Processador Processadores com um TDP configurável. Novo modelo de negócio?

Nemesis11

Power Member
Nos últimos dias têm aparecido algumas notícias relacionadas com o consumo dos futuros processadores que podem mudar bastante a forma como vemos este mercado e, ao mesmo tempo, os preços destes produtos.

Primeiro é preciso explicar o que é o TDP de um processador.

TDP significa "Thermal design power" e indica normalmente o valor máximo que o processador pode dissipar em Watts a nível de energia.

..................

É aqui que as coisas podem mudar para o consumidor final. Em vez de pagarem mais ou menos pelo clock do processador, podem passar a pagar mais ou menos pela janela de TDP que o processador tem.

A grande questão para os consumidores finais e como é óbvio, para os membros do fórum, é se estão dispostos a estar num mercado em que o clock máximo não é o ponto fundamental, mas sim a janela de TDP, com um clock minimo e máximo.

Este artigo é também uma novidade de hardware, devido às ultimas revelações por parte da AMD e Intel.

O artigo encontra-se neste link do Portal.

Espero que tenham gostado deste pequeno artigo e comentem qual é a vossa posição para esta possível mudança de paradigma. :)
 
Ao que eu li há uns meses atrás, os 95w de "mainstream" vão passar a ser 35-45w... Com a redução em nm, permitiu estes grandes avanços... (vou ler a notícia agora :D)
 
Parabens pelo artigo, é esclarecedor! :P
Ainda me lembro do meu antigo intel pentium 4 3.4 prescott sk478, um grande aquecedor, depois passei para o Intel Pentium D 945 pensando que seria mais fresco e ainda aquecia mais! :D
Esta tecnologia de limitar o TDP parece aquela que veio com as HD6XXX que se encontra nas Catalyst onde aparece "power control settings" não é?


BTW, tem uma palavra repetira aqui:
[h=2]TDP configurável no mercado consumidor. A resposta da Intel[/h] Como é óbvio, a Intel não está parada neste aspecto e ontem anunciou ontem uma derivação (...)
 
Ao que eu li há uns meses atrás, os 95w de "mainstream" vão passar a ser 35-45w... Com a redução em nm, permitiu estes grandes avanços... (vou ler a notícia agora :D)

Parece-me quando a nova arquitectura chegar é altura de fazer upgrade, só de pensar que o meu quad em stock tem TDP de 140W e um 2500k 95W... então esses...
 
Excelente artigo.

Estou a pensar que já hoje temos a questão do TDP. Nos CPUs para datacenter já temos os L da Intel com um consumo menor e mais caros.
No datacenter a vantagem é dupla. Por um lado consome menos o servidor e com isso dissipa menos calor o que também reduz a factura do ar condicionado.

Nos portáteis temos os CULV. Que aliás acabam por ter que ser usados para portáteis mais pequenos. Ao serem mais pequenos têm um circuito de refrigeração (dissipador + ventoinha) menores e a dimensão da bateria também tem que ser menor. Por isso o TDP quando visto pelo prisma de calor dissipado, consumo mostra bem que isto foi sempre importante.
 
Excelente artigo.

Estou a pensar que já hoje temos a questão do TDP. Nos CPUs para datacenter já temos os L da Intel com um consumo menor e mais caros.
No datacenter a vantagem é dupla. Por um lado consome menos o servidor e com isso dissipa menos calor o que também reduz a factura do ar condicionado.

Nos portáteis temos os CULV. Que aliás acabam por ter que ser usados para portáteis mais pequenos. Ao serem mais pequenos têm um circuito de refrigeração (dissipador + ventoinha) menores e a dimensão da bateria também tem que ser menor. Por isso o TDP quando visto pelo prisma de calor dissipado, consumo mostra bem que isto foi sempre importante.
Esses dois mercados + centros informaticos serão os mainstream das tecnologias de controlo de TDP.
A nivel de desktop para um utilizador comum, o controlo de TDP é apenas mais um etiqueta.
 
BTW, tem uma palavra repetira aqui:
[h=2]TDP configurável no mercado consumidor. A resposta da Intel[/h] Como é óbvio, a Intel não está parada neste aspecto e ontem anunciou ontem uma derivação (...)

Obrigado. Isto é o que dá publicar um artigo sem reler duas vezes. Já alterei esse erro e fiz mais algumas modificações. :)

Em relação ao artigo, há mercados em que já se paga pelo baixo TDP, como em servidores ou em portáteis finos (que deram o excelente nome de ultrabooks).

O que acho interessante, mas que podem discordar comigo, é que o TDP superior pode também contribuir para o preço.
Isto é, quanto maior for a janela do TDP inferior e do TDP superior, mais caro seria o processador.
 
Bom artigo.. :)


Nos portáteis temos os CULV. Que aliás acabam por ter que ser usados para portáteis mais pequenos. Ao serem mais pequenos têm um circuito de refrigeração (dissipador + ventoinha) menores e a dimensão da bateria também tem que ser menor. Por isso o TDP quando visto pelo prisma de calor dissipado, consumo mostra bem que isto foi sempre importante.

