Partilha O último jogo

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8/10 Mafia III - Definitive Edition (~60 Horas)
(Stadia PRO)
O pior jogo da série Mafia, é também o jogo em que claramente a Hangar 13 se tentou exceder demais e entregou menos.

Mafia III para mim destacou-se na narrativa, assim como o Mafia I e Mafia II, a narrativa sempre foi um ponto fortissimo na série, convem destacar que no Mafia III a banda sonora do mesmo é fantástica dada a epóca temporal da acção.

A cidade é consideravelmente maior e mais detalhada que a do Mafia II, com maior diversidade entre os distritos, porém assim como o Mafia II existe muito pouco que fazer.

O jogo em si demorou-me 60 horas a completar (acabei à 15 minutos) e as missões secundárias são repetitivas, aliás vou mais longe, todo o jogo é um enorme loop e é o motivo pela qual se demora as 60 horas a completar.

Inicialmente temos uma especie de prologue alargado em que o Lincoln Clay (Personagem Principal) prepara uma vingança a um ataque que recebeu e aos seus conhecidos, esse prologue passa nada mais nada menos que juntarmos 3 underbosses com quem queremos que liderem a cidade e tirar o trono ao nosso nemesis (Sal Marcano), durante todo este processo, não existe muito sentimento de repetição, e até ver tudo ainda aparenta ser fresco.

Porém após esta mesma fase, e assim que estabelecemos ligação com quem queremos que passe a liderar a cidade, temos de conquistar distrito por distrito da cidade, e aí começa a repetição e momento mais enfadonho do jogo, cada distrito possui por norma 2 tipos de racket, imaginando Sexo e Drogas, temos de conversar sempre com um NPC inicialmente que nos diz que existe um racket de sexo, e posteriormente causar danos em cada racket associado ao sexo, para o responsavel pelos rackets de sexo surja e matemos ou livre-mo-nos dele, depois temos de fazer o mesmo para o racket das drogas e só depois é que surge o responsavel do distrito em que temos efetivamente de matar.

Por norma as missões para limpar os donos dos distritos são as missões mais elaboradas e são equivalentes a uma missão principal de um Mafia II por exemplo, alguns bosses de rackets também quase escapam por principal, mas todas as restantes missões do jogo e limpeza de rackets é literalmente sempre a mesma coisa, vezes sem conta.

O jogo até é desafiador na condução no modo simulação e no combate inclusive se jogarem de gamepad a 30FPS como joguei, é dificil conseguir fazer tudo, com IA muitas vezes avançar de shotgun em punho e outros por vezes a tentar flanquear.
Honestamente gostei neste sentido.

Da parte gráfica, já conhecia a versão PC, porém decidi jogar no Stadia e para todos os efeitos, a versão Stadia é obviamente inferior à versão PC e possivelmente até mesmo inferior à versão PS4.
Corre a 30FPS com muitos microstutters, por vezes crashes durante os loadings, por vezes loadings corruptos (sem som ou com objectos que aparecem e desaparecem constantemente) que forçam a reiniciar o jogo, mas esquecendo as plataformas.
As texturas em todas as versões não são excepcionais, longe disso, mas toda a atmosfera do jogo com constante uso de volumetrics e ciclo dia e noite são fantásticos, não pelo realismo, mas pela fotografia, há momentos mesmo fantasticos graficamente quando se anda no open world, é um visual muito diferentes do que encontramos noutros open world que procuram realismos visual, aqui parece que temos um ambiente mais cinematográfico.

O sistema de policia é bastante desafiador, sendo que os mesmo fazem shoot on sight porque somos Pretos e vivemos numa altura de racismo, estes seguem a toda a velocidade de carro contra nós enquanto disparam e conduzem, por muitas vezes conseguem furar os pneus do nosso carro com bastante eficiencia o que imobiliza e torna muito dificil a fuga.
Só encontrei um truque que é seguir as linhas de comboio, que notei que eles não seguem as mesmas. :D

Os DLCs curiosamente foram um excelente balão de ar para o gameplay loop do jogo, alguns adicionando até novas àras e novos conceitos de gameplay, foram muito bons, mas não obrigatórios para a história e trouxeram o que considero boas missões não repetitivas para o jogo, ajudaram-me imenso a quebrar o flow monotomo que estava a passar com o jogo e a cena dos distritos.

