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Por isso é que eu jogo na PS4 e no telemóvel. Ás vezes até ao mesmo tempo para ser um viciado com estatuto
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https://24.sapo.pt/atualidade/artig...como-doenca-pela-organizacao-mundial-de-saudeVício em videojogos é reconhecido como doença pela Organização Mundial de Saúde
Os videojogos podem viciar da mesma forma que a cocaína ou o jogo, disse a Organização Mundial da Saúde (OMS) nesta segunda-feira numa atualização da Classificação Internacional de Doenças (CID-11).
"Depois de consultar especialistas em todo o mundo e rever as evidências de maneira exaustiva, decidimos que essa condição deveria ser acrescentada", disse à AFP Shekhar Saxena, diretor do departamento de saúde mental e abuso de substâncias da organização Mundial de Saúde (OMS). O "distúrbio de jogos" on-line e off-line é agrupado com os "transtornos relacionados ao uso de substâncias ou comportamentos viciantes" na 11ª edição da CID, a primeira grande revisão em quase três décadas.
A OMS anunciou em janeiro que o problema seria reconhecido como uma condição patológica.
Os principais sintomas incluem "controle deficiente" - notavelmente a incapacidade de parar de jogar - e se concentrar no jogo excluindo todo o resto.
"A pessoa joga tanto que outros interesses e atividades são ignorados, incluindo dormir e comer", disse Saxena.
Em casos extremos, os jogadores que não conseguem se distanciar de um ecrã desistem da escola, perdem empregos e ficam isolados dos amigos e da família. A maioria esmagadora dos adeptos aos videojogos é jovem, muitos deles adolescentes.
O comportamento sintomático deve continuar por pelo menos um ano antes de ser considerado perigosamente nocivo, de acordo com a nova classificação.
Cerca de 2,5 mil milhões de pessoas - uma em cada três no mundo - jogam algum tipo de jogo gratuito em ecrãs, especialmente em telemóveis, mas o distúrbio afeta apenas uma "pequena minoria", disse Saxena. "Não estamos a dizer que todo jogo é patológico"
A indústria de videojogos arrecadou 108 mil milhões de dólares em todo o mundo em 2017, mais do que o dobro das bilheterias de filmes, segundo a Superdata, que monitora o setor de jogos e de media interativa.
Quase 40% dessas vendas foram no leste da Ásia, especialmente na China e na Coreia do Sul. Outros mercados importantes incluem os Estados Unidos, a Grã-Bretanha, a França, a Alemanha e o Brasil.
Na Coreia do Sul e nos Estados Unidos surgiram clínicas para tratar o vício em videojogos, em conjunto com com grupos de apoio comunitários e on-line.
A inclusão do "distúrbio de videojogos" no catálogo revisto de doenças da OMS encontrou resistência, tanto da indústria como de alguns especialistas.
"O processo da OMS carece de transparência, é profundamente defeituoso e carece de apoio científico", disse Michael Gallagher, presidente e CEO da Entertainment Software Association, em comunicado em março.
Num estudo a ser publicado no Journal of Behavioral Addictions, um grupo de 36 investigadores disse que havia evidências insuficientes para justificar a nova categoria.
"Dada a gravidade da classificação diagnóstica e do seu impacto social mais amplo, pedimos aos nossos colegas da OMS para pecarem por excesso de precaução por enquanto e adiarem a formalização", escreveram num estudo que reviu a literatura académica.
O CID identifica cerca de 55.000 lesões, doenças, condições e causas de morte, e é amplamente utilizado como referência para diagnósticos e seguros de saúde.
"Isso permite-nos entender muito sobre o que faz as pessoas adoecerem e morrerem, e tomar medidas para evitar o sofrimento e salvar vidas", disse o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, num comunicado.
O novo CID também inclui pela primeira vez um capítulo sobre medicamentos tradicionais, usados por milhões de pessoas em todo o mundo.
O primeiro caso é perfeitamente razoável e não é de todo o que a WHO aponta, mas sim o segundo e até junta que só uma minoria dos jogadores sofrem do distúrbio.Muita gente aqui a confundir o vicio de "jogar no seu cantinho diariamente" com o "jogar insessantemente, alheio a tudo o resto, potencialmente perdendo o seu emprego, familia, etc.", como os casos de vícios no alcoól ou drogas.
True, e parte do problema também passa por ai.O problema é a forma como os media divulgam a notícia.
Completamente de acordo com tudo o que escreves.Li por alto e, basicamente, fico-me por isto:
O primeiro caso é perfeitamente razoável e não é de todo o que a WHO aponta, mas sim o segundo e até junta que só uma minoria dos jogadores sofrem do distúrbio.
E o que não falta é métodos (mais do que testados) para reter viciados de maior ou menor ordem em mobile, MMO's, ARPG's e por ai fora. Vejo regularmente (aka mensalmente) posts de alguns corajosos que admitem o vício (em graus sérios e com efeitos negativos reais) e com ajuda familiar/médica tomam medidas para reduzir/retiram-se do mundo dos jogos até o resolver.
Pessoazitas que se sentem atacadas por qualquer artigo de jornais nacionais não ajudam essas pessoas e expansão do tema, e em certas situações estão agarradas por um sistema similar sem notar (quests diárias, login diário, loot box ou comprar uma skin/mtx sempre que aparece no seu go-to game). Aqui são casos de passar grande parte do dia-a-dia a jogar, de deixar responsabilidades próprias e familiares, interacções sociais, e estar totalmente pendente do vicio, etc... não jogar 2 horitas todos os fins da tarde ou de noite quando a mulher/filhos estão a descansar, isso é banal e não entra no campo do distúrbio como apontado pela WHO.
