Bom artigo..
Nos portáteis temos os CULV. Que aliás acabam por ter que ser usados para portáteis mais pequenos. Ao serem mais pequenos têm um circuito de refrigeração (dissipador + ventoinha) menores e a dimensão da bateria também tem que ser menor. Por isso o TDP quando visto pelo prisma de calor dissipado, consumo mostra bem que isto foi sempre importante.
O mercado dos servidores desconheço, porque não acompanho.
Mas no mercado dos portáteis a questão do consumo poderá ter sido importante [obviamente, devido à mobilidade] desde o início, mas realmente só foi atingido alguma eficiência/baixo consumo com os Pentium M/Centrino, como refere o artigo do Nemesis11.
Lembro-me de ir comprar o meu primeiro portátil e ter optado por um 'centrino' 2Ghz [à altura o topo de gama era o 2.2 ghz, a gama mais normal o 1.8ghz julgo eu] em detrimento de um Pentium IV 2.8Ghz, que a nível de performance era ligeiramente melhor mas na questão da durabilidade de bateria e de aquecimento não tinha nada a haver. Tive alguns colegas com Pentium IV em portáteis e eram autênticas 'torradeiras' e sorvedores de bateria..
Quanto à questão da opinião acerca da mudança deste paradigma para importância dada a cpu's com determinadas janelas de consumo ao invés do máximo de performance...
Ainda à dois dias calhou em conversa no msn com alguém relacionado com esta área [e que frequenta a zwame..] que foi algo deste tipo:
- No meu portátil [cpu i5 520m e hd5650] consigo: andar na net, ouvir música e até trabalhar em CAD ou sketchup sem qualquer tipo de limitação de performance [desde que não faça renders] face ao meu desktop cujo cpu deve consumir por si só umas 4 vezes mais que conjunto do portátil todo [incluindo monitor];
- Que no portátil para net, música e no 'geral' tenho o cpu a < 2Ghz, e é mais que q.b. para tudo sem notar que a performance é fraca. Só meto em modo 'performance' - 2.4Ghz 'stock' mas faz 2.66ghz em full load em todas as threads ou 2.9Ghz com 2 threads para jogar ou para trabalhar.
- Jogar no portátil é mais que possível sem limitações de performance.
Não tenho corrido jogos mais pesados, pelo que os que tenho jogado correm que é uma maravilha no portátil. Mas mesmo jogos mais pesados, desde que não exagere nos settings consigo jogar muito bem, sem limitações.
Agora.. vale a pena ter cpu's, ou gpu's ou qualquer outro componente que seja grande consumidor de energia quando com baixo consumo já se consegue performance satisfatória para o que 90/95% das pessoas faz com um pc?
O exemplo que dou é o meu cpu + gpu [fora consumo de outros componentes, de monitor,....] do desktop a jogar consomem umas 8 vezes mais que portátil no seu todo.
Julgo que existe cada vez mais consciencialização da população em geral que é necessário maior eficiência, não desperdiçar recursos sem necessidade, porque além de prejudicar o ambiente, prejudica muito também a carteira de cada um, porque a era do petróleo [e energia no geral] barato está a acabar.
É um caminho que julgo correcto e que a busca por maior eficiência ao invés de 'força bruta' nos cpu's já deveria ter sido traçado à mais tempo.
No caso dos gpu's é algo que a ATI/AMD já traçou à algum tempo..