Dou 8 porque:
Historia, com o bonus de multiplos finais que fazem sentido
Gameplay armas/carro good enough
OST e cutscenes muito bons.
Gráficos/Atmosfera (Nem sempre perfeito, mas muitas das vezes fantástico)

Negativo:
Gameplay Loop (Podiam ter cortado quase tudo o que foi repetitivo dos distritos e deixar as missões principais, o jogo passaria de 60 horas para 30 horas e seria bem mais emocionante)

Performance (Stadia), infelizmente o performance não é o melhor nesta versão por causa do micro-stutter
Problemas Técnicos (Stadia/Consolas): Pelo que averiguei estes crashes tambem ocorrem nas versões consola, é uma pena existir uma definitive edition em que aparentemente estes problemas ocorrem.

Curiosamente estou farto de open world e jogos repetitivos e somehow este jogo conseguiu fazer-me gastar 60 horas e ir até ao fim.
Não pode ser assim tão mau :D
 
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Last of Us 2 - 6/10

Sem querer entrar em spoilers, o jogo perdeu naquilo em que o primeiro foi mais forte: a envolvencia com as personagens. Bastante desiludido nesse aspecto
 
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Guardians of Galaxy (PC) - 9/10

Este foi daqueles jogos que, quando visualizei os trailers de apresentação e gameplay, não me atraiu por aí além e foi-me passando ao lado. Tendo surgido a oportunidade de o comprar em promoção, decidi então avançar e sem grande expetativa comecei esta aventura. Foi então que começou a minha surpresa por termos aqui um jogo tão agradável, de elevados valor de produção e com bastante qualidade.
Em primeiro lugar, a surpresa positiva começou com o setting, sempre constituído por ambientes de elevada qualidade gráfica e com diversidade. O jogo é linear e está sempre a presentear-nos com pequenos twists que me foi mantendo o interesse em prosseguir. A dinâmica dos personagens, o humor de elevada qualidade e a história mantém-se sempre em bom nível, sendo um jogo que apenas peca pela diversidade de combate e uso dos poderes do personagem e dos companheiros, que, ao longo do jogo vão perdendo variedade. Em ternos de duração, registei 23 horas, com quase todos os colecionáveis apanhados e todos os poderes conquistados.
Em certa altura destaque para um momento de humor, num mini-jogo da história que misturou diálogos e música e me fez rir com tanta vontade, como já não acontecia há muito tempo. Muito positivo.
Nota adicional para a excelência do raytracing num dos jogos que mais me surpreendeu nesse aspeto. Em termos de performance, tudo irrepreensível, nuns sólidos 4k 60fps mínimo, com o DLSS selecionado em "qualidade".
Em suma, um bom jogo, linear, com boa dinâmica entre os personagens e uma história interessante, sempre com diálogos bem estruturados e polvilhados com humor muito bem metido.

Altamente recomendado
 
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Demon Souls (PS5)
9.5/10

Adorei este jogo. Para além de ser um dos "essentials" de lançamento da PS5, é também o jogo cujo original (lançado em 2009) criou um sub-genero novo - os "souls" games. Uma mistura de RPG com acção na terceira pessoa, a ideia de colher souls (almas) a medida que vamos ceifando os inimigos, a ideia de se perdermos voltamos ao checkpoint inicial e temos uma única chance de resgatar as almas colhidas no sítio onde morremos, áreas abertas e fechadas que são no fundo labirintos bem elaborados em cenários fantásticos, muito loot, o desenvolvimento da personagem utilizando as souls que alimentam vários atributos como a força, vitalidade e magia, eis algumas das características que definem este tipo de jogo.

