Bem... aqui vai um granda post
TMNT Fall of the Foot Clan (Nintendo Switch)
6.5/10
Este jogo cheguei a jogar no meu Gameboy Color quando era mais novo... apesar que foi um jogo comprado numa loja de chineses. Mas acho que era exatemente igual ao original. A única diferença é que no cartucho, a etiqueta do jogo era a etiqueta do TMNT 3 Radical Rescue.
É um jogo de ação em 2D, onde podemos jogar com cada uma das 4 tartarugas. No início de cada nível, podemos escolher qual das tartarugas queremos usar. Não há nenhuma diferença entre elas, a não ser a arma usada. Ao todo são 5 níveis, em que no final de cada nível temos um boss. Os bosses são dos clássicos: Rocksteady, Bebop, Baxter Stockman, Shredder e o Krang.
Existe uma barra de vida que pode ser reabastecida com pizzas que encontramos ao longo do nível, ou fatias individuais que aparecem ao derrotarmos o determinado número de inimigos. Contudo, se a barra de vida chega a zero, a tartaruga usada é presa pelo Foot Clan e deixa de ser possível usá-la pelo resto do jogo. Se as 4 tartarugas são capturadas, é game-over. É como que se o jogo tivesse apenas 4 vidas.
Visualmente, o jogo está bom, para aquilo que é possível num Gameboy. Os personagens estão bem desenhados, quer no jogo quer nas breves cutscenes. Talvez a única crítica que faria é o facto de que cada tartaruga parece estar a sorrir.
É um jogo "básico" sem nada de especial. A história até é básica (April é capturada, e cabe as TMNT salvar a April). Mas para quem é fã das TMNT, acho que vai-se divertir.
TMNT II - Back from the Sewers (Nintendo Switch)
6/10
Este já foi a primeira vez que joguei via a Cowabunga Collection.
É um jogo também de ação em 2D. Partilha algumas similaridades com o primeiro. Também é possível usar as 4 tartarugas e mudar ao início de cada nível qual a tartaruga que queremos usar. Aqui, as tartarugas têm ligeiras diferenças. Por exemplo, o Raphael ataca rápido mas com pouco alcançe. Já o Donatello tem um maior alcançe, mas ataca mais lentamente. As outras 2 tartarugas são mais equilibradas nesse sentido.
Ao contrário do primeiro jogo, neste jogo cada tartaruga tem a sua própria barra de vida. Também é possível reabastecê-la como no 1.º jogo, por meio de pizzas que encontramos no jogo. Mas no fim de cada nível, temos acesso a um nível bónus que conciste apanhar todas as pizzas que aparecam dentro dum tempo limite. Quanto mais apanharmos, mais a barra de vida é reabastecida para o próximo nível. Isto porque, se no fim de um nível temos, por exemplo, 15% de vida, no próximo nível começamos com os 15% (isto claro que não considerarmos o tal nível bónus).
Tal como no 1.º jogo, se uma das tartarugas perde a sua barra de vida por completo, ela é dada como capturada pelo Foot Clan. Contudo, podemos recuperar essa tartaruga. Se tivermos pelo menos 1 tartaruga presa, após terminarmos um nível, em vez de fazermos o nível bónus explicado no parágrafo acima, temos acesso a outro nível bónus, que trata-se de um boss. É um robô que parece ser um polícia, e o local parece ser uma prisão. Talvez seja uma prisão dos Foot Clan. De qualquer forma, neste boss temos 90 segundos para o derrotar. Não temos barra de vida, mas cada ataque que sofrermos corta no temporizador. Se conseguirmos derrotar o boss dentro do tempo limite, podemos salvar uma tartaruga que esteja presa. Se tivermos mais que uma tartaruga presa, podemos escolher qual delas queremos salva. E sempre que tivermos uma tartaruga presa, após o fim de cada nível acedemos ao mesmo boss para termos a chance de salvar uma tartaruga. Lá está, são 4 vidas como no 1º jogo, mas temos a chance de recuperar uma (ou mais vidas) perdida. É um detalhe que gostei de ver.
