Vou passar a vida a programar e ficar todo frito?

Vim para programação (fiz a decisão na hora da matricula) não 'tou arrependido, mas por vezes penso se será isto que eu quero fazer da minha vida, quando as coisas se tornam desinteressantes, como foi este ano nalguns momentos, mas acredito que seja mais interessente este ano.

Não estou a pensar em estar o resto da vida atrás de um computador, pois não é isso que quero com os computadores (gosto de estar actualizado sobre componentes, novas linguagens de programação (apesar de não programar em algumas), linux (que é o mundo que mais evolução tem), claro que gostava de poder viver descansado da vida (ter casa, carro, etc.), tenho como prioridade fazer qualquer coisa relacionada Mac/Linux, ou então web design/fotografia. Senão conseguir seguir nada disto alguma há-de surgir.

Apesar de fotografia ser um pouco mais dificil (licenciatura), mas estou capaz de fazer um curso daqueles que se fazem no IPF. Sempre serviria para curriculum. E se vir que dá lucro é para esta fotografo que vou.

Mas digo-vos já que existe muito pessoal que vem para programação, pensa que vem para aqui para nas aulas estar a ver hi5 e msn, e things like that, está muito enganado e vai acabar por perder anos de escola que podiam aproveitar numa área que gostam, digo isto pois é o que acontece na minha turma, olhava para os outros computadores, via o pessoal todo no hi5 e msn, outros ouviam música/jogavam, só a mim é que os profs vêm eu a ver fórums, ver linguagens de programação, etc., depois mais três é que gostam de programação, mas não fazem pesquisa.

Sou capaz de ter entrado um pouco em off topic.
 
Última edição:
A minha duvida foi sempre,ate que ponto alguem licenciado em algo relacacionado completamente com programação(MCC no meu caso) pode ir.Porque se sabe que ha um limite paa programar..chega-se a uma altura em que se esta farto daquilo.Ate que ponto se pode subir na careira.
 
Estou a acabar um curso de informática numa privada, já estive no Técnico em Lisboa, estava aqui a ler os posts e gostava só de partilhar que, não sendo informática apenas e somente programação mas sendo essa a área de que falamos, o programador tal como o conhecemos é para acabar.

A base da afirmação vem da evolução que as linguagens de programação têm sofrido ao longo dos anos e mais importante, da facilidade na partilha de informação e na comunicação.

Muito se consegue hoje em dia com algumas finas bases sobre os conceitos da boa programação no geral (estrutura do código, documentação, etc) - o resto existe em bibliotecas de código espalhadas pela internet. É facto consumado que qualquer indivíduo com algumas bases, capacidade de investigação, comunicação e conhecimento de línguas tem na worldwide web a base para muitos exemplos, esclarecimento de dúvidas, etc.



O que significa que por esta altura do campeonato, só frita a carola quem quer.



Já lá vai o tempo em que programadores pelo mundo fora partiam a carola a tentar cada um fazer a roda à sua maneira - agora a roda já existe e quanto muito cada um pode querer aperfeiçoá-la à sua maneira - e contribuir publicamente com a sua versão, e assim por diante.

Obviamente que se consideram excepções à regra, e haverá a necessidade de em casos pontuais ter especialistas disponíveis, mas vão ser muito poucos e requisitados à escala mundial.

O "programador" será substituído pela máquina na parte de geração de código (como em muitos casos já é, desde geradores de código simples, alguns até a correr online) ou recorrerá a bibliotecas de código com casos testados e confirmados para ajustar às suas necessidades particulares, esses ajustes por sua vez serão cada vez mais soltos e o tempo dispendido será para aquilo que realmente interessa: concepção teórica do sistema/aplicação etc.

O verdadeiro protagonista será o analista ou o designer, encarregue de conceber o sistema/aplicação do ponto de vista conceptual, assegurando-se que há uma boa estrutura, poucos "buracos" no desempenho, sólidas especificações ao funcionamento - esse será o desafio.

Esperando não ver um post a seguir a dizer "ah mas eu programo em xpto e é lixado e vai lá encontrar bibliotecas de código/fóruns/etc, tenho de ser eu a pensar tudo", de qualquer forma temos que:

Ou vale a pena apostar numa melhor capacidade de pesquisa;

Ou vale a pena largar a linguagem de programação que usam, porque é do século passado/extremamente limitada e ninguém a usa e em vez de tentarem resolver o problema pela única linguagem que sabem, resolvem o problema independentemente da mesma, escolhem uma linguagem decente (porque há muitas por onde escolher) que seja adequada aos requisitos e seguem para a implementação.


