Infelizmente, o último plano de desenvolvimento aprovado recentemente adiou a inclusão dos patches do suporte USB na versão padrão para o Wine 1.6 (o mais tardar).
O que significa que será necessário quanto muito a virtualização para o uso de dispositivos USB que operam no modo utilizador, o que é pena por ser uma funcionalidade que teria bastante utilidade.
Apesar deste contra-tempo observa-se que a versão Wine 1.4 terá novos recursos que fazem falta, e que já estão bem encaminhados, como a implementação da linguagem .NET (através da versão open-source Mono, mas é possível instalar o .NET da Microsoft usando um script para o efeito), um novo sub-sistema de áudio (que está quase pronto) inspirado na arquitectura do Windows Vista/7, melhorias no Direct3D (que o Wine as implementa através de funções idênticas do OpenGL e Gallium3D em algumas placas gráficas com suporte por hardware), e a implementação completa do Wine de 64 bits para correr aplicações Windows de 64 bits.
Neste aspecto aqui o Wine conseguiu ser melhor que a Microsoft. Para evitar problemas, em sistemas de 64 bits são criados dois drives C: virtuais (wineprefix) para simular o Windows de 32 e 64 bits em separado. É possível correr programas de 32 bit no wineprefix de 64 bit através da própria implementação do Wine do WoW64, mas é preferível separar as águas porque muitos programas complexos de 32-bit ficam melhor no wineprefix de 32-bit, passando a conversão de compatibilidade do SO Linux de 64-bit pelo kernel.
Outra coisa que se destaca é o facto de ser ainda possível correr as velhinhas aplicações do Windows 3.x (16-bit) no Wine de 64-bit (ou no wineprefix 32-bit em Linux 64-bit), algo que não é possível no Windows 64-bit.
Já no caso das aplicações do DOS puras, o Wine optou por integrar o emulador DosBox (e ainda a integração completa não estará garantida na versão 1.4) para correr estas relíquias o que acaba por ser sensato, porque muitos programas DOS requerem acesso directo ao hardware, o que quebraria a modularidade do sistema operativo Linux (e até o Windows). A emulação do DOS conjuntamente com a emulação do hardware evita este problema.
Resumindo: Ficou para a versão 1.6 o mais tardar: o suporte aos drivers user-mode USB, a implementação efectiva do Direct3D 10/11 (da qual existem duas implementações experimentais! Uma pelo recurso ao OpenGL e outra pela nova API gráfica suportada por algumas placas de topo: o Gallium 3D que tornaria a implementação e a execução acima de 90% da velocidade do Direct3D 10/11 original!), e é claro a versão do Wine oficial para o Mac OS X que ainda possui buracos que exigem actualmente camadas de compatibilidade que quebram a performance de muitos programas.
Se formos para discutir a implementação experimental do USB no Wine mais vale abrir um novo thread, e com alguma paciência criava-se um ppa (um servidor de software usado nas distribuições Ubuntu e compatíveis) com as versões modificadas do Wine com algumas ferramentas extra
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(Algo do género: um programa para instalar o driver correctamente no Registo)
Desta forma, podia-se testar hardware como o Prophet II ou as calculadoras Casio sem a necessidade de perder uma hora a recompilar software, como tornaria os testes mais acessíveis ao utilizador comum.