Relativamente à gameplay, é diferente. As tartarugas saltam mais alto, existe mais variedade nos estilos dos níveis. Apesar de ser um jogo ação em 2D, temos níveis com segmentos que parecem ser um beat-em-up como os clássicos beat-em-ups das TMNT. Outros níveis têm andares onde podemos subir ou diminuir de andar, aumentando a dimensão do nível. Contudo, acho que visualmente o primeiro jogo está melhor (pode ser a minha nostalgia a falar mais alto).
No geral, é um jogo ligeiramente melhor que o primeiro, apesar que por nostalgia prefiro o primeiro jogo. Mas quem gostar do primeiro também vai gostar deste.
TMNT III - Radical Rescue (Nintendo Switch)
7/10
Bem, este jogo surpreendeu-me pela positiva.
Ao contrário dos primeiros 2 jogos, a história deste é ligeiramente diferente. Em vez de ser apenas a April a ser raptada, também o Splinter, o Leonardo, o Raphael e o Donatello são raptados. Só o Michelangelo é que não é. E, portanto, começamos a jogar o jogo somente com o Michelangelo. E é aqui que notei uma grande diferença com os dois jogos anteriores. É que enquanto os outros dois jogos são jogos de ação em 2D, este é um metroidvania em 2D. Jamais pensei em ver um TMNT metroidvania.
O jogo não tem níveis, mas sim um enorme mapa, todo ele explorável. Obviamente que, como qualquer metroidvania, há obstáculos que nos impedem de explorar logo tudo de início. Mas quanto mais jogamos, mais acesso temos ao mapa. Existem shortcuts, upgrades, etc.
Bem, o jogo começa com o Michelangelo. E o objetivo passa por, primeiro, salvar as 3 tartarugas, depois o Splinter e, por ultimo, a April. Para salvar cada uma destas personagens, precisamos de uma chave. E só conseguimos obter uma chave por derrotar um boss. Geralmente o boss está numa secção afastada da secção de onde tem uma jaula com uma tartaruga presa, para a salvarmos. Depois de salvarmos uma tartaruga, conseguimos pausar o jogo para mudar de tartaruga sempre que quisermos. E aqui, cada tartaruga tem uma habilidade própria. O Michelangelo tem uma habilidade de usar as suas nunchucks para sobrevoar um pouco depois de saltar. É util para acedermos a plataformas mais distantes. A seguir, salvamos o Leonardo. Ele tem uma tecnica que lhe permite prefurar solo que seja destrutível, e serve para aceder a shortcuts ou a locais que de outra forma seriam impossíveis. Depois, desbloqueamos o Raphel, que tem a habilidade de se encolher dentro da carapaça. É uma habilidade útil para passar por passagens pequenas (à semelhança da Morph Ball na série Metroid) ou até mesmo por cima de spikes que um nível tenha, sem sofrermos dano. E, por último, desbloqueamos o Donatello, que tem a habilidade de trepar paredes. É útil em áreas onde temos que subir por uma seção que não tenha plataformas necessárias para subir por simplesmente saltar.
Depois de derrotarmos um boss, ganharmos uma chave e salvarmos uma tartaruga, precisamos de obter um cartão ID. Pois apesar do mapa ser grande e interligado, ele tem barreiras de bloqueio que só podem ser abertar usando um cartão ID. E cada cartão ID só é possível obter depois de salvarmos a última tartaruga. Por exemplo, após salvarmos o Leonardo, precisamos de usar a sua técnica de prefurar solo destrutível para obtermos um cartão ID. Depois de desbloquearmos essa barreira, temos acesso a uma nova seção do mapa onde o objetivo repete-se: encontrar o boss para o derrotar e obter a chave; encontrar a jaula de onde a próxima tartaruga está para a salvarmos; usar essa tartaruga e sua habilidade para apanharmos um novo cartão ID; encontrarmos a barreira que a desbloqueamos com esse cartão para aceder a uma nova área. Contudo, à medida que vamos avançando no jogo, vamos nos deparando com áreas do mapa onde precisamos de usar mais do que apenas uma habilidade de uma tartaruga específica, fazendo com que o jogo se torne mais variável.