O mercado dos servidores desconheço, porque não acompanho.
Mas no mercado dos portáteis a questão do consumo poderá ter sido importante [obviamente, devido à mobilidade] desde o início, mas realmente só foi atingido alguma eficiência/baixo consumo com os Pentium M/Centrino, como refere o artigo do Nemesis11.


Lembro-me de ir comprar o meu primeiro portátil e ter optado por um 'centrino' 2Ghz [à altura o topo de gama era o 2.2 ghz, a gama mais normal o 1.8ghz julgo eu] em detrimento de um Pentium IV 2.8Ghz, que a nível de performance era ligeiramente melhor mas na questão da durabilidade de bateria e de aquecimento não tinha nada a haver. Tive alguns colegas com Pentium IV em portáteis e eram autênticas 'torradeiras' e sorvedores de bateria..




Quanto à questão da opinião acerca da mudança deste paradigma para importância dada a cpu's com determinadas janelas de consumo ao invés do máximo de performance...
Ainda à dois dias calhou em conversa no msn com alguém relacionado com esta área [e que frequenta a zwame..] que foi algo deste tipo:

- No meu portátil [cpu i5 520m e hd5650] consigo: andar na net, ouvir música e até trabalhar em CAD ou sketchup sem qualquer tipo de limitação de performance [desde que não faça renders] face ao meu desktop cujo cpu deve consumir por si só umas 4 vezes mais que conjunto do portátil todo [incluindo monitor];

- Que no portátil para net, música e no 'geral' tenho o cpu a < 2Ghz, e é mais que q.b. para tudo sem notar que a performance é fraca. Só meto em modo 'performance' - 2.4Ghz 'stock' mas faz 2.66ghz em full load em todas as threads ou 2.9Ghz com 2 threads para jogar ou para trabalhar.

- Jogar no portátil é mais que possível sem limitações de performance.
Não tenho corrido jogos mais pesados, pelo que os que tenho jogado correm que é uma maravilha no portátil. Mas mesmo jogos mais pesados, desde que não exagere nos settings consigo jogar muito bem, sem limitações.


Agora.. vale a pena ter cpu's, ou gpu's ou qualquer outro componente que seja grande consumidor de energia quando com baixo consumo já se consegue performance satisfatória para o que 90/95% das pessoas faz com um pc?

O exemplo que dou é o meu cpu + gpu [fora consumo de outros componentes, de monitor,....] do desktop a jogar consomem umas 8 vezes mais que portátil no seu todo.


Julgo que existe cada vez mais consciencialização da população em geral que é necessário maior eficiência, não desperdiçar recursos sem necessidade, porque além de prejudicar o ambiente, prejudica muito também a carteira de cada um, porque a era do petróleo [e energia no geral] barato está a acabar.

É um caminho que julgo correcto e que a busca por maior eficiência ao invés de 'força bruta' nos cpu's já deveria ter sido traçado à mais tempo.
No caso dos gpu's é algo que a ATI/AMD já traçou à algum tempo..
 
Última edição:

Obrigado.

Quanto à questão da opinião acerca da mudança deste paradigma para importância dada a cpu's com determinadas janelas de consumo ao invés do máximo de performance...
Ainda à dois dias calhou em conversa no msn com alguém relacionado com esta área [e que frequenta a zwame..] que foi algo deste tipo:

- No meu portátil [cpu i5 520m e hd5650] consigo: andar na net, ouvir música e até trabalhar em CAD ou sketchup sem qualquer tipo de limitação de performance [desde que não faça renders] face ao meu desktop cujo cpu deve consumir por si só umas 4 vezes mais que conjunto do portátil todo [incluindo monitor];

- Que no portátil para net, música e no 'geral' tenho o cpu a < 2Ghz, e é mais que q.b. para tudo sem notar que a performance é fraca. Só meto em modo 'performance' - 2.4Ghz 'stock' mas faz 2.66ghz em full load em todas as threads ou 2.9Ghz com 2 threads para jogar ou para trabalhar.

- Jogar no portátil é mais que possível sem limitações de performance.
Não tenho corrido jogos mais pesados, pelo que os que tenho jogado correm que é uma maravilha no portátil. Mas mesmo jogos mais pesados, desde que não exagere nos settings consigo jogar muito bem, sem limitações.

Este é um bom exemplo do que acontece hoje em dia e que, se calhar, já não deveria acontecer.

Aqui vai uma afirmação um pouco radical. "Ninguém precisa mais que o dual core que consuma pouco. Quem precisa, não devia estar a usar o cpu, mas sim o gpu".

O Gpu é o novo co-processador matemático, mas o problema é que o software não está a acompanhar o hardware e a distancia é cada vez maior.
Peguem em qualquer software que suporte o Gpu e uma placa gráfica fraca e comparem com o melhor processador que tenham. O Gpu vai ganhar.

Quando ele fala em renderizações como sendo o que lhe "entope" o cpu, na verdade não devia estar a usar o cpu, devia estar a usar o Gpu. Quando digo isto, não estou a culpar a pessoa pelo facto, estou a culpar o mercado de software que não aproveita o poder de um Gpu, ou quando aproveita, as licenças são extremamente caras, porque sabem que o aumento de performance também é enorme.

