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Metal Gear 2: Solid Snake [MGS Master Collection Vol. 1] (Nintendo Switch)
8.5/10
Retomei a minha jornada de jogar a série Metal Gear, após ter começado com MGS1 e MGS2 há dois anos atrás, e no ano passado ter jogado Metal Gear. Só que desta vez, em vez de jogar na MGS Legacy Collection na PS3, vou continuar na Nintendo Switch pela MGS Master Collection Vol 1. Dos jogos dessa coleção, faltava-me o Metal Gear 2: Solid Snake, que terminei hoje. E agora fica a faltar o Metal Gear Solid 3.
Metal Gear 2: Solid Snake passa-se 4 anos após os eventos de Metal Gear. Jogamos novamente como Solid Snake, onde a sua missão passa por entrar nas forças de Zanzibar Land, e salvar um biologista que foi raptado. Contudo, à medida que vai explorando, descobre que existe um novo Metal Gear: Metal Gear D. Cabe novamente a Solid Snake destruir o novo Metal Gear.
Este jogo tem uma história mais bem escrita que o primeiro. Nota-se logo desde o início do jogo, com uma introdução espetacular, quase como uma introdução de um filme. É de se notar que este é um jogo de 1990. Nota-se desde muito cedo na carreira de Kojima a sua paixão por cinema, e como ele acaba implementando essa paixão nos videojogos que ele esteve envolvido, mesmo que com limitações.
Metal Gear 2: Solid Snake passa-se 4 anos após os eventos de Metal Gear. Jogamos novamente como Solid Snake, onde a sua missão passa por entrar nas forças de Zanzibar Land, e salvar um biologista que foi raptado. Contudo, à medida que vai explorando, descobre que existe um novo Metal Gear: Metal Gear D. Cabe novamente a Solid Snake destruir o novo Metal Gear.
Este jogo tem uma história mais bem escrita que o primeiro. Nota-se logo desde o início do jogo, com uma introdução espetacular, quase como uma introdução de um filme. É de se notar que este é um jogo de 1990. Nota-se desde muito cedo na carreira de Kojima a sua paixão por cinema, e como ele acaba implementando essa paixão nos videojogos que ele esteve envolvido, mesmo que com limitações.
Relativamente à jogabilidade, é similar à jogabilidade do primeiro jogo. Contudo, com diversas novidades. É em Metal Gear 2: Solid Snake que introduzem o sistema de radar. Podemos ver no radar a nossa posição, e a posição de inimigos, mesmo em movimento. E podemos ver isso mesmo fora dos painéis onde nós não estamos, geralmente um painel a cada um dos lados. Isso faz com que haja mais imersividade no jogo, sendo que é necessário estar atento não só ao que está presente no ecrã de onde estamos, mas também ao que se passa no próximo ecrã. Também isso permitiu criar novos tipos de confrontos. Por exemplo, existe um boss que se chama Running Man (sim os bosses continuam a terem nomes ridículos), e a única coisa que esse boss faz é.... correr. O problema é que ele corre tão rápido que é impossível estarmos perto dele... e na sala onde o enfrentamos, começa a entrar gás tóxico que nos pode matar. A sala é composta por 4 ecrãs e nunca vemos o boss após a batalha começar. Basicamente a única forma de o derrotar é por colocar minas no chão, em locais onde sabemos que ele passa, precisamente porque pelo radar conseguimos saber qual o trajeto que ele costuma a fazer em cada sala. Outro confronto que com o radar ficou muito bom é quando enfrentamos o helicóptero Hind D. No primeiro Metal Gear, o Hind D também é um boss. Mas o helicóptero fica sempre no solo, e temos que plantar bombas C4 e depois remotamente explodir para danificar o helicóptero. Já aqui em Metal Gear 2: Solid Snake, o Hind D levanta voo e fica a disparar no ar contra o Solid Snake. Só há uma forma de o derrotar: por usar um Stinger Missle. No entanto, como é que podemos acetar com um Stinger Missle num helicóptero que está no ar, e nem no ecrã aparece? Por usarmos o radar. Com o Stinger Missle selecionado, aparece no radar uma mira que mostra a zona onde o míssil vai acertar. Depois é só fazer pontaria dependendo da posição de onde o Hind D esteja, e lançar o míssil. Até é possível acertar no Hind D sem ele estar no mesmo ecrã de onde esteja o Solid Snake. Aliás, esse até é o cenário ideal, uma vez que com o Hind D na mesma posição de radar de onde esteja o Snake, torna-se difícil usar o Stinger Missle e desviar das balas do Hind D. Ah, e também o radar é útil para detetar minas que estejam no terreno, com o uso de um detetor de minas. E se o Snake é visto por um soldado, o radar fica inativo enquanto os guardas ficarem me modo alerta, sendo necessário esperar que o modo alerta desapareça para o radar ficar novamente estabelecido.