Além disso tudo, existe no mapa do jogo 4 corações que são upgrades à barra de vida do jogo. A barra de vida do jogo é partilhada por todas as tartarugas, e cada coração que encontramos, aumenta o max HP do jogo. Também existem pizzas grandes que encontramos pelo mapa. Essas pizzas são um item que fica guardado no nosso inventário, tal como chaves e cartões de ID. A pizza é bom termos sempre uma guardada porque, quando o nosso HP chega a zero, a pizza restabelece o HP a 100%. É como que se fosse uma segunda chance. Extremamente útil termos uma antes de enfrentar um boss. Ah, e também existem fatias de pizza individuais que aparecem após derrotarmos um determinado número de inimigos, tal como nos jogos anteriores. E servem para restabelecer um pouco do HP perdido. A Cowabunga Collection tem um guia que mostra o mapa inteiro e a localização de todos os pontos de interesse: bosses, jaulas, cartões ID, pizzas e corações, o que é de grande ajuda.
Visualmente o jogo está muito bom. Diria eu que dos 3 jogos, é o que visualmente tem melhor aspecto. E também é suave ao contrário dos outros 2 jogos. E a banda sonora é boa. As minhas únicas críticas ao jogo é que, por ser um mapa grande, não há muita variedade de locais. Diria que 10% do jogo se trata de floresta, 50% do mapa se passa numa mina abandonada, 20% do mapa se passa em esgotos e 20% se passa numa base secreta cibernética. E a outra crítia é que tem pouca variedade de inimigos. Pela página Wiki do jogo... ao todo existem 5 tipos de inimigos que aparecem no jogo. Existem algumas variantes de Foot Soldiers, mas ainda assim acho que é pouca a variedade.
Ao todo são 5 bosses, em que o último é o Shredder. Mas no último boss, ao derrotarmos o Shredder, ele restabelece-se e transforma-se em Cyber Shredder, tendo que o derrotar novamente. Ah, e antes de enfrentar o último boss, temos que completar um boss rush dos 4 bosses anteriores.
No geral, fiquei bem satisfeito com o jogo, e surpreendeu-me pela positiva. Não estava à espera que fosse um metroidvania, e depois de o ter jogado, fiquei com vontade de ver um jogo TMNT feito como metroidvania, mas mais amplo e complexo. Acho que há potencial para tal.
Sonic Superstars (Nintendo Switch)
7.5/10
Confesso que já fui mais fã dos jogos de Sonic, especialmente dos anos 90 e 00's. Dos mais recentes, gostei muito do Sonic Generations, pela mistura dos níveis em 3D com o Sonic moderno, e níveis 2D com o Sonic Clássico. E foi precisamente do Sonic Generations que me lembrei quando vi o trailer de anúncio do Sonic Superstars: um jogo 2D com os personagens clássicos de Sonic. Então resolvi comprar o jogo, especialmente que o aproveitei numa promo P2L3.
O jogo está separado por 11 Zonas, num total de 26 níveis. Há zonas onde têm 2 níveis normais, outros só tem 1 nível normal. E também existem níveis especiais onde usamos um personagem específico dos 4 personagens que temos disponíveis: Sonic, Tails, Knuckles e Amy. Cada zona geralmente tem dois bosses: o primeiro boss é um robô construído pelo Eggman com uma grande criatura presa nele (que depois liberta-se), e depois no último boss da zona, enfrentamos o próprio Eggman numa das suas construções. Além disso, existem níveis especiais que temos acesso dentro dum nível, como em jogos de Sonic anteriores. Por exemplo, ao passarmos num checkpoint com mais de 50 anéis, abre-se um portal em cima do checkpoint onde temos acesso a um nível que é inspirado nos níveis especiais do Sonic 1. Nesses níveis, o objetivo é apanhar o maior numero de medalhas possível. As medalhas são como uma moeda dentro do jogo que permite o jogador comprar diversas partes para montar um robô que depois pode ser usado pelo jogador como personagem. Eu nunca investi nessa parte do jogo, portanto não tenho muito a acrescentar. Contudo, à semelhança do Sonic 3, existem Anéis Gigantes espalhados em diversos níveis, geralmente em locais mais escondidos. Ao entrar dentro desses anéis, temos acesso a um nível especial completamente original onde, ao completarmos com sucesso, ganhamos uma Chaos Emerald. Ao início, esses níveis eram relativamente fáceis. Mas há medida que fui ganhando Chaos Emeralds, a dificuldade dos níveis foram aumentando. Contudo, só perdi pelo menos 3 vezes para ganhar a última Chaos Emerald de todas.
