Memória Memória Racetrack

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Benevolent Dictator For Life
Staff
Recebemos este PR da IBM que me parece interessante.

: Investigadores da IBM publicaram hoje um avanço científico na revista Science, revelando um aspecto-chave da física até então desconhecido dentro da memória Racetrack, uma nova concepção de memória que pretende aumentar a capacidade de informação que um dispositivo consegue armazenar por um factor de cem e usando muito menos energia do que hoje. Este avanço permitirá redefinir a arquitectura das memórias usadas actualmente em dispositivos como telemóveis, computadores e servidores.

Nos últimos seis anos, investigadores da IBM trabalharam para tornar este novo tipo de memória uma realidade. Em vez de fazer com que os computadores procurem informação – como é o caso dos sistemas de computação tradicionais -, a memória Racetrack da IBM move a informação automaticamente para onde possa ser usada, deslizando bits magnéticos num vaivém ao longo dos “racetracks” de nanofios. Esta técnica permitiria aos fabricantes de electrónica projectar um dispositivo portátil capaz de armazenar os filmes produzidos em todo o mundo num dado ano, com espaço de sobra.

A equipa de cientistas da IBM foi a primeira a medir o tempo e a distância da aceleração e desaceleração da “domain wall” em resposta aos pulsos de corrente eléctrica, ou seja, a forma como a informação digital é movida e processada. Isto proporciona aos cientistas não só um conhecimento sem precedentes e um controlo sobre os movimentos magnéticos dentro dos dispositivos, como também aproxima da realidade o desenvolvimento da memória Racetrack da IBM.

A informação digital é armazenada em duas capacidades principais: discos rígidos magnéticos e memória flash. Estes dois sistemas de armazenamento são muitas vezes usados em conjunto para mitigar os inconvenientes de custos, fiabilidade e velocidade. A memória Racetrack procura somente combinar os melhores atributos destas duas classes de dispositivos ao armazenar informação como regiões magnéticas – também chamadas de “domains” – em racetracks de apenas algumas dezenas de nanómetros de largura.

Para alcançar a memória mais densa e rápida possível, as “domain walls” dentro do dispositivo têm de ser movidas a velocidades de centenas de milhas por hora para precisar posições automaticamente ao longo das faixas. Estes tempos (dezenas de nanossegundos) e distâncias (micrómetros) são surpreendentemente longos, especialmente por experiências anteriores não terem mostrado qualquer evidência na aceleração e desaceleração das “domain walls” conduzidas ao longo de racetracks com corrente.

“Descobrimos que as domain walls não atingem o pico de aceleração assim que a corrente é ligada, e que lhes demora exactamente o mesmo tempo e velocidade a atingir o pico de aceleração assim como de desaceleração até eventualmente pararem”, afirmou Dr. Stuart Parkin, Fellow, do IBM Research Centre em Almaden, Estados Unidos. “Isto era anteriormente desconhecido em parte porque não era claro que as ‘domain walls’ tivessem massa, e que os efeitos de aceleração e desaceleração se compensassem exactamente um ao outro. Agora sabemos que as ‘domain walls’ podem ser posicionadas com precisão ao longo das racetracks ao alterar o comprimento dos pulsos de corrente”, concluiu.

Um olhar mais próximo ao Racetrack
Ao longo de quase cinquenta anos, os cientistas têm explorado a possibilidade de armazenar informação em “domain walls” magnéticas, que funcionam como fronteiras entre as regiões magnéticas ou “domínios” em materiais magnéticos. Até agora, manipular “domain walls” era dispendioso, complexo e usava energia significativa para gerar os campos necessários para o efeito. Este conceito já tinha sido apresentado num artigo científico em 2008 pelos autores Hayashi, M., Thomas, L., Moriya, R., Rettner, C. & Parkin, S. S. P. Current-Controlled Magnetic Domain-Wall Nanowire Shift Register, publicado na revista Science 320, 209-211 (2008)., onde os investigadores da IBM foram os primeiros a demonstrar o potencial da memória Racetrack provando como o ímpeto da rotação simplifica consideravelmente o dispositivo de memória.

Os detalhes e resultados desta investigação serão demonstrados na edição da revista Science de 24 de Dezembro. O artigo intitula-se “Dynamics of magnetic domain walls under their own inertia”, e é da autoria de Stuart Parkin, Luc Thomas, Rai Moriya e Charles Rettner da IBM Research – Almaden.

Para mais informação sobre a Memória Racetrack, por favor visite: http://www.almaden.ibm.com/spinaps/research/sd/?racetrack
 
Mais importante que isto é a investigação que a HP tem estado a fazer com memristors.

Se não estou em erro esta tecnologia é em parte parecida com a dos memristors... Penso que isto já tinha um tópico há tempos onde já se tinha falado nisso mesmo.

EDIT: Nope, depois de ler vi que não tem nada a haver com os memristors :P Aliás, até parece que se podem complementar pois servem propósitos diferentes...
 
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