Por falar em guardas, eles sofreram melhorias. Com a implementação do radar, agora há guardas que fazem a sua patrulha fora de apenas 1 ecrã. No primeiro jogo, um guarda parecia que tinha um campo de visão em linha. Mas neste jogo, eles conseguem ter um campo de visão em 45 graus. E quando eles ficam parados, eles viram a cabeça para a esquerda e para a direita, podendo ver na diagonal. Também conseguem reagir ao som. Se usamos uma arma sem silenciador, causamos uma explosão, damos um murro numa parede, eles reagem ao som. Ou se andarmos num solo que faça barulho, eles reagem. Nessas situações, temos que gatinhar, algo que no primeiro jogo não era possível. É mais lento, mas podemos evitar barulhos. Também por podermos gatinhar, podemos passar por debaixo de alguns objetos como mesas, camas, veículos, e podemos nos esconder em zonas próprias. E também é por gatinhar que conseguimos retirar minas que estejam no terreno.
Relativamente ao transmissor, também sofreu melhorias. No primeiro jogo só víamos o Solid Snake sempre que usávamos o transceptor. Aqui, vemos o Solid Snake e uma imagem do personagem com quem falamos. E a arte de cada personagem está muito bem feita. O transceptor novamente funciona por frequência que temos que introduzir manualmente, mas após o primeiro uso fica registado. Contudo, há certos NPC's que depois nos dizem que mudam de frequência, e temos que voltar a mudar a frequência manualmente. Por vezes, o transceptor toca sozinho quando um NPC quer relatar alguma informação pertinente. Outras vezes, quando estamos numa situação específica, temos que entrar em contato com um NPC em específico para podermos ter apoio.
O jogo tem alguns momentos que me deixaram impressionado. O jogo tem um sistema de código de toques, onde ao ouvirmos uma sequência de toques, temos que decifrar a mensagem. Na MGS Master Collection Vol. 1, vem uma tabela que nos diz como decifrar esse código. Geralmente usamos isso para aceder a novas frequências de transceptor. E por falar em novas frequências, o Metal Gear 2: Solid Snake foi o primeiro jogo da série que aplicou a ideia de termos que ir ao verso da caixa do jogo para verificar uma nova frequência de transceptor. E é algo que me apercebi à medida que ia jogando o jogo. Mais do que me apercebi quando joguei o primeiro Metal Gear. Há muitas cenas no Metal Gear 2: Solid Snake que acabem sendo replicadas no Metal Gear Solid. Por exemplo, quem já jogou MGS, sabe que existe um momento onde o Solid Snake está num elevador, que de repente para. E depois vem-se a ver que no elevador o Snake não está sozinho, mas sim tem lá soldados que estão camuflados, e cabe a ele derrotá-los. Bem, esse momento tem como origem um boss no Metal Gear 2: Solid Snake. Estamos num elevador que deve subir até ao andar 30. Mas quando chega ao andar 29, ele para. E de repente, aparecem 4 soldados no elevador, conhecidos como Four Horsemen. Outro exemplo: lembram-se no MGS, quando o Snake tem que subir muitos degraus, e está constantemente a ser perseguido por soldados? Também há um momento assim no Metal Gear 2: Solid Snake, onde temos que subir 10 andares num edifício, mas pelas escadas. E enquanto fazemos isso, estamos sempre a ser perseguidos por guardas, e pelo caminho até podem haver armadilhas. Dou só mais outro exemplo: lembram-se no MGS que temos um cartão que muda de forma conforme a temperatura? Temos que usar o cartão em temperatura ambiente, depois temos que fazer backtrack para uma sala quente para o mudar, voltar à sala de onde tem o PC para usar o cartão alterado, e depois voltar a fazer backtrack para uma sala fria para voltar a mudar o cartão. Bem, no Metal Gear 2: Solid Snake temos um crachá que se entrarmos numa sala quente, ele se transforma numa chave que dá para usar num cacifo. Mas se estivermos numa sala fria, o crachá transforma-se noutra chave que dá para abrir outro cacifo, este último um cacifo importante para aceder a um item crucial da história do jogo.
Esses exemplos (e outros) levam-me a pensar em quão similar Metal Gear 2: Solid Snake e Metal Gear Solid são. MGS também tem outras ideias implementadas como o boss do Psycho Mantis, e também tem características únicas, como o facto de ser o primeiro jogo da série com gráficos em 3D, permitindo um aspeto mais cinemático que o Metal Gear 2: Solid Snake, juntamente com vozes. Mas tal como aconteceu comigo após ter jogado Metal Gear, novamente chego à mesma conclusão após ter terminado o Metal Gear 2: Solid Snake: estes dois jogos estão muito à frente do seu tempo, e para mim, estes dois jogos merecem um remake, mais do que os restantes jogos da série.
Estou para breve receber o Super Mario RPG. Mas depois de o jogar e terminar, vou saltar logo para o Metal Gear Solid 3. Aparentemente, o melhor jogo da série.