Falando nas Chaos Emeralds, neste jogo cada Chaos Emerald dá uma habilidade nova ao Sonic, mas que só pode ser usada por um curto período de tempo, e depois é necessário esperar um tempo até poder voltar a usar a habilidade. Uma das habilidades que mais gostei foi a segunda, onde o Sonic fica como uma bola de fogo em que depois podemos "disparar" o Sonic para várias direções. É util para dar multiplos saltos, e também para aceder a áreas mais altas num nível. Contudo, acho que não há um grande incentivo ao jogador para usar as habilidades de diversas maneiras. Há habilidades que só fazem sentido serem usadas numa determinada parte dum nível, e o jogador só sabe disso porque quando estamos nessa parte, aparece no ecrã um símbolo da habilidade em questão, como que os programadores do jogo estivessem a dizer ao jogador: "ei, aqui vale a pena usar esta habilidade". Por um lado, acho que deviam ter feito níveis que incentivassem mais o uso das habilidades. Mas também compreendo do receio que os programadores tiveram em fazer isso, uma vez que nem todos os jogadores queiram colecionar todas as Chaos Emeralds. Ainda assim, considero algo positivo, e algo que num futuro devem certamente implementar mas de forma mais eficaz. Ah, e obviamente que, com todas as Chaos Emeralds, podemos jogar como Super Sonic, como sempre. Apesar que eu nunca o usei como Super Sonic... só nos creditos finais, onde podemos usar o Sonic para apanhar anéis
A maior critica que tenho a fazer ao jogo são os bosses. Nos níveis mais avançados do jogo, os bosses acabam por ter um tipo de dificuldade desnecessário. Não é que sejam difícies de derrotar, mas tornam-se maçantes. Por vezes, o boss está programado de maneira em que após atacarmos o boss uma vez, temos que esperar que ele faça uma série de ataques, que podem demorar entre 1 a 3 minutos, para dpeois finalmente ele se colocar numa posição onde podemos voltar a atacar. E geralmente o boss só é derrotado ao fim de 6 ataques. Então o boss final faz isso da pior forma possível. Salvo erro, o boss final tem 2 fases, e em cada fase temos que o atacar 6 vezes. E a cada ataque, temos que esperar entre 1 a 3 minutos que o boss faça os seus ataques para depois podermos atacar. Ah, durante o boss não há aneis que possamos apanhar, nem na transição entre a primeira fase a segunda fase. E se perdermos uma vida, o ultimo checkpoint remonta para o início do confronto, tendo que começar o boss novamente da primeira fase. E é por causa disso que acabo por dar uma nota ligeiramente mais baixa do que daria. Porque fora isso, até acho o jogo um bom jogo de Sonic.
Depois de o ter terminado, desbloqueei um modo de história que, após pesquisa, vim a descobrir que se trata de uma espécie de New Game Plus onde jogamos com um personagem novo. Eu até podia ter jogado, mas depois da frustração que senti com o boss final da história principal do jogo, e ao querer jogar o Super Mario Bros. Wonder, acabei ficando-me apenas pela história principal.
Mafia 3 Definitive Edition (Steam)
7.5/10
Naturalmente, depois de ter jogado o
Mafia original, e depois
Mafia 2, joguei Mafia 3.
