Quem está ameaçado de instinção é o SO Windows.
Note-se que há uma década a MS tinha 97% do mercado dos PC que por sua vêz correspondia a mais de 90% da computação pessoal. A sua presença na computação pessoal dava-lhe práticamente o monopólio.
Hoje tem pouco mais de 20% no mercado da computação pessoal uma vêz que o conceito de computação pessoal mudou radicalmente, deixou de ser apenas PC. Pior, mais de 50% da computação pessoal hoje está assente num tipo de SO's, Unix. Se fores ver no backend, servidores e coisas mais, mais de 50% é Unix também.
A questão é saber se os dispositivos que não são definidos como PC vão conseguir colmatar as necessides de produção para um vasto número de utilizadores, roubando assim mais gente ao PC. Daí a importância da linha Surface ser muito importante para o PC. Uma linha fascinante mas que também tem o seus problemas funcionais sistémicos. Por exemplo, um Surface 3 (600 Euros, Atom) alude ao facto de ser Windows e ao potencial da máquina poder executar todo o tipo de aplicações, no entanto, na prática não tem capacidade de processamento capaz para ir além de coisas como o Office, edição de vídeo e imagem básica ... Ora neste espectro, muito devido à arquitectura ARM e iOS, coisas como o
iPad Pro oferecem vantagens claras mesmo ao nível de cacidade de processamento, são mais capazes. Problema para a Apple? O preço. É que um iPad Pro custa tanto como qualquer PC com um processador Core i5 e neste espectro aquilo que seria uma vantagem deixa de o ser. É um problema que a Apple tem que resolver, dizer que é um dispositivo de nicho é daqueles ditos que serve para justificar tudo e não muda nada, e que está longe do mantra do SJ (come and change the world).
Complicado. Por trás destas coisas dos telemóveis, tablets, smartwatches e coisas mais, há uma mudança técnológica para fora do Windows que a Apple não tem conseguido capitalizar para lá do iPhone. Por isso é que o Nadella não equaciona a Platforma Azure como uma peça dentro da Plataforma Windows mas sim o contrário. Por isso é que tudo que seja serviços na Cloud, inclusivamente o serrviço Office 365, a Plataforma Windows é apenas uma peça da Plataforma que é o Azure. Por isso é que vem agora história do Bash (Linux subsystem) no Windows. Mais de 30% dios developers não usam Windows para desenvolvimento, um número que tem vindo a aumentar ano após anos, tanto devido a forças no front end como no back end.
Os grandes CEO's têm destas coisas. Têm uma visão de como tirar o máximo partido do futuro e arriscam muito mas muito nessa visão. Coisas que não vêjo o Tim Cook a ter porque ele é forte é com números. Qual é a visão da Tim Cook, ninguém sabe, para já parece ser mais iPhones e uma grelha de pricing totalmente marada, para não falar desta coisa dos 16GB de base em produtos premium que penso que não um, um cliente Apple que veja isso com bons olhos, inédito (há e mais uns Watch bands). Uma empresa que sempre esteve na linha da frente nas portas de entrada (Firewire, USB-C, DVD e seu abandono etc) não está na linha da frente no armazenamento, é muito muito esquisito, dedo do Tim Cook. Não sei se a ideia de mudar o mundo do SJ tinha presente o quão importante iriam ser estas cintas elásticas para relógios. Isto contrasta por exemplo com a Amazon e lançamento do Alexa, novamente não Windows mas também não é iOS/OSX.
Qual visão técnológica de futuro para a Apple do Tim Cook? Ninguém sabe e penso que nesta matéria ainda tem que provar. Para já, temos ums esquema de pricing bem mais complicado, clientes que eles próprio já dizem que é um disparate os 16GB, mais camadas de produtos que fazem coisas semelhantes e que diferem em tamanho, e uma caneta a imitar a concorrência. Isto é o Tim Cook, tudo o resto que saíu recentemente Apple Pay, Touch Id creio que já vinha nos planos do SJ.
Vamos ver, mas o Tim ainda não me convenceu. Long live the iPhone ...