O modelo que o regulador tentou impor é um falhanço brutal, aos dias de hoje continuar a defender esse modelo é inexplicável.
O leilão do 5G?
A principal crítica ao leilão foi o atraso enorme do leilão… com a Altice constantemente a criticar a ANACOM.
No fim viu-se que a NOS já há muito se tinha preparado e estava logo pronta a lançar as operações…
Já a Altice quase nada tinha feito ou preparado quando acabou o leilão…
Além disso, o leilão trouxe operadores como a DIGI. Só por isso já teve mérito.
Os outros argumentos a favor do leilão conheces, uma vez que já devemos os dois ter discutido desde 2020 esse assunto centenas de vezes.
Excluindo o complicado caso jurídico da Dense Air, o leilão a meu ver foi um sucesso.
E repara que mesmo na situação da Dense Air foram decisões da ANACOM que despoletaram que se visse agora obrigada a abdicar de espetro…
Por último, quando dizes que é disparatado o modelo da ANACOM por causa também do espetro da Nowo, não sabemos onde vai parar esse espetro. É sempre possível uma nova empresa de telecomunicações… Ou um novo leilão ou a cedência autorizada à DIGI.
Aqui a culpa disso não é da ANACOM. Mas sim das más opções da empresa que o comprou, neste caso a Nowo. Vamos imaginar: Se a Vodafone agora viesse dar prejuízo e deixasse de investir na rede e desprezasse o espetro, isso era problema da ANACOM? Não! Isso seria culpa dos responsáveis da empresa
Se a AdC considera assim tão nefasto o negócio, mesmo depois do comprador se comprometer inclusive a não só manter as ofertas da Nowo como alargar a novas zonas geográficas, então este negócio não devia ter sequer passado da primeira fase e a AdC devia deixar-se deste faz de conta.
A AdC simulou o modelo e considerou que mesmo assim estava em causa a concorrência e isso prejudicaria os clientes, dado o nível de concentração que se criaria.
Coisa que não existe se a rede for vendida a um terceiro que não seja um operador instalado, que parece o caminho para o qual a AdC aponta naquele comentário abstrato à situação de empresas como a Nowo