Há quem olhe para os primeiros dois jogos da série como clones de GTA. Mas eles têm particularidades bem distintas que, para mim, se tornam experiências diferentes de um GTA. Mas Mafia 3 é mais próximo à experiência GTA. Em Mafia 3, não temos um modo de história e um modo free-roam. É tal igual aos jogos GTA: podes fazer missões por te deslocares aos respetivos locais e fazeres as missões, ou podes simplesmente andar pela cidade, apanhando os colecionáveis, fazendo atividades como corridas e outras atividades.
Relativamente à história, jogamos no papel de Lincoln Clay, um veterano da guerra do Vietname que depois de ver a sua família adotiva morrer graças a um poderoso mafioso de nome Sal Marcano, resolve se vingar por destruir Sal e a organização. Para tal, ele tem a ajuda de um agente da CIA com quem ele serviu na guerra do Vietname, bem como 3 tenentes, cada um líder de um grupo criminal diferente: Cassandra (líder do grupo criminal Haitiano), Thomas Burke (líder do grupo criminal Irlandês) e Vito Scaletta (líder do grupo criminal Italiano, e protagonista de Mafia 2). Com todos estes recursos à sua disponibilidade, Lincoln vai destruindo a organização criminal de Sal Marcano, transferindo o território para cada um dos três tenentes, até depois abater o alvo principal: o próprio Sal. Não é uma história muito original, mas está bem contada. E é uma história que pode ter desfechos diferentes, conforme algumas decisões que fazemos ao longo do jogo, e também no final do jogo.
Visualmente, o jogo está com bom aspecto. O que gostei mais foi de vez as animações faciais nas cutscenes. Mas acho que as cutscenes são em vídeo e não em in-game. Porque no jogo temos possibilidade de mudar de fato, mas nas cutscenes, o Lincoln tinha sempre o fato principal do jogo. Ainda assim, é um jogo visualmente bom.
A jogabilidade é aceitável. Não tenho nada de relevante a criticar, mas também não há nada de muito especial. É o típico jogo third-person num jogo open-world. Temos 2 slots de armas que podemos usar, em que num dos slots usamos pistolas, e no outro podem ser shotguns ou SMG's ou assault rifles ou até mesmo lança granadas e bazucas. Também temos acesso a vários tipos de equipamento, como granadas, cocktails molotov, explosivos C4, etc.. Por acaso vim a desbloquear uma opção de equipamento ao fazer um dos DLC's (que não cheguei a completar. Iniciei o DLC por lapso) que é a opção de lançar facas. Passou a ser um item que me deu jeito em algumas missões, especialmente quando as queria completar de forma furtiva. Também podemos usar um colete à prova de balas (que imo é bem fraco), e existem upgrades à barra de vida, bem como upgrades para quantidade de munição que podemos carregar, pontaria, estabilidade, etc... Relativamente a condução, ao contrário dos primeiros dois jogos da série, parece que no Mafia 3 a polícia pouco se importa se andas a conduzir acima do limite de velocidade, ou se passar no vermelho. Desde que não causes acidentes, por eles na boa. Mas quando a polícia vai atrás de ti por alguma coisa que fizeste, acho que nunca tens a opção de pagar por uma multa. Eles vão mesmo para te matar. Ao menos tens a opção de usar habilidades que ganhar devido aos tenentes. Podes fazer com que a polícia ignore qualquer crime que cometas por 2 minutos. Se algum civil te vê a cometer um crime e decide ir para o telefone público mais próximo apresentar queixa às autoridades, podes usar uma habilidade que faz com que a linha telefónica fique cortada por 2 minutos, impedindo o civil de reportar o crime. Ou se achas que estás numa situação difícil, onde tens que enfrentar muitos inimigos (talvez numa missão) podes pedir para que venha um pequeno grupo de soldados ter contigo para te ajudar. Mas as 3 habilidades que mais usei foram das mais básicas, que envolvem alguém ir ter contigo aonde quer que estejas (desde que fora de uma missão) e te forneça algo. Podes pedir que alguém vá ter contigo e te deixe um carro à escolha numa lista de carros (que à medida que vais jogando o jogo vais desbloqueando outros carros). Podes pedir que alguém vá ter contigo para poderes comprar equipamento e armas. E podes pedir que alguém vá ter contigo para levar consigo dinheiro que tenhas contigo. Isto porque à medida que vais jogando o jogo, vais colecionando dinheiro, mas esse dinheiro fica na posse do Lincoln. Cada vez que morres no jogo, perdes 50% do dinheiro que o Lincoln tinha consigo. Mas nas residências que o Lincoln tem, existe um cofre onde podes guardar o dinheiro e aí esse dinheiro fica 100% seguro. Contudo, torna-se massante teres que sempre de deslocar para uma residência e colocar o dinheiro no cofre. Com essa tal habilidade, torna-se mais fácil simplesmente pedires que alguém vá ter contigo, e que pegue no dinheiro que tens em posse para o guardar no cofre. É mais seguro.