O maior pico de dificuldade que tive com o Demon Souls foi nos primeiros dias, onde não conseguia sair do 1-1. E depois quando percebi alguns detalhes que me foram dados no tópico do jogo e outros em guias do jogo, tornou-se fácil e foi sempre abrir até chegar ao fim da primeira run, com a northern regalia como souvenir, e agora no NG+. A grande dificuldade do Demon Souls é que o jogo diz muito pouco sobre a progressão da nossa personagem - quem vai ao jogo casualmente sem spoilers, vai ter a vida mesmo muito dificultada porque o jogo requer alguma preparação e análise, especialmente para quem faz a primeira run e não quer ficar frustrado.

Este jogo fez-me apreciar ainda mais o Sekiro. Tecnicamente não é considerado um souls, mas teve muita inspiração desses jogos. Tem muito do que apreciei do Demon Souls, mas depois trouxe uma mecanica de combate soberba. Ao contrário do Demon Souls em que os bosses são fáceis se soubermos como equipar-nos para a batalha, no Sekiro temos de entender o ritmo e as nuances de cada boss - os items e skills que adquirimos tornam as coisas relativamente mais fáceis, mas os movimentos requerem perfeição.

De qualquer forma, foi uma experiência viciante que adorei nestas últimas semanas, e estou mais que pronto e hyped para jogar o Elden Ring.
 
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Xenoblade Chronicles: Definitive Edition (Nintendo Switch)
Nota: 9.5/10

Foi em janeiro de 2012 quando comprei a minha Wii. Na altura, queria jogar jogos como New Super Mario Bros. Wii, Legend of Zelda Skyward Sword, Super Mario Galaxy, Wii Sports, entre outros. E depois vim a conhecer algo que foi denominado como "Operation Rainfall": uma campanha de fãs com o objetivo de pedir à Nintendo que localizasse 3 jogos até então lançados apenas no Japão, para o mercado Norte-Americano. Os jogos eram: The Last Story, Pandora's Tower, e Xenoblade Chronicles. Dos 3 jogos, o Xenoblade Chronicles despertou-me a atenção. O jogo tinha um estilo visual apelativo, personagens interessantes, e até a própria cover do jogo incentivava-me a jogar. Chegou a estar na minha lista de jogos a comprar para a Wii, mas à medida que o tempo foi passando, fui perdendo a vontade de comprar o jogo. Fui dando mais prioridade a jogar em outras plataformas, como a Nintendo 3DS, PC e PS4. Até que veio a existir a Nintendo Switch e, por sua vez, foi revelada a versão remastered do Xenoblade Chronicles. Como nunca fui muito de jogar RPG's, e como a Nintendo Switch imo é a "casa" para RPG's, foi desta que resolvi comprar o jogo e jogar.

O jogo é um clássico. Um dos melhores JRPG's que alguma vez joguei. Tem todos os ingredientes de um bom JRPG. A história é muito boa. Começa como algo muito simples, mas depois alcança proporções enormes. E algo que apreciei na história foi o facto de ter vários aspetos misteriosos que aos poucos é que se ia revelando. Até mesmo após o boss final o jogador vem a se deparar com plot twists. O jogo tem um leque de personagens únicos, cada um com a sua personalidade, sua história e seu papel no mundo do jogo. A banda sonora é espetacular, com temas serenos e ao mesmo tempo com temas de abanar o capacete. O voice acting em inglês está espetacular, especialmente do protagonista. Geralmente neste tipo de jogos, costumo a optar por meter vozes em japonês, quando essa opção existe. Mas neste jogo vale bem a pena colocar as vozes em inglês. Os voice actors conseguem passar para o jogador os sentimentos dos personagens. Os cenários são muito belos, quer quando está de dia, ou quando está a entardecer, ou mesmo quando está de noite. E para além da beleza dos cenários, também destaca-se a diversidade dos mesmos. E a gameplay, apesar de ser complexa, o jogo explica muito bem ao jogador como funciona por intermédio de bons tutoriais.