No limite, e se calhar não já mas evidentemente para lá a caminhar:

"Bom dia Hal.
Olha, estive a pensar, quero que o fundo da app tenha a cor que usámos na semana passada.
Isso.
Uhmm... agora quero um botão que active esta função, aponta:
Quando clicado, retorna gráfico com a evolução da população numa nova janela.
Nome do botão é Evolution.
E quero que a listagem de parâmetros seja feita de acordo com estes critérios: peso, altura........"
 
@ Wickwire

Não concordo muito mas tambem não discordo a 100%, só quero saber o que consideras uma linguagem "do século passado/extremamente limitada e ninguém a usa"?
 
Boas!

Esta é uma questão que algumas pessoas fazem quando já andam há uns anos na Programação, seja em estudo seja já numa fase laboral. Porque raio ninguém se lembra de perguntar isto antes de apanhar o vicio? :P

Recentemente conclui o primeiro ciclo (licenciatura de Bolonha) do meu curso, e vou começar o segundo ciclo em Erasmus, em Dresden (Alemanha), optei por tirar o Mestrado em Engenharia Informática, no entanto tinha oportunidade de optar por algo que me sinto mais atraído (é agora que me vão chamar de frito), Mestrado em Lógica Computacional.

Os meus objectivos para o futuro seria passar pela Investigação na área da Inteligência Artificial, e depois terminar o resto dos meus dias a ser escravo em alguma empresa a programar feito um totó e ser actor porno em horário pós-laboral :x Também coloquei em aberto a opção de passar pelo ensino, mas acho que os meus alunos não iriam achar muita piada a um Professor que gagueja com alguma facilidade, basta estar ligeiramente nervoso :x

Visto que pretendo passar pela Inteligência Artificial, tenho a certeza que mais dia menos dia vou ficar uma beca frito, agora gostava de vos colocar uma questão, alguma vez pensaram se é mesmo isso que querem? Passar o resto da vida atrás de um pc?

É capaz de ser uma pergunta banal, mas julgo que algumas respostas poderão ser bastante interessantes ;)

HecKel

Que área da Inteligência Artificial pretendes investigar?
 
Vim para programação (fiz a decisão na hora da matricula) não 'tou arrependido, mas por vezes penso se será isto que eu quero fazer da minha vida, quando as coisas se tornam desinteressantes, como foi este ano nalguns momentos, mas acredito que seja mais interessente este ano.

Não estou a pensar em estar o resto da vida atrás de um computador, pois não é isso que quero com os computadores (gosto de estar actualizado sobre componentes, novas linguagens de programação (apesar de não programar em algumas), linux (que é o mundo que mais evolução tem), claro que gostava de poder viver descansado da vida (ter casa, carro, etc.), tenho como prioridade fazer qualquer coisa relacionada Mac/Linux, ou então web design/fotografia. Senão conseguir seguir nada disto alguma há-de surgir.

Apesar de fotografia ser um pouco mais dificil (licenciatura), mas estou capaz de fazer um curso daqueles que se fazem no IPF. Sempre serviria para curriculum. E se vir que dá lucro é para esta fotografo que vou.

Mas digo-vos já que existe muito pessoal que vem para programação, pensa que vem para aqui para nas aulas estar a ver hi5 e msn, e things like that, está muito enganado e vai acabar por perder anos de escola que podiam aproveitar numa área que gostam, digo isto pois é o que acontece na minha turma, olhava para os outros computadores, via o pessoal todo no hi5 e msn, outros ouviam música/jogavam, só a mim é que os profs vêm eu a ver fórums, ver linguagens de programação, etc., depois mais três é que gostam de programação, mas não fazem pesquisa.

Sou capaz de ter entrado um pouco em off topic.

totalmente de acordo...o caso por aqui é parecido contigo:)
 
@ Wickwire

Não concordo muito mas tambem não discordo a 100%, só quero saber o que consideras uma linguagem "do século passado/extremamente limitada e ninguém a usa"?

Serve COBOL?

Ok ok just kidding, sem gerar polémicas - porque ainda há quem programe em COBOL e logo que sirva o propósito para a resolução do problema, é o que interessa - a expressão não teve o intuito de apontar o dedo a linguagens específicas já ultrapassadas (como λProlog ou Gödel ou outra coisa qualquer), a ideia é realçar o facto de que caso se chegue a um ponto em que a necessidade não é ultrapassada com a linguagem em questão, haja o bom-senso de mudar para algo mais adequado e que resolva mais facilmente o problema.