O jogo tem uma boa história, bons visuais, jogabilidade aceitável. E até a banda sonora é muito boa. Mas tem um grande problema. A estrutura do jogo.
No jogo existem vários distritos controlados pela organização mafiosa de Sal Marcano. E o objetivo do jogo passa por retirar o controlo desses distritos da organização de Sal e passar para cada um dos tenentes que apoiam o Lincoln. Para tal, é preciso eliminar o responsável de cada distrito. Ora, cada distrito tem 2 atividades criminosas, que podem ir desde Blackmail, Construction, Slave trade, Union Extortion, Contraband, etc... Então, selecionas uma das atividades de um determinado distrito que queres atacar, e fazes as missões que estão associadas com essa atividade. E o processo é quase sempre o mesmo: encontrar com um NPC que te dá informações sobre a atividade, depois tens missões com o objetivo de preturbar os planos da atividade, depois voltas a falar com o NPC novamente e ele te diz que onde o responsável pela atividade se encontra. Geralmente num local cheio de soldados. Depois de eliminares o responsável pela atividade em questão, atribuis a atividade a um dos teus 3 tenentes. E depois é repetir novamente todo o processo. As missões sobre uma atividade são quase sempre as mesmas. Ora tens que interrogar dois NPC's que trabalham na atividade em questão, perguntando sobre informações (talvez onde guardam o dinheiro da atividade, etc..), e depois desbloqueias uma missão onde roubas uma boa quantidade de dinheiro da atividade ou algo semelhante. Depois tens missões onde simplesmente tens que destruir equipamento, como material de contrabando, carros, mercadoria, etc.. Também tens missões de abater certos NPC's que são cruciais para o sucesso da atividade. Tens missões onde tens que perseguir viaturas ligadas à atividade. E é geralmente este tipo de missões que temos que fazer para cada atividade nos diversos distritos. E são ao todo 9 distritos. Portanto, acaba por se tornar num jogo repetitivo com o tipo de missões que temos de desenvolver. As únicas missões que geralmente são diferentes do comum é quando tens que eliminar os Tenentes ou Capos da família Marcano. E talvez uma ou outra missão. Mas quando passas 70% do jogo sempre a fazer o mesmo estilo de missões, torna-se bem repetitivo. E na minha opinião, esse é o grande problema do jogo. Torna o jogo demasiado longo, desnecessáriamente. Eu comecei a jogar Mafia 3 em dezembro de 2022, e cerca de 1 mês depois, acabei abandonando o jogo quando reparei que ainda tinha muito por jogar. Só há coisa de 2 semanas atrás é que voltei a jogar e terminei.
