A arquitectura em si já tem muitas alterações, mas o que impede totalmente manter o 775 é o controlador de memória que passa a estar no CPU e não no chipset. Nunca terias forma de ter uma correspondência semelhante entre os pinos cuja ligação segue para a memória ou para o chipset em ambas as arquitecturas, C2D e i7.
Neste caso é mesmo um mal necessário e incontornável.
A arquitectura não tem nada a ver com a pin-count. A maior quantidade de pinos tem a ver sobretudo com a necessidade de controlar a voltagem em quantidades cada vez mais pequenas e precisas (com a diminuição do tamanho dos transístores entre "shrinks") e as "leaks" de corrente em CPU's, sobretudo para desktops, cujos TDP's e velocidades de relógio são mais elevados.
O controlador de memória integrado também não implica necessariamente mais pins (os processadores para o futuro socket AMD AM3 -DDR3- têm
menos pinos do que os actuais AM2 -DDR2-, e as CPU's podem ser instaladas -pelo menos é o que a AMD dizia há uns meses...- nos sockets AM2).
Basta ver a quantidade de sockets baseados no antigo socket 478 dos Pentium 4 "Northwood", e que ainda hoje existem nos portáteis (Socket P) com Core 2 "Penryn", com apenas algumas alterações de pormenor relativamente insignificantes, mas concebidas apenas e só para impedir o uso continuado de chipsets antigos com CPU's mobile recentes.
Uma situação semelhante aconteceu também com as várias gerações de VRM's para motherboards com o LGA 775, que, apesar de tudo, aguentou bastante tempo (cerca de 5 anos, na altura em que o "Nehalem" começar finalmente a tomar conta do mercado, em 2009).
Na geração Core i7, além do LGA 1366 dos Xeon e desktops topo-de-gama, e do LGA 1160 para o mainstream, é possível que surja um terceiro socket desktop com menos pinos, para as versões de entrada-de-gama sem controlador de memória integrado, a usar emparelhadas com o actual chipset P45 dos "Penryn".