As 60 horas...depende do custo. Eu já fiz há alguns anos um curso com essa carga horária e valeu bem a pena, mas também tenho que dizer que paguei trocos por aquilo, foi bastante barato (nem 200€). Aprendi muito e gastei pouco, foi óptimo.
Foi bom no sentido de eu obter conhecimentos técnicos de fotografia. Composição, flash, edição, etc.
Se me perguntares se eu podia ter aprendido por fora aquilo que aprendi lá, a resposta é que sim, podia perfeitamente, na net.
Se a formação vale a pena para ti ou não, é assim, isto vai sempre depender do teu objectivo...
O mercado trabalho de fotógrafos por conta de outrem é diminuto. Não sei se tens a noção disto, mas o mais habitual é eles trabalharem por conta própria. Este é um sector de muitos trabalhadores independentes. Mesmo uma grande parte dos fotojornalistas que vemos publicados na imprensa nacional são freelancers, não têm um contrato de trabalho, apesar de até vermos os seus trabalhos nas mesmas publicações com regularidade.
Se de facto a tua ideia for trabalhar por conta de outrem, um currículo mais extenso pode ser vantajoso. Ainda assim, visto que estamos nas artes, é indispensável um portfólio. De qualquer forma, não creio que seja mencionares no CV que tens 60 horas de formação em fotografia que te vai dar alguma real vantagem na selecção de candidatos, eu acho que as 60 horas são vantajosas é para ti, para desenvolveres os teus conhecimentos, e não para o processo de recrutamento.
Agora, se me falares que vais tirar um curso profissional de fotografia no IPF, que dura 1 ano e meio ou 2, então aí sim, acho que esse tipo de formação te pode dar vantagem.
Por outro lado, se trabalhar por conta de outrem não é coisa que te preocupe, esquece lá o currículo, se já acabaste o curso agora é tempo de arregaçar as mangas e começar a trabalhar por ti mesmo, por tua conta, sozinho. Podes fazer formação mas isso é só para ti.
É tempo de criar ou melhorar o portfólio, divulgares o teu trabalho em tudo quanto é sítio, e ires à luta. Não precisas de currículo para seres o teu próprio chefe e empregado, afinal, és tu que fazes tudo.