Apesar do jogo ter bons aspectos, eu acho que deviam ter feito um jogo mais linear como os primeiros dois jogos, onde a história está dividida por capítulos, e segue uma ordem específica. Eu diria que o modelo de ter um modo de história e depois a opção de free-roam para quem não quer jogar a história é o melhor modelo para a série. Para mim, faz com que haja menos similaridades entre a série Mafia e a série GTA. Bem, agora só falta jogar o remake do Mafia 1. Já vi vídeos no Youtube de certas cenas e do final. Para mim não são spoilers porque a história do remake é praticamente a mesma do Mafia 1. Mas acho que vou gostar imenso, talvez para mim será o melhor jogo da série.
Super Mario Bros. Wonder (Nintendo Switch)
9/10
Epá... este jogo é uma maravilha.
Os jogos da série New Super Mario Bros. até não eram maus. O meu favorito foi o New Super Mario Bros. Wii. Ao jogar esse jogo, recordava-me dos sábados de tarde onde jogava o Super Mario Bros. da NES quando era mais novo. Mas este Super Mario Bros. Wonder é uma evolução da fórmula New Super Mario Bros. que é muito bem vinda. Aliás, até é uma evolução que necessitava ocorrer.
A fórmula do jogo não sofre mudanças drásticas. Continua a ser um jogo Mario em 2D, com power-ups, com um poste e bandeira no final do nível. Continua a haver vários Mundos e um Mapa Mundo para cada Mundo. Continua a haver passagens secretas em alguns níveis, permitindo desbloquear novas cenas como novos níveis. Mas o jogo tem uma enorme quantidade de ideias aplicadas que o faz ser um jogo super divertido e original, um dos melhores jogos 2D da série Super Mario. Talvez no top 3.
O jogo tem crachás onde cada crachá dá uma habilidade ao Mario (ou outro personagem à escolha). Pode ser uma habilidade de agachar para dar um super salto. Ou usar a boina para sobrevoar após um salto. Ou conseguir nadar mais rápido debaixo de água. Ou ficar invisível (quer aos inimigos, quer ao jogador). Só é possível usar 1 crachá num nível, tendo a opção de podermos trocar de crachá sempre antes de um nível ou se morrermos num nível, podemos trocar antes de voltarmos ao último checkpoint do nível. São várias as habilidades, e existem níveis próprios que fazem o jogador testar esses crachás, seja num nível de primeiro teste ou de um teste mais avançado.
Tabém temos os power-ups, que até não são muitos. Temos os populares Mushroom, Power-Plant e Star. Mas temos 3 novos power-ups.
Maçã-Elefante. Temos a habilidade de usar a tromba para atacar inimigos que estejam à frente e destruir blocos que sejam destrutíveis. Também a tromba pode reservar água que depois podemos jogar essa água em plantas que nos podem dar moedas, ou em blocos que ficam em chamas para apagar as chamas.
Cogumelo Broca. Podemos ficar debaixo do chão ou no teto. É útil para entrar em passagens secretas em certos níveis. E inimigos que caiam em cima do Mário morrem caso o Mário pule debaixo deles.
Flor de Bolha. Este power-up é simples, mas diria que é o que mais liberdade pode dar ao jogador. O Mário lança bolhas, que ao tocar em inimigos, estes ficam presos dentro das bolhas e depois são derrotados quando a bolha rebenta. Também pode-se apanhar moedas com a bolhas. Mas o melhor da habilidade é que a bolha pode servir de plataforma para o Mário pular na bolha. Claro que depois de pular numa bolha, a mesma rebenta. Mas é certamente uma habilidade que pode dar bastante liberdade ao jogador. Já vi vídeos de pessoal a praticamente saltar um nível por completo apenas usando as bolhas, quase como que fazendo skip ao nível.
Mas o grande atrativo do jogo são as Flores Fenomenais. Cada nível tem uma Flor Fenomenal que ao a apanharmos, o nível muda por completo. Não vou dar exemplos, mas as cenas que vi acontecer nos diversos níveis são bem criativas e fora do normal. O objetivo passa por encontrar uma Semente Fenomenal após apanharmos uma Flor Fenomenal. As Sementes Fenomenais são itens que temos que colecionar para podermos progredir no jogo. Cada Mundo tem o seu tipo de Sementes Fenomenais. E geralmente cada nível tem 2 Sementes Fenomenais: uma que apanhamos após iniciarmos o efeito de Flor Fenomenal, e outra depois de terminarmos o nível. Mas as Flores Fenomenais são dos pontos mais fortes do jogo, porque as ideias que implementaram nesses níveis com o efeito de Flor Fenomenal são ideias bem criativas e divertidas.
