Meta. Já no próximo ano lectivo serão disponibilizados 500 mil computadores
Projecto terá mais investidores além da JP Sá Couto e Prológica
É pequeno, mas resistente aos líquidos e aos choques. Feito para crianças do primeiro ciclo do ensino básico. Mas não só. É para todos os que queiram ter um computador portátil de baixo custo. Por isso, o consórcio formado pela JP Sá Couto e a Prológica que vai produzir o novo portátil Magalhães, ontem apresentado no Pavilhão Atlântico em Lisboa, promete colocá-lo à venda no mercado português já no final deste ano. A garantia foi dada ao DN por João Paulo Sá Couto, um dos dois irmãos donos da empresa que fabricará o PC, em Matosinhos, e que conta com a tecnologia da Intel, bem como da ESC, parceiras tecnológicos do projecto.
João Paulo Sá Couto diz ainda que a empresa se prepara já para "exportar o Magalhães para outros mercados da Europa, para alguns dos PALOP e países da América Latina" com os quais já está a desenvolver contactos.
Já garantida está a encomenda de 500 mil unidades para o Governo português, que pretende disponibilizar já no próximo ano lectivo computador para todos os alunos do primeiro ciclo do ensino básico. Mas as encomendas podem ser bem superiores se países como a Líbia e a Venezuela vierem a concretizar as compras já apalavradas com o executivo português no âmbito de acordos já assinados.
Como a capacidade de produção actual da fábrica de Matosinhos é de 40 mil unidades por mês, o projecto de ampliação da mesma vai arrancar já, disse o gestor da JP Sá Couto. Sem querer avançar, para já com o valor do investimento em questão, porque à JP Sá Couto poderão juntar-se outros investidores, referiu que nesta fase inicial a empresa prevê criar já 80 novos postos de trabalho directos. Depois, conforme as encomendas, poderá chegar aos 250 novos empregos. Até porque está prevista a construção de uma nova unidade, também em Matosinhos. Além destes há os postos de trabalho indirectos, a criar nas empresas nacionais que irão produzir componentes para o novo PC, que agora será produzido com 30% de incorporação nacional, mas o objectivo é 100%, com excepção dos processadores Intel, como explicou o primeiro-ministro na cerimónia que deu a conhecer a "Iniciativa Magalhães".