Que é feito dos teclados ergonómicos?
Depois de mais de dez anos a usar um teclado ergonómico (a maior parte deles com um Microsoft Natural Keyboard Elite) esta semana regressei atrás no tempo e adquiri um teclado “tradicional” (um Ozone Strike).
Até agora as mudanças foram sempre “forçadas” por outros fatores que não o conforto. Neste último caso, procurei um teclado com um definitivo salto em termos de qualidade de funcionamento, porque o último (Logitech Wave). Mas depois de tanto tempo a usar teclados mais ou menos ergonómicos estou como receio que não me adapte a um layout tradicional. Especialmente porque com layout PT de série as únicas opções disponíveis de momento usam switches Cherry MX Black, que não são os ideias para escrever.
O Natural
Depois do meu primeiro teclado (um modelo genérico), o Natural Keyboard Elite foi a minha introdução ao mundo dos teclados ergonómicos e devo dizer que até agora foi dos teclados que melhor me serviu. Deixei-o principalmente por causa da porta PS/2 da minha penúltima motherboard (uma EVGA 680i) que não se “portava muito bem” (já nem me lembro muito bem quais os sintomas do “problema”). Os contactos também já não estavam nas melhores condições por causa dos muitos anos de uso. Nessa altura, procurei o “novo” teclado Natural da Microsoft mas esbarrei com o típico problema português: falta de oferta com o layout nacional. Acabei por optar por um Logitech Wave que parecia ser o mais próximo ao Natural, embora muito mais convencional (ou seja, menos ergonómico).
O Wave
À parte de ter mais teclas e um software mais “elaborado”, sempre achei o Wave bastante inferior ao Natural. Não só o design é menos ergonómico como a qualidade de fabrico é inferior. O descanso para as mãos almofadado (contra o plástico rijo do Microsoft Natural) é o único pormenor que transmite a ideia de qualidade, mas na realidade não tem qualquer vantagem prática. Cedo percebi que o funcionamento das teclas era inferior (menos preciso, com tendência para “prender”). E, entretanto, algumas teclas começaram a perder a tinta (coisa que no Microsoft Natural está longe de acontecer, apesar de ter sido muitíssimo mais usado). As WASD, por exemplo, estão completamente “limpas” há bastante tempo.
Os outros...
Durante todo este tempo, só tive de interagir com teclados de portáteis que, como é óbvio, estão longe de ser ergonómicos pelas devidas restrições de espaço. São teclados para “desenrascar”, embora uns sejam melhores que outros. Noto que a atual tendência para as teclas planas tipo “chiclete,” embora esteticamente elegante, não sei até que ponto não será mais um retrocesso em termos de usabilidade destes teclados.
Se calhar devia era ter ido para um destes:
http://www.kinesis-ergo.com/images/kb_adv-wht720x442.jpg