Ainda em relação a isto, esta parece-me ser a solução perfeita para jogar Wii (gamecube) e PS2, até porque dizes ser melhor do que o tal adaptador HDMI.
Sim, mas sinto que tenho de me explicar melhor; não quero que compres algo às cegas.
Os monitores não têm chips de scaling decentes, basta meteres o teu monitor fora da resolução nativa e notas logo que há algo de muito errado ali (e quanto menor a resolução da fonte pior), o scaling é bilinear simples a dar para o suave, porque mais vale super blurry do que pixelizado, na prática é do piorio.
Vou ilustrar isto:
Peço desculpa, a apresentação não está grande espeto, mas foi às 3 pancadas.
Full frame é mais evidente
[original - 1:1],
[bilinear],
[bicubic]. (nota como o bicubic introduz ringing, ao bom estilo das definições agressivas de sharpen na maior parte das TV's)
Atalhando, se o dot pitch desse ecrã for bom (mais de 72 dpis) menos notarás, mas ecrãs 1024x768 costumavam andar nas 17". Opa... dá para ter uma ideia; se não der, aumentem-na é representativo (ctrl e + no chrome; ctrl e scroll do rato para cima no firefox).
480i deinterlaced ou 480p scaled para 1024x768 não é terrivel (safa-se, como não é para o dobro ou mais) mas para coisas como 1920x1080 da praxe ou superior está tudo perdido, tal como 256x224 para 1024x768 estão perdidos; é demasiado scaling para um algoritmo tão mau.
O GBS-8220 torna-se um passo intermédio. Na prática a coisa faz output para o monitor a 1024x768 ou 1366x768, por isso há um rescaling feito pela maior parte dos monitores actuais na mesma; mas o scaling que ele faz ajuda bastante. É basicamente a diferença de ligar uma mega drive directamente ao monitor, versus jogar os ditos cujos via o Mega Drive collection na 360 (output @ 720p) num monitor ainda assim com mais resolução. Faz sentido?
É por essa falta de scaler chips e post processing que os monitores actuais mal lag têm... são feitos para levar um feed directo à resolução nativa (e progressiva) e está feito e as TV's andam nos 33 ms numa base normal; chegar aos 33 ms é simples, a maior parte dos deinterlacers adaptivos batem nesse número automáticamente, como estão a fazer buffer de duas frames (cada frame são 16.7 ms e o deinterlacer está continuamente a pegar duas frames e a tirar um resultado dele). Mesmo a elogiada solução de scaling de PS2 na PS3 há uns anos, nos tempos da retrocompatibilidade, introduz 33 ms. Scalers de GPU e algumas TV's conseguem ser mais rápidos, mas fica-se por aí.
Trocando por miudos, não é perfeito, nem topo de gama, mas cumpre e mete o monitor a debitar imagem comparável à da maior parte das TV's não-horriveis.
O direct passthrough não deverá introduzir lag algum, ou 2 ms tops, (este modo passa componentes com sinal progressivo para vga) e o modo com scaler/deinterlacer/linedoubler mete os 33 ms. Como o monitor não terá lag dele, isto mete-o com o lag igual ao de uma TV considerada boa para gaming. Não é nada mau.
Mesmo o XRGB mini (a melhor solução destas, custa 300 euros) introduz 24,5 ms; não para dizer que o scaling de uma board de 20 e poucos euros para uma de 300 euros é igual, nem por sombras, mas não vamos complicar as coisas.
A segunda, é a geometria; uma PS2 tem sempre underscan a questão é quanto; um exemplo:
Os aros dessa TV são cinza por isso é fácil precisar o tamanho das barras pretas.
A maior parte dos jogos PS2 corre a 568x448 mas faz output a 640x480; isto resulta nas partes não preenchidas com pixeis serem enviadas a preto. Essas barras não são uma ocorrencia porreira, no shadow of the colossus e em muitos jogos sentes-te a ver o playthrough no youtube. A não ser que tenhas algo que permita regular a geometria, e assim meter as barras pretas em offset e obter uma imagem em fullscreen. fun.
Com controlos de geometria isto é possivel:
A chatice é como é tecnica mista, varia de
jogo para
jogo, e de consola para consola (wii tende a usar 5% de overscan porque é da era em que já existiam bastantes LCD TV's; a xbox 1 recomendava 7.5% nos tech docs e a PS2 tipicamente usa 10%); por isso regular a geometria não faz sentido se andas a mudar de jogos/consola aleatóriamente e usufruir 5 minutos de cada vez, mas se vais passar um jogo do principio ao fim serias maluco em não a regular. Não tem presets como algum equipamento profissional por isso resta afinar caso a caso, é vida (e manter um papel com as regulações já ajustadas, o porreiro é que a regulação dos 10% e dos 5% consoante a consola dá para 90% dos jogos); também são só 4 parametros (não tocar nos outros 2 e a 7ª opção é o default).
Também permite manter o 4:3 centrado com o ratio respeitado; e mesmo a estar em coisas estranhas como 16:10 ou 5:4 os controlos de geometria conseguem safar; bastante conveniente.
Podes dar uma olhada aos menus
aqui.
Agora, como posso ligar consolas mais antigas (composite/scart)?
Ao GBS-8220? para ligar scart/composite via scart precisas de um sync stripper ou vai ser um bocado errático (umas coisas dão e outras não. A Sega Saturn em particular é uma cabra), o mais popular é o sync strike (
isto); ou se tiveres pachorra...
isto.
Pessoalmente como sou forreta e preguiçoso, era capaz de ir para essa segunda, mas com cabo do ebay (RGB para VGA) e depois dava a volta por fora, e
esta solução; e para não andar a ter trabalho a ressoldar o scart como fémea para os cabos das consolas encaixarem corria-o a
coupler. De facto a probabilidade de meter o sync stripper no coupler é alta. Estou a dizer isto porque me lembro de esventrares a CBF125 e de eu pensar este gajo é maluco. Deves ser muito melhor que eu com soldas (a minha técnica é à moda da caca de pássaro)
A minha preguiça leva-me a isto:
É um breakout RGBS, até para o audio out não me apetecia.
Ah, além disso vais precisar de um transformador de 5V com pelo menos 2A (para alimentar a board), se não vier um incluído, mas isso é barato.