True, e parte do problema também passa por ai.
O @gif também devia ter metido a fonte original ao abrir o tópico, um gajo vê este e o do "fim das consolas" e pensa erradamente que o user anda a criar clickbaits à reddit, quando na realidade a IGN é que tem o título duvidoso e aqui falhou só a ligação ao original para evitar os artigos mais vagos da imprensa nesta temática (e que gera depois as reacções defensivas).
Talvez juntar o breve Q&A da WHO sobre o tema, de resto é tudo bastante explícito e o ICD:Relativamente ao último parágrafo, adicionei o link da Classificação Internacional de Doenças (CID-11) ao primeiro post deste tópico. Sugeres outro link/artigo?
I'm a therapist who has a fair bit of experience working with compulsive gaming, and I think the WHO recognition is warranted. The caption describes the classification perfectly. It's NOT just playing a lot of video games, it's the functional impact of doing so and the balance of video games in your life. I played 40-50 hours of PoE in the first week of incursion, but I took Friday off work, took regular breaks, and don't regularly play that much. I've definitely had points in my life where my gaming was unmanageable, usually as a result of depression or social isolation, and I know how easy it is to reduce your life to a few routine absolutely necessary and pleasure providing behaviors. I've had clients who struggle with similar issues, or those who have health effects of inactivity, or anger issues that they take out antisocially in games. Lots of addiction behavior originates as a coping strategy for other life problems, but that doesn't mean that the addiction doesn't exist. If I'm depressed and drink to deal with it, I'm depressed AND have an alcohol addiction. All the evidence we have indicates that you need to treat both, and the specifics of that treatment is going to vary person to person.
@Tecno Nerd Estas a falar de percepção de imaginário vs realidade, especificamente jogos/filmes, e que isso só afecta pessoas já com outras problemáticas mentais (naturalmente), e o tema da thread é a WHO assimilar como disorder um grau específico de comportamento viciado-adictivo dentro de gamers e muitas vezes associado a outros como depressão, comportamento antisocial e reclusão, etc.
Não é quando não agrada... É quando ainda não percebeste o cerne da questão.Está bem, quando não agrada... O problema da OMS são os €€€ por trás da indústria. Se eles se preocupassem com o que se deviam preocupar...
Mas não digo mais nada.
Não é quando não agrada... É quando ainda não percebeste o cerne da questão.
Lê os posts do pessoal e depois opina.
@Zeckett O reflexo do título na cabeça dele, que teve um efeito similar ao Atreyu ver o Bastian quando se olha ao espelho na Neverending Story. Também ninguém disse, aqui ou nos artigos, que os jogos não tinham efeitos positivos mas ele achou por bem realçar algo mais do que reconhecido e discutido pelo menos desde os 80's, mas novamente fora do extremo abordado. Inseguranças da vida (que passo a responder).
Falha também quando mete os jogos de parte só como catalisador de outros problemas, quando os mesmos podem ser desenvolvidos e implementar soluções para se aproveitarem descaradamente dos problemas (e do utilizador) e tirar dividendos dos comportamentos gerados além de os potenciarem, passando os próprios a ser um problema nesses casos. E agora não é um ou outro, são milhares de softwares com mais ou menos bases de construção tendo em consideração esse lado, no próprio via grinding/rpg elements preparados ou nos reward systems/loot boxes. Técnicas tão simples como uma explosão ao abrir uma box/pack, desde AAA's ao CookieClicker. Algo que um filme ou outra coisa não faz por sistema (aproveitar para colocar pub e direccionar a audiência é outro assunto).
Falha também na parte de achar que só afecta quem não tem esposas/namoradas/filhos ou trabalho, deixei o exemplo do terapeuta e podia deixar dezenas de casos de pais e mães (poucas mas há) com carreiras bem sucedidas e às tantas a ganhar mais que nós juntos por ano que tiveram que recorrer a ajuda para voltar a um volume mais saudável ou abandonar. Não é só o dedicar 50-60 horas semanais ou o extremo completo do gajo que não sai do quarto para comer, são também pessoas que fazem a sua vida dentro do bare minimum mas sempre com aquilo na cabeça e a aproveitar o resto do seu tempo (muitas vezes o de sono também) para enfiar no jogo à procura de sensações e reacções hormonais (para compensar algum outro problema do dia ou whatever, cada caso é um caso). E só sei parcialmente num par de comunidades, o que fará em outras maiores e nos jogos de moda em cada momento, como agora Fortnite. Situações e comportamentos de vício são sempre negativos mesmo que o meio tenha efeitos positivos quando em moderação.
"Agora, uma pessoa que não tenha problemas e jogue nos tempos livres, não vejo incovenientes". Certíssimo, mas o grau para contar como vício e distúrbio não é nesse, o comportamento em si é descrito e não é esse, nem é o ponto dos artigos ou da OMS e é repetido que a nível de população real deve andar pelos 3%, não há uma linha sobre ser representativo da "comunidade". E é essa infeliz população que é alvo do assunto do tópico, logo falar dos restantes ou de hábitos pessoais fora disso para contrapôr ao distúrbio perde o sentido e utilidade. É como dizer que lidamos bem com a nossa ligeira OCD em tópicos de malta com perturbação agressiva que não consegue ver um pêlo desalinhado, can't go well.