Deve ser a ferramenta a adaptar-se à situação, embora por vezes se ache o contrário. É como usar um martelo para colocar um parafuso: é possível que até dê, mas o esforço dispendido dificilmente compensa, para um trabalho que no final ficará tudo menos decente.

E é uma das maneiras de fritar a mona em programação.
 
Que área da Inteligência Artificial pretendes investigar?
É algo que nem eu bem sei responder. Adorei as cadeiras que tive na faculdade e que abordavam alguma coisa de inteligência artificial. Quando ponderei o mestrado nessa área foi mesmo com o intuito de tentar perceber o que é que eu afinal gosto mesmo dentro dessa área, no entanto acobardei-me e optei pelo mestrado genérico :(

HecKel
 
Fritanço porquê? Quanto mais estimulas o cerebro mais este se desenvolve. Diz-se que Einstein morreu agarrado aos seus apontamentos sobre a tentativa de provar a teoria única, ele era "frito"? Não creio..
 
Fritanço porquê? Quanto mais estimulas o cerebro mais este se desenvolve. Diz-se que Einstein morreu agarrado aos seus apontamentos sobre a tentativa de provar a teoria única, ele era "frito"? Não creio..

ninguem apanha esgotamentos se estiver a dormir ou a partir pedra

manter uma pessoa activa faz bem, sobre pressão quebra a pessoa
 
ninguem apanha esgotamentos se estiver a dormir ou a partir pedra

manter uma pessoa activa faz bem, sobre pressão quebra a pessoa

Exacto, uma coisa é programar para nos, estamos mais relaxados.. se ficar feito em 2 dias esta, se ficar em 10 tambem não há problema. Fazemos as coisas como achamos melhor e tentamos resolver os problemas usando o que? O cerebro, claro! :] Fazemo-lo com gosto e dedicação apenas pelo objectivo de ganhar mais conhecimentos e experiência, tentamos ter projectos diferentes e desafiantes.

Outra coisa completamente diferente é programar para outra pessoa. Temos que fazer coisas que não gostamos, pegar em coisas mal feitas por outros, as vezes fazer coisas repetitivas (não digo iguais porque aí aproveita-se codigo que já se fez, mas digo identicas o que se torna chato), chegas a um ponto que o que estas a fazer já não se torna desafiante porque já evoluiste no sitio onde estas até ao maximo, e por mais rápido que se seja nunca se é suficientemente rápido. Isto sim, frita a cabeça a um gajo, principalmente quando não se esta a ganhar bem. :joker:
 
A ideia é mais debater este assunto, será que o fritanço é algum efeito secundário garantido?

Não me parece...em informática lá no Tagus, há um tipo completamente frito, e não pesca lá muito de IA, por isso, se fores frito, não será da IA (pode ser do anime, que o tipo é completamente vidrado)

Eu estou em redes, e embora não seja tanto com em Informática, programação é uma parte integral do curso. Eu ainda não apanhei o bicho: gosto de programar, e às vezes passa-me pela cabeça como resolveria um problema se quisesse fazer algo em programa, mas não passa do pensar.

Admiro o pessoal que tem tanta experiência que automáticamente decompõe um bicho-de-sete-cabeças em partes e torna o resto muito mais simples, e é aí que está a enginharia do curso.

Quanto à questão, já me importei menos, agora percebo que a indiferença em estar ao pé de um PC era dos jogos e fóruns, mas grande parte pertence também ao troubleshooting, e knowledge em geral. Não tenho medo, porque de facto é o que quero, e gosto de fazer. Pode ser que tenha menos vida social, mas ao menos acordarei todos os dias as 7.00am para ir mexer num PC, seja programar, seja pesquisar na net por soluções, seja montar PC's, qualquer coisa, ao invés de ir, como exemplo de algo que detesto, ir olhar para milhentas provetas em busca de um micróbio...
 
