1º aniversário do jogo em 2019, e foi oficialmente colocado em modo de suporte de vida este mês, devido a estatisticamente apenas 3% dos jogadores o jogarem. O modo Aventura (génese do jogo) nunca teve muito a haver com a moda do Battle Royale, é um modo sandbox como o Rui já explicou.

Neste momento a adesão em massa aos pre-orders está na base disto tudo. De seguida ainda tentam vender conteúdo que claramente devia estar presente desde ínicio na forma de DLCs e o resultado é o pior de dois mundos, não corrigem os problemas iniciais dos jogos porque estão a desenvolver novo conteúdo e como conclusão temos problemas em cima de problemas que já existiam.

É mais escandaloso quando lançam os DLCs, e os mesmos não passam de unlocks a código que já constava no lançamento original do jogo.

Para além disso existem modelos que considero interessantes de diponibilizar os jogos em fases prematuras, deixando bem claro que está em fase alpha ou seja o que for, a preços reduzidos. Dessa forma os consumidores podem participar e experimentar os jogos e a sua evolução, se assim o entendermos, e os estúdios têm uma fonte de rendimento e uma pool de "cobaias" em que todos ficam contentes (Bannerloard, Hell Let Loose, por exemplo) e o resultado final tende a ser um bom jogo.

Isto pode parecer bom por um lado, mas por outro demonstra outra má prática que surgiu há alguns anos. Antigamente, o testing era feito internamente ou adjudicado a equipas externas. Agora, muitas vezes conta-se com os jogadores para fazer o trabalho que deveria ser do estúdio.

Disponibilizar jogos em fase Beta, Alpha, etc a um grupo de jogadores aguça a curiosidade dos mesmos e pode ajudar a criar momentum para o lançamento do jogo, mas acho uma prática particularmente útil para estúdios pequenos sem capacidade financeira ou humana para o fazer, porque para estúdios grandes é claramente um passar de responsabilidades e uma forma de poupar uns bons milhares de euros. «Testem o jogo por nós, encontrem bugs por nós. Em contrapartida têm acesso antecipado ao jogo no seu estado actual». "Sejam cobaias" como dizes.
 
Última edição:
Eu sinceramente nao acho que a nossa geracao cala e come. Penso que se trata principalmente do facto de desde a nossa geracao, a userbase ter subida uma explosao de mais de 3000% devido ao facto de se ter tornado um fenomeno pop culture cada vez maior ( e ainda nao parou de crescer a meu ver) Agora essas novas geracoes que so conheceram isso e constituem penso eu 80% da user base de hoje em dia ( sao numeros mandados ao ar cuidado ) nao conheceram todas as ventagens que conhecemos na idade deles. Os jogos saiam em estado bem mais jogavel do que hoje em dia, Day 1 patch nao existia, o formato fisisco para alem de ser mais barato na altura, vinha com mais conteudo e permitia mais opcoes de troca e revenda, os DLC quase nao existiam e vinham em forma de expansoes separadas e em geral que nao modificavam a trama principal do jogo base.

Diria que e o nosso trabalho de informar melhor essas novas geracoes do que estao a perder. Votar com a carteira e super importante. Nao fazer pre-order tambem e imporante ( a nao ser que seja uma edicao limitada e numerada de um jogo que nao querem falharem em adquirir) Eu pelo menos tenciono fazer isso com os meus futuros filhos .
 
E não, é só isso, @underfox , os users cada vez estão menos impacientes, se um jogo não sai em determinado dia, fazem logo um drama.
Pensando que não isso coloca pressão extra na equipa que está a desenvolver o jogo. Olha o que aconteceu com o Cyberpunk que até ameaças aos devs houve
Não estou com isto a defender os estúdios, mas por outro lado penso que um estúdio que fez a obra de arte que foi o Witcher 3 ( por acaso até acabei à pouco a main story :D) merece algum beneficio de dúvida.
Aliás, os adiamentos do Cyberpunk foi para isso mesmo, para que o jogo seja perfeito, e para que de alguma forma seja uma réplica daquilo que foi o Witcher.
Mas esta geração não tem paciência, não sabe esperar, e não falo só neste aspecto dos videojogos, mas em certas situações do dia-a-dia.
Temos de mudar as mentalidades destas novas gerações, eles tem de perceber que apesar de viverem num mundo onde tudo acontece de forma muito rápida, há coisas que levam o seu tempo.
 
Mas esta geração não tem paciência, não sabe esperar, e não falo só neste aspecto dos videojogos, mas em certas situações do dia-a-dia.
Temos de mudar as mentalidades destas novas gerações, eles tem de perceber que apesar de viverem num mundo onde tudo acontece de forma muito rápida, há coisas que levam o seu tempo.

Totalmente de acordo, mas a culpa não é só deles desde os meios até aos suportes que os conduzem para esse estilo de vida faz com que só queiram facilitismos, tem que ser tudo muito fácil, rápido e barato senão nem vale a pena lutar/trabalhar por algo.

Nem com as ferramentas de pesquisa que têm ao dispor por esta internet fora se dão ao trabalho de procurar e tentar perceber quanto mais saber o que acarreta fazer um jogo desta magnitude como o Cyberpunk ou outro qualquer.
 
Bem vindos ao bonito mundo do capitalismo selvagem. As pagam e portanto exigem ser servidas em condições pelo que pagaram. Se pagam e não são servidas em condições há problema claro. É tudo uma questão de números. O resto é letra.
 