Atiro também com um exemplo. Comprei há pouco um portátil de 350€ para uma pessoa. Tem um dual core, 4GB de Ram, mais leve que qualquer dos meu portáteis, bluetooth, hdmi, Wireless n, etc etc.
Aquele portátil é melhor que qualquer portátil que eu tenho e sei que essa pessoa não vai usar nem 20% dos recursos daquela máquina.

Houve um tempo em que tudo era lento. O cpu, pouca ram, discos lentos, swap file, etc. Hoje em dia duvido que as pessoas se apercebam entre dois processadores com diferença de 100 mhz e na verdade nem se deviam aperceber de diferenças maiores, porque o Gpu é que se devia ocupar de trabalhos intensivos (virgula flutuante).

Há uns meses assisti à apresentação do A series da AMD para desktop. Não gostei nada da apresentação e nem fiz um artigo aqui para a Zwame.
No entanto, acho que a AMD está à frente da Intel. Este é o percurso a seguir.
Nesta altura não deveria interessar se os cores do Cpu do A Series são bons ou menos bons, porque para o trabalho "normal", servem perfeitamente. Deviamos é estar preocupados com a gráfica que está integrada, porque essa é que deveria fazer o trabalho intensivo.
 
Última edição:
Concordo em tudo.
Há que ver que grande parte da culpa também não é de quem faz o hardware/cpu's. Mas sim de faz o software. E que ainda há um ou outro 'jogo de poder' por trás [tipo Nvidia 'facilitar' a implementação de CUDA ao invés de OpenCL como faz com os jogos TWIMTBP].


Já havia OpenCL antes do dx11, um formato standard/aberto para gpgpu, mas só com as gráficas Dx11 é que houve implementação mais 'universal' para todos [os que sejam dx11] os gpu's. No entanto as gráficas dx11 já estão à muito no mercado e até agora software que sejam acelerados via OpenCl é muito pouco.

A Nvidia, que não produz cpu's x86, tem promovido e investido bastante no seu 'CUDA', e para este já há algum software que de facto apresenta grandes benefícios da aceleração via gpu mas.. é limitado para gráficas desta marca, quando a fatia de leão dos gpu's de pc's são os embutidos da Intel e nos gpu's discrete o mercado é dividido com a ATI/AMD.

A Intel tem a sua quota parte de culpa, pois se nos cpu's mais recentes tivessem gpu's dx11 provavelmente o interesse no OpenCL seria bem maior nesta altura. E os Sandy Bridge já poderiam ter vindo com gpu's dx11 [digo eu].. E, numa de teoria da conspiração, quem sabe se a Intel não atrasou propositadamente o lançamento de cpu's com gpu's dx11 embutidos para evitar o crescimento do OpenCL, afinal é a maior interessada em que o 'reino' dos cpu's x86 continue e a nível de gpu's continua a estar atrás da sua concorrente dos cpu's x86.

A AMD, com a geração de gráficas HD7xxx supostamente vai introduzir possibilidade de o gpu comunicar directamente com o cpu. E a própria arquitectura do gpu é mais próxima ou contém elementos [não lembro bem] de um cpu x86, virando-se da política de 'maior eficiência para gráfica de jogos', para 'maior eficiência de processamento' resultando no caminhar da integração entre cpu e gpu.
Sim a Nvidia já vinha com politica de gráficas capazes de gpgpu, mas era política de 'força bruta de processamento CUDA/gpgpu', um pouco como os cpu's até meio da década passada ou como tinha feito até fazer graficas para jogos:'força bruta'.
De salientar que a AMD já pretendia ter à uns meses no mercado estes gpu's mais orientados para o gpgpu, mas a questão do atraso/problemas com processos de fabrico menores adiou a entrada desta nova arquitectura.


Quanto às minhas renderizações, eu já tenho gráfica Nvidia devido a isso: quis testar um ou outro software que usa CUDA para renderizar em vez de usar o cpu. O potencial, a nível de maior rapidez [logo maior eficiência consumo-performance e poupança do tempo da máquina a trabalhar] mas como dizes o software é caro e/ou ainda não é 100% estável/eficiente como há para renderização sobre o cpu...
 
Finalmente começa haver uma preocupação em baixar o consumo. E penso que quem permitir melhor configurações de controlo do consumo, e com baixo preço, vai ter uma grande vantagem.

Eu no portátil tenho grandes limitações no consumo, não consigo controlar o CPU e GPU para gerir melhor o consumo. Estes componentes por mais que tentem, nunca vão ser inteligentes, não conseguem perceber quando realmente precisamos de mais performance. Não me interessa que o sistema comece a escalar as velocidades, só por aumentar o uso do mesmo. Muitas vezes, podes estar a usar a 100% (CPU/GPU) e não ter necessidade de escalar a velocidade.

A possibilidade de poder escolher o TDP online, penso que ajuda em muito a gerir os recursos :)
 
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