Um dos motivos de não ser fã de RPG's é que joguei alguns RPG's em que me sentia obrigado a farmar XP para poder progredir no jogo. Neste jogo nunca senti essa necessidade. Não digo isto por o jogo ser fácil. Eu tentava fazer o máximo número de sidequests possível, especialmente quando se tratava de sidequests temporárias (que o próprio jogo os identifica). E ao fazer primeiro as quests antes de passar para a nova área em que teria de progredir na história, notei que enfrentava inimigos em níveis próximos dos meus personagens. Ou seja, se não fossem as quests, provavelmente teria que farmar XP. E as quests não são aborrecidas, até porque as quests geralmente lidavam com personagens em aldeias, cavernas, cidades e florestas. E o jogo tem um sistema onde consegues verificar não só os nomes de NPC's desses locais, bem como sabes que tipo de relações sociais esses NPC's têm entre si. E essas relações geralmente modificam-se à medida que fazermos quests. É um sistema que contribuía para que o mundo no jogo fosse algo vivo.

Ainda antes de ter terminado o jogo, já tinha chegado à conclusão que estava jogando um dos melhores JRPG's jamais feitos. E ainda bem que pude ter a oportunidade de jogar na Nintendo Switch. Não me vejo a jogar RPG's sempre em frente a um monitor ou TV. Prefiro jogar numa plataforma portátil como a Nintendo Switch, em que posso estar alguns minutos a fazer quests, a obter itens, e depois posso mais tarde progredir na história no meu monitor ou em qualquer divisão da minha casa. E de certa forma, tenho que agradecer por todos os envolvidos no "Operation Rainfall". Provavelmente se o Xenoblade Chronicles não tivesse tido lançamento nos EUA, talvez não teríamos o remaster na Switch, bem como o port na New 3DS. Agora fico curioso sobre os outros 2 RPG's da Wii que mencionei no início. Gostava de poder os experimentar.... na Nintendo Switch.

 
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Death's Door (PC/Game Pass)
9/10

Adorei este jogo. Já estava na minha lista de jogos a pegar desde o ano passado, pois foi recomendado pela crítica. Mas para a minha surpresa, apareceu na lista do game pass de Janeiro, e desde que saiu tenho vindo a jogar.

Para mim, o Death's Door tem tem fortes vibes do Zelda e também do Hollow Knight. A música é soberba, e acompanha o jogo com gráficos polidos, criando um ambiente único em cada mundo que visitamos. O jogo tem elementos do souls e também metroidvania: cada mundo é um grande labirinto, onde vamos abrindo atalhos e também áreas inicialmente não acessíveis com novos poderes. O jogo tem uma skill tree muito simples onde melhoramos os nossos poderes com as almas recolhidas. A grande diferença aqui é que não há qualquer penalidade por morrermos (não perdemos as almas) e há sempre um portal que nos leva diretamente ao boss, que é útil quando morremos várias vezes. Claramente os game devs quiseram facilitar a vida.

O combate é fluido e com profundidade, cada inimigo tem as suas nuances, que com a prática vamos sabendo lidar. Em determinadas alturas, o jogo atira várias ondas de inimigos, e aqui achei o jogo bastante divertido. Os bosses estão muito bem feitos, e requerem precisão e paciência.

Como em muitos jogos do género, há um pico de dificuldade no início e a primeira impressão poderá não ser das melhores. Mas para mim, o jogo foi uma belíssima experiência do princípio ao fim. Um jogo com muita "alma" e altamente recomendado.
 
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Não vou fazer uma review como costumo a fazer a outros jogos. Já joguei Contra várias vezes. É dos primeiros jogos que alguma vez joguei. Salvo erro comecei a jogar aos 3 anos. Consegui derrotar o jogo pela 1.ª vez há uns 8 anos atrás. Mas conforme postei no tópico de jogos que andamos a jogar, resolvi jogar Contra com o objetivo de completar com sucesso uma no-death-run. 6 dias depois, ao fim de +/- 30 tentativas, consegui!

É óbvio que isto tratou-se de um desafio que coloquei a mim mesmo. Mas jogo dessa geração geralmente são desafiantes, mas ao mesmo tempo conseguem dar uma sensação de triunfo que é bem raro nos videojogos de hoje em dia.

Isso agora fez-me lembrar que tenho de jogar um jogo "parecido": Cuphead. Ver se encontro em promoção na Switch para depois jogar. Se der para usar um comando da NES ou SNES, ainda melhor.​

 
Parabéns pelo desafio, o jogo merece, é excelente. Não sei qual a tua percepção, mas acho o nível 6 o mais desafiante, depois desse é sempre a andar até ao final.