Também não posso deixar de falar da música. A banda sonora é espetacular. E eu diria que um dos temas deste jogo é precisamente a música. Há níveis que têm segmentos musicais. Outros níveis que usam o ritmo da música como mecânica principal do nível. Até o próprio boss final está muito ligado à música. Eu quero acreditar que o Jack Black teve alguma influência nisso. eheheh
Visualmente o jogo está espetacular. As animações dos personagens e dos inimigos estão bem detalhadas. Ver um Goomba a olhar para cima, com medo, à medida que o Mário está prestes a cair em cima dele. Ou um Koopa que quando está próximo do Mário, fica com um olhar ameaçador. A equipa de produção dedicou-se mesmo nesse departamento.
O jogo tem ao todo 6 Mundos, um Arquipélago (é como se fosse um Mundo, mas central, de onde os outros mundos se conectam) e um Mundo Secreto. Os próprios Mapa Mundos têm secções secretas e têm diversas interações. Também existem secções dentro do Mapa Mundo onde temos vários níveis disponíveis, e podemos escolher o nível que quisermos fazer. E existem diversos tipos de níveis, além dos níveis convencionais. Cada nível mostra a dificuldade do mesmo, desde 1 estrela até a máxima dificuldade, de 5 estrelas. E todos eles são bem divertidos. Também temos lojas onde podemos comprar vidas, um crachá ou
Standees (isto é um item que se usa no modo online. Durante um nível, se estivermos a jogar online e morrermos, o nosso personagem fica em modo fantasma por 5 segundos. Se durante esse tempo tocares num outro jogador que esteja a jogar o mesmo nível, ou se tocares num Standee deixado por outro jogador, podes reviver e continuar a jogar o nível).
Para completar o jogo a 100%, é preciso ter todas as Sementes Fenomenais, ter todas as Moedas de Flor 10 (são 3 por nível), terminar todos os níveis no topo do poste final, ter todos os crachás e ter todos os Standees. Para tal, é preciso descobrir o Mundo Especial. É um mundo onde tem dos níveis mais difíceis do jogo. São um verdadeiro desafio, mas um que vale a pena. Especialmente o último nível de todos. E só aí é que conseguimos ter o último crachá de todos.
No geral, Super Mario Bros. Wonder é um jogo fenomenal. Havia tantos pormenores que podia referir aqui. Mas o melhor é mesmo jogar o jogo. Acredito que seja um jogo super divertido também de se jogar com amigos, quer em co-op local ou via internet. Mas também é super divertido jogando a solo. A única coisa que gostaria que tivessem feito era após o último nível, terem feito um nível do tipo passatempo, onde não há nenhum desafio, mas o objetivo do nível seria apenas algo divertido para congratular o jogador por todo o esforço que fez em completar o jogo a 100%. À semelhança do que acontece nas secções finais dos últimos níveis do Super Mario Bros. 3D Land e Super Mario Bros. 3D World. Mas isso é só uma minúscula crítica a um jogo que está espetacular. Ah, e não posso deixar de referir que o jogo está 100% localizado em português de Portugal. E fiquei bem satisfeito com a localização.
Já agora, não me importava de ver um DLC a este jogo. Se o New Super Mario Bros. U na WiiU teve direito a um DLC, acho que este merecia também um. Acho que seria engraçado fazerem uma espécie de expansão ao jogo, com cerca de 60 níveis extra. Podiam fazer como antagonista nesta expanção o Wario e o Waluigi, roubando uma Flor Fenomenal, tal como o Bowser fez. Fico a imaginar que níveis malucos poderiam fazer com o Wario e o Waluigi a serem os antagonistas... A ver vamos.