E não, é só isso, @underfox , os users cada vez estão menos impacientes, se um jogo não sai em determinado dia, fazem logo um drama.
Completamente de accordo, contudo diria que isso sao as pessoas em geral em todos os lugares e nao so os jogadores. Devido as plataformas de social media onde o pessoal passa o seu tempo a dramatizar e queixarem-se de tudo ou nada. Eu vi essa transformacao nos meus porprios pais, principalmente a minha mae. Nunca foi tao drama queen do que desde que tem facebook e accessos a aquelas informacoes estupidas todas. Ela que era uma mulher calma e nao se metia muito em conversas politicas, ou ideologicas, agora passa o seu tempo no FB a meter postes em relacao a essas coisas e vejo a a chatear-se com familiares com ideias differentes pelo facebook.
 
Totalmente de acordo, mas a culpa não é só deles desde os meios até aos suportes que os conduzem para esse estilo de vida faz com que só queiram facilitismos, tem que ser tudo muito fácil, rápido e barato senão nem vale a pena lutar/trabalhar por algo.

Nem com as ferramentas de pesquisa que têm ao dispor por esta internet fora se dão ao trabalho de procurar e tentar perceber quanto mais saber o que acarreta fazer um jogo desta magnitude como o Cyberpunk ou outro qualquer.

Também cabe à educação que se dá. E isto exige um esforço conjunto entre os pais e as escolas, para educar e para esta geração ganhar noção de como dizes o tempo que acarreta fazer um jogo desta magnitude. E quem diz jogos, diz outros projectos.

Completamente de accordo, contudo diria que isso sao as pessoas em geral em todos os lugares e nao so os jogadores. Devido as plataformas de social media onde o pessoal passa o seu tempo a dramatizar e queixarem-se de tudo ou nada. Eu vi essa transformacao nos meus porprios pais, principalmente a minha mae. Nunca foi tao drama queen do que desde que tem facebook e accessos a aquelas informacoes estupidas todas. Ela que era uma mulher calma e nao se metia muito em conversas politicas, ou ideologicas, agora passa o seu tempo no FB a meter postes em relacao a essas coisas e vejo a a chatear-se com familiares com ideias differentes pelo facebook.

Sim, não é só a geração mais nova, parece que o pessoal "mais velho" também está a padecer desta impaciência, e conheço casos onde os mais velhos até são piores que os mais novos.
É de certa forma natural, esta reacção pelas razões que já mencionei, o desenvolvimento das tecnologias permite rapidez em coisas que antes levavam mais tempo. E é sempre expectável que as coisas sejam rápidas, mas nem sempre é possivel.
Pensava que se havia algo de bom que se podia tirar desta pandemia era isso mesmo, que as pessoas dessem mais valor ao que realmente interessa e não fizessem um escabeche porque um jogo não saiu no dia em que disseram, ou porque a comida que pediram ao estafeta chegou 2 minutos atrasada, etc.
Mas parece que estava rendondamente enganado...
 
Não discordo do que estão a dizer, eu mesmo em diversos produtos e serviços espero ter acesso AGORA ao que estou a adquirir, mas isso não tem nada a ver com o que está em causa.

Quem determina a data de lançamento de um produto é a entidade que o produz. No caso em questão foi a CDPRed que decidiu que o jogo saia na data X. Mais, em janeiro disse que o jogo já estava jogável e que estavam a afinar bugs e performance, coisa que foi agora desmentida pelos próprios trabalhadores no projecto (developers, claro está). Isto tudo depois de ter vendido inúmeras cópias em pre-order. Claro que alguém que compra algo na expectativa de a receber na data X vai ficar aborrecido se tal não acontecer (o facto de ser uma burrice comprar algo de olhos fechados é outra questão).
Ora quem criou a expectativa foi a própria empresa, cavando o seu próprio buraco.

Estamos a falar do Ciberpunk porque é a última grande borrada mas os casos são inúmeros todos os anos. Se não podem produzir jogos tão magalómanos nas datas em que se propõem façam algo mais simples ou não proponham datas, simples.
Se eu fizesse o mesmo aos meus clientes na minha profissão já não os tinha há muito tempo. Ninguém anda a pagar nada antes de receber o produto e acreditem que já sabem bem o que vão receber, não é como os pre-orders de algo que se verá a qualidade.
 
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Enquanto o pessoal continuar a fazer pre order de um jogo base continuaremos com esse problema penso eu. O mesmo se applica ao comprar day one ( ao qual estou culpado algumas das vezes ) O problema e que nem a ver reviewers profissionais podemos confiar. O jogo levou 9/10 e 10/10 em todo o lado. Eu pessoalmente, um jogo assim, no estado em que esta, ate mesmo no PC nao merecia mais do que 7 vou vos ser sincero. Entao o jogo esta atralhado de problemas de AI, collisions, LOD etc.. etc... e estes gajos dao 10/10? o que valeria entao o mesmo jogo sem nenhum desses problemas? e que vamos sonhar um bocado e imaginar que recebemos jogo na sua versao perfeita, ok? Que notacao e que poderiam dar a este jogo agora? e qu nao da para dar muito mais do que 9/10. Os reviewers profissionais a meu ver perderam-se totalmente ultimamente, e dao mesmo aquela impressao de serem vendidos.
 
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Não me admira que ás vezes haja um pouco de receio dar notas baixas quando sai do prisma que é a opinião (aka hype) geral, ainda por cima em títulos tão conceituados como este é. Por exemplo, aquela review da outra mulher que deu 7/10 ao jogo foi completamente ostracizada e gozada à força toda. Ainda que as reviews para a PS4 e XboxOne já foram mais dentro do esperado.
 
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