Também já me propus fazer esse desafio, mas preciso de algum tempo livre para me dedicar. Não sei se já completaste a sequela Super C, na minha opinião ainda melhor, mas mais fácil talvez.
 
Parabéns pelo desafio, o jogo merece, é excelente. Não sei qual a tua percepção, mas acho o nível 6 o mais desafiante, depois desse é sempre a andar até ao final.

Também já me propus fazer esse desafio, mas preciso de algum tempo livre para me dedicar. Não sei se já completaste a sequela Super C, na minha opinião ainda melhor, mas mais fácil talvez.
Obrigado! 😉

Eu diria que para mim o nível mais desafiante é o 7.º, porque imo nesse nível há mais inimigos random do que outros níveis. Mas uma coisa que o 6.º nível tem que acabou com alguma runs minhas foi aquela chama que aparece entre 2 plataformas em que é suposto pularmos dum lado para o outro. É um pulo que tem que ser feito no tempo certo. Um pouco mais cedo ou mais tarde, e é morte certa.

O Super C joguei na NES Mini e já o completei. Como sempre estive mais habituado a jogar Contra desde puto, e nunca joguei Super C antes de ter a NES Mini, acho que considero o Super C mais difícil. Acho que é uma questão de persectiva.

No entanto, acho que o Contra III The Alien Wars é bem mais difícil que os outros 2 jogos. Já joguei na SNES Mini mas nunca completei. É um que um dia destes vou voltar a tentar.
 
Pois nessa chama do nível 6, o que eu fazia era um fake jump (ou seja, voltava atrás rapidamente) apenas para ativar a chama e depois saltava logo a seguir, isto indo pela parte de baixo.

Sim, o III também me parece mais difícil do que os da NES (e já ouvi dizer que o IV também é de arrancar cabelos). Mas lá está, só estou bem familiarizado com os da NES, tenho de me dedicar ainda aos restantes, o da Mega Drive parece muito bom também.
 
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Judgment (PS5)
Nota: 8.5/10

Terminei este belíssimo jogo ontem e como fã do estúdio Ryu Ga Gotoku que faz também os jogos Yakuza (outra excelente saga) resolvi deixar a minha recomendação.

Começando pelos gráficos, não joguei a versão PS4, mas na PS5 corre a 1440p 60FPS, sem quebras e com excelente qualidade nas texturas. Loadings também praticamente não existem.

A nível de história, sem entrar em spoilers, é bastante interessante, onde fazemos o papel de investigador para desvendar um mistério relacionado com a indústria farmacêutica, mas que tem uma grande trama por trás. Se há algum defeito que posso apontar aqui é a história estender-se um pouco mais do que eu acharia necessário. A certa altura pensava que o final estava perto, mais uma reviravolta que obriga a fazer algumas missões que não acrescentam nada de especial à história.

De resto a exploração é a habitual para quem já jogou os Yakuza. No meu caso que joguei os anteriores todos, conheço a cidade (Kamurocho) muito bem, uma vez que o mapa é 99% ao do Yakuza 6 por exemplo.

Conteúdo é o que não falta. Para termo de comparação, meti 35h no jogo, e só fiz a história principal e umas 10 missões secundárias. Existem mais umas boas dezenas de missões secundárias, mini-games aos montes, New Game + com maior dificuldade, etc.

Resumindo, se gostam da fórmulas dos Yakuzas até ao 6 (o 7 não conta uma vez que é um RPG) não têm muito por onde falhar aqui, comprem que não se vão arrepender.
 