Eu pessoalmente não acho que se fique queimado, uma vez que programar é uma coisa que gosto, mas também não gosto da escola e por uma coisa. porque não obtemos conhecimentos profundos em qualquer área que seja, nomeadamente em programação nem aprendemos a criar uma base de dados para um programa ou outras acções mais complexas. depois disso convenço-me a mim mesmo que quando chegar a casa vou procurar e aprender por mim mesmo, mas acabo sempre por me distrair. ou seja com os meus irmãos (mais trabalho) ou com um joguinho de vez em quando:P
Não me vejo a programar toda a minha vida uma vez que quero abrir a minha própria loja de informática e ser o meu próprio patrão. mas isso sou eu.
Peço desculpa pela extensão do post.
Abraço
 
rieper atenção que tu ainda não frequentas te a universidade.. não sabes se o que falas é o que realmente vai acontecer ;)

pah Heckel, grande Heckel, uma boa questão..

sinceramente é um dos pontos pelos quais eu me debato frequentemente.. não sou pessoa de ficar um dia fechado dentro de um casulo :p a frente de um monitor... gosto de informatica.. não a amo nem tenho relações com ela :lol:

por isso começo a ponderar mais numa area de enginharia civil (mais tarde abrir a loja com o rieper como há muito sonhava mos lol porque de hardware percebo eu loool

realmente penso que devas mesmo só optar por aquilo que tenhas a certeza.. procura o que realmente queres, se és uma pessoa que aguenta isso...

lá está! podes vir a ganhar muito (monetariamente) com isso... mas o ficar preso por de tras de uma secretaria é capaz de ser exagerado...

o melhor é arranjares um emprego ligado com web development e escolheres um belo jardim, sentares te / deitar la com o teu portátil e programares e cheirares as flores e o cheiro a relva cortada :D

eu pessoalmente gosto disso

e se fosse para programação seria mais virada para isto...

cumps, e desculpem me se não foi nenhum post mais cientifico, mas com certeza uma opinião pessoal válida ;)
 
Romani o objectivo era mesmo dar a tua opiniao, foi o que ele pediu no post:P e apesar de não ter frequentado a universidade tenho uma noção do que é programar e o que mais me "chateia" é a simplicidade das tarefas que nos são dadas, não dá para desenvolver qualquer capacidade, mas mesmo assim se programasse seria por um curto prazo até ter os fundos para a nossa famosa loja;P mas é a tal questão, quanto se gosta não custa nada. isso agora depende de cada um
 
o problema é mesmo esse.. muito dizem.. eu gosto, eu adoro informatica.. logo o mais lógico é vou seguir informatica, vou me tornar programador...

claro que a realidade nem sempre é esta... e começa se a refletir em mim... mas só o futuro o dirá!
 
Eu sinceramente é algo que planeio porque é algo que me fascina. ou vai informática ou vai medicina mas não tenho grande vontade de voltar ao 10º e seguir outro curso:P
O nosso bilhete para o futuro está sempre em branco, por isso podemos fazer dele o que nós quisermos desde que façamos por isso.
Era capaz de ficar esturricado se estivesse completamente rodeado de incompetentes que não fazem nada a não ser piorar as coisas. De resto é tudo smooth.
Abraço
 
Vou agora para o 12º e no 10º não escolhi informática, porque os professores do meu liceu nao ensinam nada, aliás, há uma turma que joga Counter Strike na aula de bases...ingressei em Ciencias e Tecnologias e tou mais bem satisfeito e é sempre mais facil entrar, visto que preciso de Mat A como prova de ingresso pa univ...

agora também estou muito indeciso, nao sei se quero passar a vida atrás de um pc...mas ganha-se bem, pelo menos é que o se fala.
 
Vou agora para o 12º e no 10º não escolhi informática, porque os professores do meu liceu nao ensinam nada, aliás, há uma turma que joga Counter Strike na aula de bases...ingressei em Ciencias e Tecnologias e tou mais bem satisfeito e é sempre mais facil entrar, visto que preciso de Mat A como prova de ingresso pa univ...

agora também estou muito indeciso, nao sei se quero passar a vida atrás de um pc...mas ganha-se bem, pelo menos é que o se fala.

devo ter entrado com o teu login e escrito isso :lol:
exactamente o que penso...

sinceramente já me vejo como engenheiro civil e nao como engenheiro informatico
:x2:
 
Eu segui informática e para tal tive que mudar de escola... na altura anda tinha a informação que para os cursos tecnológicos bastava uma média "razoavelmente boa" e não provas de ingresso. jogavamos counte strike mas era nas aulas de TIC. mexer no office já se sabia nao era preciso aprender mais:P Mas é verdade que a matéria é uma miséria, não se aprende nada por aí fora. Às vezes arrependo-me do curso que segui. enfim.
Mas fora o exame para o qual terei que estudar muito gosto da ideia de enginheiro informático. Senão volta-se para o décimo e torno-me no dr. house portugues. lolol.
Abraço
 
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