Uma pequena retrospectiva sobre o que aconteceu com a DREAMCAST:
Após o fracasso da geração de 32 bits, a SEGA trabalhou arduamente para ser, de novo, o lider do mercado das consolas. Aí, nasceu a Katana e mais tarde foi-lhe chamada a Dreamcast, e tal como o seu nome indica é uma consola de sonho. A potência do seu processador de 128 bits era o mais potente que havia no mercado, o seu modem de 64k e com os jogos de formato de GD-ROM para assim combater a pirataria, A SEGA esforçou-se em abater a Playstation e a N64, mas deparou-se com um problema: As empresas rivais, tal como a SEGA estavam a trabalhar nas suas futuras consolas de 128 bits.
A Dreamcast foi lançada em 27 de Novembro de 1998 no País de Sol Nascente, mas devido a um problema da produção da placa gráfica (produzida pela NEC), não foram feitas consolas suficientes para a sua demasiada procura, e não foi feito um grande lançamento no Japão e assim se reflectiu nas vendas, apesar de sempre vender bem, mas gradualmente.
A SEGA não estava pronta para desistir, ainda tinha mais dois mercados para conquistar (o Americano e o Europeu). Assim a SEGA of America decide fazer uma publicidade em massa para o público em geral, seja em anuncios de TV, revistas, rádio entro outros, só para chamar a atenção dos consumidores e assim o fez. Todos os jogadores queriam conhecer a dreamcast porque tinha uma potência superior em relação ás consolas existentes na altura e assim foi feita a promessa que a Dreamcast seria a melhor consola de todos os tempos.
E nessa altura caiu a 1º bomba...
A SONY anuncia a Playstation 2, com o seu processador de 128 bits, mas com o leitor de DVD ara conquistar um novo mercado, o mercado do vídeo. Os consumidores comuns (os não jogadores) podiam ver os filmes em Alta Definição com a PS2, porque era o DVD mais barato do mercado.
E caiu a 2º bomba...
A nova consola da SONY tinha retrocompatibilidade com o seu predecessor, a PS1. Ao contrário da Dreamcast, a PS2 já continha um leque de jogos à sua disposição para o consumidor jogar, sem ter a necessidade de vender os jogos para comprar a nova consola. Assim revelou-se o 2º ERRO DA SEGA: Não meteu retrocompatibilidade na Dreamcast.
A pérola da SEGA chegou ao mercado americano no dia 09/09/1999 por 199 dólares e ao contrário do lançamento no Japão, o lançamento nos EUA foi um grande sucesso, chegando a ter recordes de vendas - as vendas foram reforçadas devido ao seu leque de jogos de lançamento tais como Soul Calibur, Sonic Adventure, NFL 2K entre outros.
A SEGA tinha um novo nome, mas a sua reputação anterior fez alguns jogadores duvidar. A SEGA tinha falhado aos seus consumidores ao vender hardware (MEGA CD, 32x e Sega Saturn) e desistir logo de imediato, abandonando os jogadores que a tinham comprado (daí a razão que a EA não fez jogos para a consola). E aí foi um grande factor porque a Dreamcast não teve sucesso, os jogadores preferiram esperar pela PS2, pois a Sony nunca tinha desiludido os consumidores.
A Dreamcast continuava a vender muito nos EUA, fazendo recordes e os jogos (muito deles arcades) foram sendo populares. Até que a PS2 chegou ao mercado em Outubro de 2000 e as vendas da Dreamcast começaram a descer em alta velocidade até que no Natal de 2001 as vendas eram mínimas. Na altura a SEGA tinha vendido 4 milhões de Dreamcast. A SEGA estava em conflito de administração e cheia de dividas e quando chegou a nova administração, decidiram que a consola não tinha vendido o suficiente para ter lucro, e para continuar deviam ter tido na altura vendido no mínimo 5 milhões de unidades. Apesar de continuarem a sair jogos para a consola até finais de 2002, múltiplos jogos foram cancelados, até que alguns tiveram uma fuga e foram parar à net para disponibilização dos jogadores.
Mas mesmo assim a consola continuou a vender (gradualmente) até que chegou às 10.6 milhões de unidades (até esgotar o stock existente).
O 3º ERRO E O MAIS GRAVE: Cancelar a consola no primeiro obstáculo que encontram.
A SEGA devia ter lutado para lançar mais e melhores jogos que a PS2 e assim ganhar a liderança do mercado, porque o centro do mercado não são as consolas mas sim o jogos. Foi uma má decisão, mas o passado é passado....