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Praticamente toda a gente que joga videojogos tem algum tipo de experiência direta com a série Pokémon. Seja por terem jogado quando eram putos ou viram alguém que jogava, esta é uma daquelas séries que quase toda a gente que gosta desta forma de arte reconhece como sendo enorme. Mas ao longo dos anos os jogos têm estagnado de uma maneira ridícula com cada jogo sendo basicamente o mesmo que o anterior, ao ponto da geração 8 (Sword e Shield) onde viu-se claramente que a Pokémon Company não se preocupa com a qualidade dos seus jogos ou com o feedback dos fãs, pois continuam a vender como água e a fazer rios de dinheiro. Já os remakes da geração 4 (Diamond e Pearl) foi um trabalho patético que nem foi feito pela própria Gamefreak mas sim por um outro estúdio. A única esperança que os fãs tinham de um jogo Pokémon verdadeiramente diferente e inovador (dentro da série claro) era o Pokémon Legends: Arceus que mostrou imenso potencial com aquele trailer de revelação. Parecia que iriamos ter finalmente um jogo Pokémon de "mundo aberto" onde podes os apanhar em tempo real, investigá-los e tudo isso sem a formula velha que tem sido usada já há mais de 20 anos. E apesar de ter resultado num jogo cheio de problemas este é precisamente aquilo que a série precisava, e é o jogo de Pokémon mais divertido desde a geração 5 (Black e White).

Embora não ser verdadeiramente mundo aberto a estrutura do jogo consiste em explorar cinco áreas relativamente grandes, e apesar de não ser a solução ideal acho que isto é o suficiente para criarem uma fundação brutal para a série. Explorar estas áreas, recolher os seus recursos e descobrir os vários Pokémons que lá vivem é muito divertido e exatamente aquilo que viva nos sonhos de todos que curtem desta série. E a jogabilidade em si é super rápida e fluída ao contrário dos outros, tudo acontece sem interrupções ou atrasos desnecessários e faz da experiência muito mais íntima. Podes escolher lutar contra Pokémons ou não, podes andar durante os combates, podes chamar um Pokémon para partir depósitos de materiais enquanto logo a seguir chamas o Wyrdeer para fugir logo para outro lado. Isto é um contraste enorme com a jogabilidade dos outros e foi uma surpresa muito agradável. O combate em si infelizmente teve de ser simplificado para acomodar a experiência mais focada na campanha principal em vez da componente multijogador. Não podes lutar contra outros jogadores nem nada, só mesmo trocar. Não há habilidades nem itens para os Pokémons segurarem e muitos dos ataques receberam propriedades diferentes para o bem do equilíbrio de jogo. É realmente inacreditável o quanto eles mudaram em relação aos outros e não podia estar mais feliz por isso!

A jogabilidade e o seu loop são fantásticos e têm imenso potencial, mas há problemas. O sistema de pesquisa é uma excelente ideia e embora ter gostado acho que muitos dos requerimentos que eles pedem para completar o nível de pesquisa são chatos. Alguns Pokémons que são mais chatos de ir lá fora e apanhá-los várias vezes são os que realçam mais este problema, pois torna-se super monótono completar o nível de pesquisa pois ou dás-te ao trabalho de os apanhar várias vezes ou usas o que já tens e fazes coisas chatas como "ver o ataque X 20 vezes" ou "usar o agile style 20 vezes". Falando nos estilos eu esperava que tivessem bastante mais impacto nos combates mas nem por isso. Não só o jogo tem pouquíssimos combates de treinadores como grande maioria deles têm, tipo, menos de 3 Pokémons. Em vez de ser uma ferramenta estratégica é mais uma maneira de derrotá-los ainda mais facilmente. Só houve uma batalha em que precisei mesmo de pensar na maneira como os usava e foi precisamente a última do jogo. E a história é bastante má, não só as personagens são autênticos troncos de madeira andantes que fazem coisas incrivelmente estúpidas como o final não oferece qualquer tipo de resolução. Eu sei que isto é Pokémon mas fogo, acho que era outro aspeto onde eles podiam se esforçar mais um pouco.

E vamos ser sinceros: o jogo é feio como tudo. Valha-me nossa senhora que nojo visual! Até eu que não ligo a gráficos de maneira nenhuma tive de aguentar alguns episódios de vómitos. Um jogo em que o objetivo é explorar este mundo supostamente maravilhoso não pode ser quase tão feio como eu. O facto de ser na Switch não é desculpa nenhuma e todos nós sabemos isso. O que aconteceu foi que a Gamefreak foi dada muito pouco tempo pela Pokémon Company, como sempre, para fazer algo que basicamente não tinham qualquer experiência em fazer. Vá lá que a performance foi consistente, acho que durante o jogo todo só reparei em duas ou três quebras e foram breves. E a música...pah...é muito inspirada em Breath of the Wild com aqueles toques de piano relaxantes, um som bastante atmosférico e pouca ênfase em drama e épico. Tal como com o Breath of the Wild em relação à série Zelda acho que a música do Arceus cabe muito bem no tipo de jogo que é mas não se compara às bandas sonoras dos originais. Gosto bastante desta por acaso mas tirando isso nada me cativou muito.

8/10 - Se fosse mais objetivo a nota seria mais baixa pois tem bastantes problemas, mas um jogo é muito mais que a soma das suas partes. E Pokémon Legends: Arceus é o melhor jogo Pokémon desde a geração 5, e criou uma fundação incrível para melhorarem e expandirem no futuro. Pokémon é finalmente excitante de novo!
 
PS5

Death Stranding - 8.5/10

Estava para lhe dar um 8/10 mas aquela parte final foi marcante, com muitas revelações. Foi uma grande aventura, só não lhe dou mais porque o jogo teve ali uns períodos monótonos. É um jogo muito particular onde a interação da comunidade é um ponto muito importante. Tive situações em que uma ponte, uma mota ou uma escada que foram partilhadas por outros jogadores deram imenso jeito.
Gosto de jogos na neve mas neste jogo passei muito mal nessa parte, isso e as imensas pedras que apanhei no caminho.
 
Drakengard 3 (PS3): 5/10

Como fã dos Nier, decidi voltar a ligar a PS3 para nesta obra do Yoko Taro.

Pontos positivos:
- Banda sonora fantástica, tal como nos Nier;
- História onde se nota aquele toque e maluqueira do Yoko Taro, mas está uns furos abaixo dos Nier.

Pontos negativos:
- Framerate que estraga todo o gameplay (nunca tinha jogado um jogo com uma framerate tão má, onde em partes mais pesadas chega a parecer um slide show);
- Gráficos (apesar de ser um jogo PS3 e cumprirem a sua função, está longe estar ao nível dos melhores jogos PS3 neste campo);
- Gameplay (simples, mas que acaba prejudicado pelos problemas técnicos).

Para finalizar, se não fossem os problemas técnicos a estragar tudo, seria um jogo bastante competente e que recomendaria a fãs de Nier (e teria dado uma nota a volta de 7).
Aconselho a quem gosta de Nier, ver no YouTube.
 
Octopath Traveler (PC) - 8.5/10

Um jrpg com uma estrutura diferente a nivel narrativo mas interessante à mesma. 8 historias distintas mas todas indiretamente conectadas.
O sistema de combate é mesmo bom e a sua qualidade é realçada quanto mais difícil for o inimigo.
Excelente narração de voz e OST.
Resumindo é quase um Final Fantasy mas nao é um final fantasy.

O pior deste jogo é mesmo o HUD, é confuso e faltam-lhe alguns elementos básicos como a opção para fazer o reloading de um save sem ter de ir ao ecrã principal.
Não existe motivo para a masmorra final ser opcional quando existe um motivo a conectar todos os acontecimentos do jogo.
O voice-over é bom mas incompleto, podiam pelo menos ter gravado os diálogos de todas as main quests e não só alguns.
É um rpg clássico por isso nao esperem grande profundidade narrativa, toda a gente que é boa é boa e os maus são mesmos maus.
É um bocado repetitivo.

Não Square-Enix eu não vou fazer a masmorra final, lutar contra 9 Bosses de seguida sem a opção de save e se perder ter de recomeçar para mim não dá, infelizmente já não tenho esse género de tempo livre.
 
@lusithanius

Também comecei no fim de semana através do GamePass e estou a gostar. Praí no 3º ou 4º boss já senti alguma dificuldade e tive de gastar várias poções. Mas acho que tenho margem para melhorar nos multi enemies se usar correctamente o Weak e matar rapidamente os mais fracos.
Agora 9 bosses de seguida é fruta...
 
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